Instável

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Notas da Autora:
Hoje eu vou explorar um traço da personalidade do Bruno bem triste. Quem conhece e acompanha nosso capita sabe que ele é focado demais e até um pouco obcecado pela perfeição. Ele foi cobrado demais e pressionado demais a vida toda. Quem lembra da primeira convocação dele, em que ele foi vaiado pela arena? Eu vi um vídeo um dia desse e chorei.
A música do capítulo combina muito com uma certa parte do capítulo. Vocês vão entender. Eu chorei ouvindo. Ksksk E essa música vai ser meio que uma música do casal, porque vou usar ela mais algumas vezes. Além de que é muito linda.
Bom espero que vocês gostem do capítulo. Eu chorei escrevendo. Juro. Mas até que gostei do resultado.

📖📖📖

Dia seguinte

Tóquio, Japão.

28 de julho

21h30 (9h30 do mesmo dia no Brasil)

●Arena do Vôlei.

Bruno estava aquecendo junto com Lucão, Douglas, Lucarelli, Leal e Wallace. Depois, foram avisados para se posicionarem para cantar o hino.

Mais cedo, Bruno deixou a preta dormindo em sua cama e foi para um treino leve. Só deixou uma mensagem no WhatsApp dela e um beijo na testa. Ela estava linda dormindo e Bruno se sentia feliz, apesar de nervoso. Inclusive porque a mulher de seus pensamentos ainda não havia chegado. O dia deles foi ótimo, apesar de terem passado quase o dia todo separados. De tarde, as meninas tiveram treino de ginástica. Então Ana achou melhor que se encontrassem lá.

Douglas estava sentado no banco ao seu lado e logo foi bombardeado com perguntas do capitão:

- Fala o que você deu pra ela, vai. Caralho, eu sou seu capitão.

- Cê sabe que quem manda é ela, né? - Douglas riu - Você que lute, capita, e se acalme, já já a gata tá chegando aí.

Douglas olhou para a entrada das arquibancadas e sorriu.

- Sua princesa chegou, capita. Mas acho que ela resolveu prolongar o suspense.

Douglas saiu sorrindo e viu Ana indo ao encontro da comissão técnica e pedindo permissão para falar com Bruno, mesmo que separados por uma barreira. Um dos membros da CBV ali presentes, olhou para o técnico, que autorizou com o aceno de cabeça, que Bruno se aproximasse. Ele riu quando percebeu que a barreira era quase do tamanho dela.

- Nenhuma palavra, Rezende. - Ana disse, o fuzilando com os olhos.

- Nem um mísero comentário passou pela minha cabeça. - ele até tentou segurar o riso, mas não deu muito certo. - Você tá linda, mas cadê a surpresa?

- Vai ter que esperar porque tive uns probleminhas técnicos. Mas juro, no próximo jogo eu mostro. - ela piscou e lhe beijou a bochecha, fazendo ele suspirar frustrado.

- Eu odeio estar em público. Queria muito te beijar agora. - sussurrou no ouvido dela, fazendo ela rir e pegar as mãos dele.

- Depois você compensa. - ela jogou um beijo no ar pra ele. - Nossa, esses russos são bem...

- Competitivos e arrogantes? - Bruno completou com ar de riso e ela assentiu - É, eles são. Eu não falei pra ninguém, mas pra você... Eu tô com um pressentimento ruim.

- Só faça o seu trabalho, da maneira linda que você sempre faz. Eu confio em você. - ela beijou a mão dele - E se não ganhar, fique sabendo que vou estar aqui do mesmo jeito.

- Obrigado. - beijou a testa dela e se afastou, se posicionando para cantar o hino, e logo viu ela sentando ao lado de Alexa e Rebeca, as duas já de máscara.

Cada Batida do Coração - Bruno RezendeWhere stories live. Discover now