Capítulo 23

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Amanda e Antônio chegaram no distrito 21 e seguiram para o setor da Inteligência.

— Olha só, se não é a garota de 7 vidas! — Adam Ruzek cumprimentou com um sorriso largo ao ver a amiga entrar com o detetive.

— Uma verdadeira sobrevivente, não podemos negar — Erin Lindsay assentiu e Amanda apenas riu balançando a cabeça.

— Deve estar no meu DNA — deu de ombros, arrancando mais algumas risadas de Ruzek, Erin e Jay.

— Amanda, veio para o retrato falado? — Hank Voight apareceu, saindo de sua sala e a morena assentiu uma vez, colocando as mãos nos bolsos do casaco. — Acho que não será necessário, me acompanhe.

— Teve novidades? — Antônio perguntou franzindo a testa.

— Sim, pegamos um suspeito mais cedo. — O sargento respondeu ao passar por Amanda e sem demora ela o seguiu.

Ao chegarem numa sala com um vidro, Amanda podia ver dois homens do outro lado, encostados numa parede.

— Reconhece algum deles? — ela se aproximou mais do vidro ao ouvir a pergunta do sargento e olhou com atenção.

— Aquele. — Ela apontou para o homem à direita. — Foi ele que apareceu no quartel minutos antes da explosão.

•••

— Caso fechado! — Antônio comemorou ao tirar as fotos presas na lousa branca e apagar as informações anotadas durante a investigação dos ataques terroristas.

— A intenção deles era atacar bombeiros? Isso é loucura. — Amanda pensou em voz alta, sentada na cadeira de Antônio.

— Terrorista não é exatamente sinônimo de sanidade — Adam Ruzek comentou como se fosse óbvio, a garota deu de ombros olhando para ele e assentiu, concordando.

— Vão no Molly's hoje? — Jay Halstead perguntou casualmente, olhando uma mensagem no celular.

— Não, estou de folga e tudo que menos quero hoje é ver álcool na minha frente. — Amanda levantou as mãos e viu Antônio arquear a sobrancelha — talvez em casa, um vinho, uma companhia agradável...

— Pode parar por aí, por favor! — Adam Ruzek a cortou e fez cara de nojo ao levantar de sua mesa e sair do setor.

Amanda deu risada e se levantou, quando Antônio se aproximou para irem embora.

— Preciso fazer uma coisa antes, já volto — ela tocou o braço de Antônio e sorriu levemente assim que chegaram na escada, então se virou e correu até a sala do sargento Hank Voight.

— Algum problema, Amanda? — o homem levantou os olhos para a garota quando ela deu dois toquinhos na porta aberta.

— Não, só vim agradecer, sargento — ela lhe ofereceu um sorriso largo e o homem apoiou os braços sobre a mesa, apenas a encarando — pelo seu trabalho, por ter pego aqueles caras... — deu de ombros.

— Só fizemos nosso trabalho. — Respondeu no plural, reafirmando que não foi ele sozinho. Amanda assentiu, ainda com o sorriso nos lábios.

— Qualquer dia, aparece no Molly's, depois daqui, às vezes é bom relaxar um pouco, sargento — deu dois tapinhas no batente da porta, pronta para se virar e sair.

— Muitos não me querem lá — Ela parou por um momento, pensando a respeito e o olhou novamente.

— Bom, eu quero. Será meu convidado. — Os dois se encararam por alguns segundos e Voight pôde sorrir. Algo inédito para Amanda, a fazendo se sentir um pouquinho vitoriosa por aquilo. — Então, até mais. — O sargento apenas acenou com a cabeça e a viu se distanciar.

Uma Nova Vida Real [One Chicago] - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora