Tudo que é bom dura pouco. Será?

305 23 13
                                    

Notas da autora:
GENTE, esse capítulo tá enorme, Jesus amado. Hdjskksks.
Eu espero que vocês gostem, ele tá grande porque eu não queria prolongar muito um conflito que aconteceu aqui então precisava escrever bastante. Mas espero que gostem da evolução que o casal tem a partir desse capítulo. Ele foi necessário. Amo vocês. Comentem viu, eu amo ler os comentários de vocês ksksks

📖📖

Facundo lambeu os lábios e depois sorri.

— Continua a mesma. Sentia falta do seu humor.

— E deve ter sentindo falta de todos pés na bunda que te dei também, porque tá querendo outro. — Ana respondeu, afiada como sempre.

Ele riu, indiferente e arrogante.

— Eu vim na paz. — sorriu, levantando os braços, em falsa rendição. Ana revira os olhos.
— Já não passou vergonha o suficiente,"hermano? — a voz da garota pingava ironia. Ele fechou a cara, com o atrevimento. Ele odiava que ela era imune a qualquer coisa que ele tentasse com ela.

— Vejo que você e o capitaozinho são bem próximos. Ele pareceu bem renovado depois daquele sussurro idiota que você fez pra ele.

Ana sorriu. Ele estava com inveja, como sempre. Uma vez argentino, sempre argentino. Sempre invejosos.

— O que foi? Tá com inveja? — ela sorriu irônica.

— O que aquele brasileiro tem que eu não tenho?

A verdadeira resposta seria: "Você quer a lista por ordem alfabética, numérica ou cronológica?" Porém, o que ela disse foi:

— Minha relação com ele, seja qual for, não te diz respeito. — ela fala firme. — Se me der licença...

Ela levanta do banco, mas ele a pega pelo braço. Ela o olha curiosa. Mas quem ele pensa que é?

— Você me solte, hijo de puta. — ela gritou, se soltando dele.  Dando graças a Deus a imprensa já ter saído. — Nunca mais encoste em mim. Quem você pensa que é, caralho?

— Vocês são realmente bem próximos, então! Ele parece ciumento e explosivo... O que ele acharia se soubesse que namoramos?

— Mas nós nunca-

Vocês o que?! — Ana arregala os olhos e gela, ao escutar a voz de Bruno.

Já de banho tomado, Bruno apareceu. Vindo do vestiário, ele parecia surpreso e irritado. Ana suspirou. E lá vamos nós...

— Pois é, brasileiro. Eu e a bonita aí tivemos um namoro.

— Só se for nos seu sonhos mirabolantes. Cheirou pó também? Achava que era só no futebol. — Ana retrucou, sorrindo cínica. Conte fechou a cara pela alfinetada.

— Ana Gabriela, vocês namoravam ou não? — Bruno pergunta, já um pouco alterado.

— Claro que não, Bruno. Pelo amor de Deus, um imbecil arrogante desse.

— Eu lembro que da minha boca você gostava... Gostosa.

Bruno quase parte pra cima de Conte e é segurado por Lucão, que vinha do vestiário, viu a cena e veio correndo.

— FALA ASSIM DELA DE NOVO, FILHO DA PUTA. — Conte se afastou, fazendo Bruno rir, pingando ironia. — Só cresce pra cima de mulher, né imbecil? Me solta, Lucas, que porra!

Lucas o solta, mas continua por perto. Bruno era meio imprevisível e impulsivo com raiva.

— Vaza daqui, Facundo. O Bruno pode te moer de surra aqui, mas você sabe que eu também posso. Não importa o meu tamanho, eu faço o que for pra você entender que não pode agir dessa maneira escrota. OLHA A MERDA DE CENA QUE VOCE ARMOU. — Ana grita — Tudo isso por que? Por que tá com orgulhinho ferido? Me poupe, seu patético do caralho. Um homem desse tamanho fazendo birra?! NUNCA MAIS SE META COMIGO E NEM NA MINHA VIDA, SEU BABACA. — ela olha nos olhos dele furiosa e continua, entredentes — Nada sobre mim te diz respeito e um dos meus maiores arrependimentos é um dia ter beijado você. — ela olha alguns seguranças que apareceram no local e depois olha o técnico — Preciso falar mais alguma coisa? E por favor, não vazem nada daqui. Já teve confusão demais por hoje.

Conte foi embora, soltando faixa por naonter conseguido o que queria.

Ana senta no banco frustrada e Alexa vai até ela. Enquanto Bruno é cercado pelos amigos e pelo técnico.

— Acho que dessa vez aquele babaca fica longe de você. — Alexa diz.

— Assim eu espero. Que macho mais insistente e nojento!

Ana suspira e Alexa diz que vai lhe trazer uma água. Depois de suspirar, Bruninho sentou do lado dela.

Ele não fazia ideia do que tava acontecendo. Mas ele não tinha orgulho do que sentia no momento. No fundo ele não culpava ela de nada, ele nunca foi assim. Mas ele odiou ver a forma como o argentino se sentiu no direito de fazer toda uma cena. O que foi aquilo? Eles ainda tinham alguma coisa? Mas ela não tava magoada com um relacionamento abusivo? Que merda tava acontecendo?

Ele odiava se sentir tomado por algo que ele não conseguia controlar. O ciúme. Ele não era possessivo, nunca foi. Ele sabia que ela era maior vítima da situação.

— Ana... — ele passou a não no cabelo, nervoso e suspirando — Qué merda foi essa?

— Eu e Conte ficamos em 2016. Ele me enche o saco desde dessa época porque dei um fora muito bem dado nele.

— Se você deu um fora nesse imbecil do país do lado do nosso porque ele continua com isso?

— E eu vou saber, Bruno?! — ela exclama, indignada — Que tipo de pergunta é essa?

— Vocês tiveram mais alguma coisa depois? Por que você não me contou? — ele ia aumentando o tom de voz. A conversa ia por um caminho perigoso.

— Não, não tivemos mais nada. Ele continua com essa merda porque é um babaca. — Ana diz, impaciente — Mas por que você tá me cobrando isso?! Reconheço que temos algo especial, mas não temos nada sério ainda.

— Eu tô te cobrando porque isso me parece um absurdo. Sempre que eu chego perto de você, eu piso em ovos a maioria das vezes porque você ainda não tá pronta e porque é cedo. Mas aí me vem esse filho da puta é chega como se a casa fosse dele. Alguma confiança voce deve... — ele percebe a merda que fez quando viu os olhos dela marejados.

— Aquela pessoa de hoje... O cara que gosta de flores, que... Me ouviu, que.. Me fez bem, que me abraçou e limpou minhas lágrimas hoje... Ele existe mesmo, Bruno? Ou foi um personagem?

— Qué?! Claro que não, eu só não acredito que esse...

— Ele é um completo babaca sim. Assim como o Pedro foi e você também tá sendo. — seus olhos marejam e os de Bruno também — Eu realmente gosto de você e eu quero me esforçar. Mas hoje você me mostrou que pensa igual a todo os outros. O mais triste é que eu pensei que ia ser diferente.

Ela se afastou, pegando sua bolsa no banco.

— Aninha...

— Eu realmente não sei quem você é agora. Mas eu preciso de espaço, Bruno. — ela disse e o coração dele se parte. A culpa era dele. — Bom, parabéns pela Vitória mesmo assim. — ela sorriu fraco, limpando as lágrimas, e se dirigiu a saída.

Alexa a olhou e assentiu, sabendo que elas iriam para a Vila Olímpica. Alexa beijou a bochecha de Ricardo e logo as duas foram embora.

Bruno sentou no banco novamente, tentando digerir a merda que tinha feito e engolir o choro que se formava.

Eles só se conheciam há três dias, mas tava tudo dando tão certo... A conexão era bem óbvia. Mas ele conseguiu estragar tudo. Ciúmes sempre eram traiçoeiros e ele nunca pensava direito com ciúme. Mas no fundo ele só estava com medo. Assim como ela.

Cada Batida do Coração - Bruno RezendeWhere stories live. Discover now