Any Gabrielly, uma menina de 14 anos, que vive com seus irmãos, Noah e Bailey - que são muito protetores -, a vida da garota era tranquila até esbarrar em um garoto de olhos azuis e cabelos loiros na biblioteca.
Os dois começam a conversar todo dia...
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Quando eu cheguei em casa, Sabina estava na sala mexendo no celular e meu pai lendo um livro. Ele fechou seu livro e olhou para mim. Eu odiava aquele olhar.
— Joshua, vem cá. — me aproximei — Você e a Any não se conheceram na creche? Quando vocês tinham 3 anos?
— Sim, pai. Mas ela não se lembra.
— Você não falou para ela? — Sabina falou em um tom alto.
— Claro que não! Como eu vou explicar isso para ela? O irmão dela pediu para eu fingir que nada aconteceu!
— Você está falando sério?
Pronto. Estávamos discutindo.
— Sim, Sabina!
— Então tudo que você sente por ela, todos os encontros... é tudo mentira?
— EU NUNCA DISSE ISSO! — gritei — Sabina, você sabe muito bem que eu sempre amei a Any e sempre vou amar! E eu não quero me afastar dela de novo!
— Porra, Joshua! — minha irmã falou e eu subi as escadas. — FINGIR QUE NADA ACONTECEU ENTRE VOCÊS ANTES DO ACIDENTE NÃO VAI AJUDAR!
Fechei meus olhos e suspirei fundo, e desci as escadas.
— Eu estou cansado! Cansado!
— De mentiras?
— De tudo, Sabina! Você não sabe como eu me sinto!
Ela bateu palmas.
— Gente! Vai começar o show de Joshua Beauchamp, o dramático!
— Show? Sabina! Qual é o seu problema?
Ouvi os passos da minha mãe.
— O que está acontecendo? — questionou.
— Nada, mãe. Já acabou. — subi as escadas.
Eu odiava discutir, era um trauma para mim. Foi por causa disso que eu quase perdi a Any para sempre. A cada segundo eu me arrependo do que eu disse a ela, nós tínhamos sete anos de idade.
Coloquei meu fone de ouvido e a música que tocava era "before you go — Lewis Capaldi". Era a nossa música favorita.
Eu odeio ficar triste, preciso tentar esquecer que aquilo acontecer. Não posso deixar a Any descobrir.
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Não sei quantas horas se passaram, mas eu não conseguia parar de chorar. Era horrível esse sentimento.
— Joshua! Abre a merda dessa porta! — Sabina gritou.
Tentei ignorar os gritos da minha irmã mais velha, ela batia cada vez mais alto nessa porta. Nãoestáajudando.
— O que você quer? — abri a porta.
Ela ficou me olhando por um tempo.
— Sabina! O que você quer? — repeti a pergunta.
— Desculpa! Tá bom? Me desculpa, Josh! — ela suspirou — Eu sinto muito.
— Você sente muito? Foi isso que eu ouvi? Minha irmã mais velha pedindo desculpas? — dei uma risada.
— Se você continuar, eu juro por tudo que eu não me responsabilizo pelos meus atos!
