"Meus olhos só enxergavam ele"

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Notas da autora: oi lindas, tudo bom?
Mais um capítulo pra vocês morrerem ainda amais de amores por esse casal. Amo vocês. E me desculpem qualquer erro. ❤❤

📖📖

Tóquio,  Japão.
30 de julho de 2021
Dia do Jogo Brasil x EUA

      Ana Gabriela de Mello Cartari.

Eu estava nas nuvens. Nem acreditava que tinha ganhado o ouro. A sensação de dever cumprido, os aplausos, o filme que passou na minha cabeça. Tudo aquilo que eu passei, tudo que eu superei, foi para estar aqui. Minha carreira sempre foi algo muito importante pra mim. Nada era mais gratificante do que sair que todo o meu esforço valeu à pena.

Outro sentimento que explodia dentro de mim era a paixão. Bruno Mossa de Rezende era um carioca lindo, insistente e que estava me conquistando cada vez mais. Inferno de homem perfeito, gente! Lembrar de seu olhar orgulhoso e seu sorriso ao me ver ganhar a medalha só me provaram que eu sentia medo atoa. O mundo estava olhando pra mim naquele momento, mas eu só tinha olhos para ele.

A noite de ontem foi maravilhosa, eu ainda estava em êxtase. Eu ainda tinha mais três finais e naquele dia teria o jogo de Brasil contra os imperialistas... Quer dizer, contra os EUA. Por isso eu e Alexa achamos melhor dormirmos em nosso quarto e apenas encontrar os meninos no dia seguinte, hoje no caso. Hoje eu teria o dia de folga, então poderia ir ao jogo do Bru. Inclusive, eu estava bem ansiosa. Finalmente vou fazer a surpresa para ele.
Nesse momento eu tinha acabado de voltar do café da manhã com as meninas, era bem cedo. Renan tinha avisado que os meninos tinham sido autorizados a dormir até um pouco mais tarde, então eu e Alexa deixamos Rebeca no quarto e fomos acordar nossos jogadores. Bruno tinha me dado o cartão dele do quarto para que eu pudesse vê-lo de manhã de quebra a Alexa ver o Luca. Aqueles dois são perfeitos um pro outro inclusive, nunca vi par pra combinar mais do que aquele dois.

Eu e Aly entramos no quarto de fininho, não sem antes bater de leve. Lucão diz baixinho que poderíamos entrar depois de perguntar quem era. Entramos e vimos ele sentado na cama, arrumando a bolsa dele.

— Gente, mas ainda tão dormindo? — Aly perguntou em sussurro risonho.

— Ihhh, esses dois passaram a noite conversando sobre você duas. E me fizeram escutar, afinal minha esposa está lá na puta que pariu e antes era eu que deixava os dois de vela. Vingança é foda.

Eles riram baixinho.

— Você acordam eles? Vou descer pro café.

— Pode deixar, Lu. — Eu respondi.
Ele saiu do quarto e cada uma foi até o seu jogador. Deitei ao lado de Bruno e observei ele dormindo. Eu era tão encantada por ele... Eu tinha tanto medo de admitir, que acabei afastando ele no começo. Mas nossa conexão foi instantânea. Na noite anterior, tínhamos tido uma conversa que me fez ter certeza de meus sentimentos por ele e certeza de que podia ir quebrando barreira por barreira. Eu não tinha mais medo de ficar vulnerável para ele e esperava que também não tivesse medo de ficar assim comigo. Meu pai dizia que se deixar ficar vulnerável na frente de alguém que amávamos era uma forma de entrega. Ele quase sempre tinha razão.

Fui fazendo carinho em seu rosto e em seus cabelos. Ele sorriu ainda dormindo. O que será que o bonito tava sonhando? Beijei seu nariz e depois sua testa, para depois encostar na minha. Ele foi abrindo os olhos devagar e quando percebe quem eu sou, abre um e enlaça minha cintura, me deixando mais colada com ele.

— Bom dia, Bru. — faço carinho em sua barba e beijo sua bochecha.

— Ótimo dia. Acordar assim... Nossa, eu tô no céu. — ele sorri aí da sonolento e eu me viro de costas, rindo fraco, fazendo com que fiquemos de conchinha.

Cada Batida do Coração - Bruno RezendeWhere stories live. Discover now