Sentir.

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— Louis, se eu agora não fosse um homem de família, eu te daria um beijo!

Tomlinson acorda no susto com a voz de Zayn, tendo sem querer assustado Clifford, que deu um latido em protesto.

Era 9:30 da manhã e Malik estava ligando para Louis. Ele o odeia.

Veja bem, era sábado após a festa. Depois de ele ter comido os nuggets que não saíram da porra da sua cabeça, ele passou três horas olhando para o teto e refletindo toda a sua vida só por causa do seu encontro com seu ex namorado.

Ele estava confuso com tudo. Estava confuso em questão dos seus sentimentos, dos seus treinos, dos seus pensamentos, das suas vontades. A cabeça dele não parava de rodar.

Apenas depois de assistir um episódio de The Thundermans agarrado em Clifford, foi quando ele conseguiu dormir. Deveria ser 4 da manhã.

Então, sim. Ele odiava Zayn Malik. E Zayn Malik não parava de falar.

— Tipo, aqueles beijos de filme mesmo. Com sentimento, língua e tudo. Eu poderia até pular em cima de você agora. Na verdade, eu vou fazer isso.

Que seja um pesadelo, Louis pensa. Por favor.

Não era. Agora ele tinha um médico apaixonado em cima dele que não parava de falar ou se mexer.

Louis o odiava tanto. Tipo, muito.

— Zayn, eu vou te dar 3 segundos pra você sair de cima de mim. Lembre-se que meu chute é muito forte, e que eu to sentindo sua parte indesejada por mim na minha coxa e eu não estou gostando nada disso.

— Não faça nada, meu Deus! Eu ainda tenho muito o que viver com a Amanda!

Se tivesse um record para mudanças de expressões mais rápidas, o de cabelo preto teria batido o record.

Ele mudou de bobo apaixonado para assustado tão rápido que Louis pensou por um minuto do por que ele nunca tenha feito uma ameaça de chute antes.

Ai ele lembrou que já o ameaçou com isso várias vezes.

— Agora, senhor medico, me explique o motivo de tanta felicidade. — Ele diz, sarcástico.

Louis amava seu amigo, mas toda aquela coisa de nuggets, pensamentos assassinos contra seu ex e a falta de sono era algo que dificultava compreender o bom humor dos outros.

E Louis anda repetindo muito essas três coisas na sua cabeça. Era hora de parar. Isso já estava ficando assustador.

— Amanda e eu finalmente nos beijamos! Estávamos um pouco bebados e eu acabei vomitando perto do sapato dela? Sim, mas espero que a parte da amnesia depois da ressaca aconteça para ela esquecer disso.

Louis estava feliz por ele. De verdade. Conseguir beijar sua crush depois de meses ao invés de ficar chorando pelo ex era algo muito bom.

Mas era 9:30 da manhã de um sábado.

Tomlinson respira fundo. — Você veio para a minha casa só pra isso? Você não esta de ressaca, por acaso? E você não conhece algo chamado celular?

— Calma ai, bom humor. Primeiro, — Ele levanta um dedo — vim para sua casa porque quero conversar com você sobre um assunto. Segundo, — ele levanta outro dedo — eu acordei 7:30 do nada, então já tomei remédio para dor de cabeça. Terceiro, — ele levanta mais um dedo e Tomlinson levanta a sobrancelha — ter eu tenho, mas não sei onde esta. Provavelmente eu perdi  — ele pensa alta e logo depois levanta mais um dedo — e quarto — ele abaixa todos os dedos menos o médio, apontado para Louis, que solta um grunhido e joga um travesseiro em seu rosto.

Dear Blue Heart. {l.s}Where stories live. Discover now