Any Gabrielly, uma menina de 14 anos, que vive com seus irmãos, Noah e Bailey - que são muito protetores -, a vida da garota era tranquila até esbarrar em um garoto de olhos azuis e cabelos loiros na biblioteca.
Os dois começam a conversar todo dia...
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— Josh, a luz já está ligada.
Tento tirar da minha cabeça a possibilidade dele estar cego, mas é impossível não pensar nisso.
— Por que eu não estou vendo nada? — vejo que ele está desesperado, me aproximo e seguro sua mão.
A porta se abre.
Sabina.
Ela sorri.
— Josh! Que bom que acordou! Fiquei preocupada!
— Sabi, preciso que ache o médico que operou o Josh. Não importa como, só ache!
A garota assentiu e saiu correndo pelo corredor.
— Quantos dedos tem aqui, Josh? — mostro dois dedos.
— Quatro dedos.
— De novo. — dessa vez, mostro cinco dedos.
— Dois dedos.
— SERÁ QUE DÁ PARA ACHAR A PORRA DO MÉDICO QUE OPEROU O MEU IRMÃO? — ouço Sabina gritar com alguém.
Quando ela volta, dois médicos vieram atrás dela. Sabina fica ao meu lado.
— Sra. Gabrielly, essa é a doutora Hannah Montgomery, ela é chefe da neuro.
Assenti.
A Dra. Montgomery pegou uma lanterna — posso chamar assim? — e apontou a luz para Josh.
— Consegue ver essa luz?
— Não. — a cada segundo, Josh apertava minha mão cada vez mais forte.
Os dois médicos chamaram eu e Sabina para fora do quarto para conversar.
— Eu já volto, Josh. — ele assentiu.
Saímos da sala e esperamos alguém falar algo.
— A partir do acidente que o Josh sofreu — ela começa dizer — , infelizmente, ele tem cegueira psicológica.
Eu fiquei em silêncio por cinco minutos. Tentando pensar em tudo que aconteceu até agora.
Como isso aconteceu?
— Tem como ele voltar a enxergar? — Sabina perguntou.
— Pode demorar dias, meses e se duvidar, anos.
Eu ainda estava em silêncio.
— Vocês disseram que os exames estavam ótimos.
— Any? — Sabi colocou a mão no meu ombro.
— Vocês disseram que ele só quebrou um braço e perdeu dois dedos.
Os médicos se olharam.
— Any, se acalma.
— VOCÊS DISSERAM QUE A PORRA DOS EXAMES ESTAVAM ÓTIMOS! E AGORA, VIERAM DIZER QUE ELE TEM CEGUEIRA PSICOLÓGICA? COMO VOCÊS DEIXARAM PASSAR ISSO? QUE TIPO DE HOSPITAL É ESSE? — gritei.
Eu não conseguia ficar calma ou controlada. Era impossível.
— Sim, Any. Os exames estavam ótimos. Não tínhamos como prever isso. Ás vezes, isso acontece. Sentimos muito.
Ignorei a última frase dela e entrei no quarto de Josh. Seu rosto estava molhado, me deito ao seu lado.
— Eu estou aqui com você, tudo bem?
Ele segurou minha mão, mas não falou nada.
— Eu te amo.
— Eu também te amo.
E ficamos assim durante o resto do tempo, eu fiquei deitada ao seu lado enquanto ele segurava minha mão.
Tinhas vezes que alguns enfermeiros apareciam de hora em hora para ver como Josh estava. E em todas, ele dizia que sim.
Mas eu sabia que ele não estava bem, era difícil o Josh ficar bem naquela situação.
— Não! A Any nunca faria isso! — ouvi Josh resmungar enquanto dormia.
— Josh?
— A culpa foi sua, sabia? — continuou a falar.
— Pelo amor de Deus, Josh. Do que você está falando?
— A culpa não foi minha, eu já disse! Foi toda sua!