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— VOCÊ NÃO VAI COMER ISSO! — Noah grita

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— VOCÊ NÃO VAI COMER ISSO! — Noah grita.

— EU TENHO 14 ANOS, NOAH! — grito de volta.

Eu moro com meus irmãos, que são gêmeos, Bailey e Noah. Eu não sei como são meus pais. Meu pai foi preso e minha mãe abandonou nós três, essa foi a história que eles me falaram.

E o ruim de morar com eles é por causa deles seram muito protetores em tudo o que eu faço, literalmente tudo.

— Noah! Me dá logo o cereal!

— Por que vocês estão gritando na segunda? É o pior dia para ouvir vocês dois gritarem. — Bailey reclamou enquanto tentava arrumar o seu cabelo bagunçado.

— Cala a boca, Bailey. — falamos juntos.

Respirei fundo e me sentei na cadeira.

— Por que eu não posso comer o cereal, Noah?

— Por que não deixou ela comer o cereal? — Bailey pergunta se intrometendo na conversa.

— Não sei. Pensei que era uma regra!

Encarei Noah por alguns minutos.

— Desde quando que eu não posso comer cereal virou uma regra?

Subi as escadas e fui ao meu quarto, bati a porta com força. Me joguei na cama. Olhei para o teto e suspirei fundo.

Eu nunca entendi o real motivo dos meus irmãos serem tão protetores. Isso fica chato, parece que eu não posso fazer nada.

Meu celular começou a vibrar no bolso, era a Savannah ligando.

— Oi, Sav. — falei.

Você não vai vir aqui fora?

— Por que eu deveria ir?

Ouvi ela rir do outro lado da linha.

A escola, Any Gabrielly! — me levantei da cama em um segundo.

— Meu Deus, Sav! Eu esqueci! Eu estava discutindo de novo com meus irmãos.

— Vem logo. Eu estou aqui fora. Na frente da sua porta. — desliguei a chamada e peguei minha mochila.

Desci as escadas correndo e peguei uma maçã na bancada. Abri a porta e vi Savannah com um sorriso no rosto.

— Primeiro dia de aula! — tentei fingir alegria.

— Eu sei que você odeia estudar. Mas vai ser ótimo. Vai ser o nosso ano.

A escola não era longe de casa, e eu e Savannah sempre fomos juntas para a escola.

Savannah Clarke, minha vizinha desde que eu vim morar em Washington, se conhecemos quando eu tinha 9 anos, eu não falava absolutamente nada, nem uma palavra sequer. Sav me fez voltar a usar as palavras novamente, ela é uma grande amiga.

— Eu estou tão ansiosa. Quero conhecer os alunos, ver se tem pessoas novas na sala, aprender coisas novas... — ela falava cada vez mais.

— A hora de ir embora. Essa é a melhor parte. — dei uma risada.

Chegamos no portão do grande prédio. Segurei a mão de Savannah e entramos.

— Tem novas pessoas. — Savannah comentou.

Algum tempo depois de chegar na sala, ficamos conversando e uma garota sentou ao nosso lado. Ela abriu um grande sorriso quando viu a gente.

— Oi! Eu sou a Sabina! — estendeu a mão.

— Eu sou a Savannah.

— Any. — sorri para ela.

Sabina falava demais e se irritava um pouco fácil, mas ela era legal.

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Eu estava na biblioteca, perto de uma estante, procurando um livro para ler, "O Pequeno Príncipe". Continuei procurando o livro, mas ainda não havia achado.

Enquanto eu procurava mais uma vez, eu acabei esbarrando em um garoto. Mas que garoto.

— Meu Deus, desculpa! — foi a única coisa que eu consegui dizer.

Ele se virou e olhou para mim. O garoto era loiro, tinha olhos azuis e um sorriso encantador.

— Tudo bem. — estendeu a mão.

Conheço ele de algum lugar.

Eu sou o Josh.

Josh.

Prazer, Any. — dei um suspiro. — Desculpa mais uma vez.

— De boa, a gente se vê por aí. — ele foi embora e eu fiquei com os meus pensamentos.

continua...

𝙏𝙝𝙚 𝙎𝙚𝙘𝙧𝙚𝙩𝙮 - ʙᴇᴀᴜᴀɴʏ Onde histórias criam vida. Descubra agora