Seja meu.

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Recomendo ler as tags antes de reclamarem de algo. Boa leitura!

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Louis saiu chorando depois da primeira consulta no psicólogo.

Não foi pela consulta em si, foi medo da situação como um todo. Enfrentar seus sentimentos era uma coisa que ele adiava e fazer isso na prática era assustador.

Porém, dessa vez, ele não ia sair ou abandonar a ajuda. Ele estava cansado de se sentir ansioso o tempo todo ou ter crises de ansiedade do nada, coisas que eram causadas por sua cabeça.

Agora, realmente importava.

No final da consulta, Harry estava na recepção esperando o seu garoto e não percebeu o queixo levemente tremendo do outro.

Quando Tomlinson saiu da sala, ele correu rapidamente para os braços do outro — que já estavam abertos, esperando protegê-lo de todo o mundo.

Como a recepção estava vazia, eles não se incomodaram de ficar alguns minutos abraçados. Styles deu um beijo prolongado na testa do outro, depois em sua bochecha e ultimamente nos lábios.

Tudo em silêncio.

O beijo calmo foi finalizado com um selinho e um carinho na bochecha do patinador, um leve "eu te amo" sendo dito de modo baixo.

Eles caminham até o carro com o silêncio entre eles, Louis fazendo carinho na mão do outro — um modo de confortar a si mesmo já que fazer Harry bem o faz bem.

No banco do carro, Tomlinson solta as primeiras lágrimas. Na metade do caminho Harry escuta um soluço baixinho.

Silenciosamente ele vai em direção a um estacionamento vazio de uma farmácia que estava na rua posterior, fazendo as sobrancelhas do patinador se franzirem.

Estacionado, Harry afasta seu banco do volante e solta a mão de Louis, sentando no colo do mesmo.

— Vem aqui, minha doce criatura.

E Tomlinson inicia um choro compulsivo, colocando tudo para fora enquanto sente a fragrância do outro. Ele segura Styles no seu colo e, com o rosto enfiado em seu pescoço, chora tudo o que precisava.

E Harry ficou ali o tempo todo, fazendo carinho nas suas costas em um vai e vem gostoso e beijando seus cabelos toda vez que o choro voltava.

Esses acontecimentos durou mais ou menos dois meses.

Então, agora, sendo inverno, era a temporada de campeonatos.

E, consequentemente, a apresentação solo de Louis.

Ele. Sozinho.

Esse foi um dos motivos para suas grandes crises, ele não se sentia o suficiente para tamanha responsabilidade. Apresentar sozinho? Demais para ele.

A possibilidade, antigamente, o dava nos nervos. Agora, depois de muita conversa e noites de choro, seus treinos com Dylan eram pesados — mas necessários. Ele se sentia preparado para ir de um modo razoável, pelo menos.

Seus dias eram compostos de treinos e suas noites de conversas com Harry e abraços quentes. Eles agiam como casal, isso era algo evidente.

Dear Blue Heart. {l.s}Where stories live. Discover now