Abertura das Olimpíadas

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Notas da Autora:
Meus amores, Oiii. Bom dia, espero que estejam todos bem. Essa não é minha primeira história, mas é minha primeira aqui na bíblia laranja rsrs.

Queria dar uns avisos sobre ela:
● Aqui terá fortes críticas, bem constantes ao governo, à extrema direita, às desigualdades no esporte e muito mais. Inclusive, a protagonista é militante de esquerda.
● Lucao, um dos jogadores de vôlei, não será bolsonarista neste local. Eu não sei direito se ele é, na vida real, mas provavelmente ele votou e é gado bolsonarista arrependido. Enfim, aqui ele não é apoiador do presidente.
● Não vou desenvolver todos os jogadores do vôlei masculino da seleção brasileira porque são muitos e poderia deixar a história muito confusa.
● Medina e Bruno, aqui, não são mais tão amigos assim. Até porque ultimamente ele tá INSUPORTÁVEL, minha opinião.
●Neymar e Bruno, essa amizade vai aparecer mais pra frente. Eu gosto do Neymar, mas tenho pé atrás em muita coisa. Vou desenvolver a amizade deles de um jeito diferente.

Agora vamos à história. Espero que gostem ❤

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Dias depois...

23 de julho de 2021.

— Bruno, continua coordenando bem cada passe. Leal e Lucão, o bloqueio precisa de mais ajustes, mas até agora foi bom.  Douglas, o ataque tá perfeito, mas precisa ter um pouco mais de altura. Nada muito. O restante... Tá bom, mas sempre estamos aqui pra aprender. — Renan diz, anotando algumas considerações na prancheta e depois olhando o time — Podem ir. Liberados. Descansem que ainda tem a abertura hoje.

O time estava mais que preparado para enfrentar a Tunísia no dia seguinte. Mas antes de sair da quadra, Bruno foi chamado novamente.

— Ah, Bruno!

— Fala, comandante.

— Hoje vai ser a Abertura dos jogos e você vai ser o porta bandeira do Brasil.

— Nossa, que... Ótimo — ele sorriu — Nossa, isso é incrível. — ele disse animado.

— Pois é. Mas você não vai sozinho. Junto com você vai uma outra pessoa.

— Quem? Fala logo, que mistério da porra.

— É a Ana Cartari. Você e ela vão segurar a bandeira e mais uns cinco atletas vai vir atrás de vocês.

Bruno arregalou os olhos, mas fez o calmo e sorriu de leve, agradecendo. Quando ia saindo da quadra, ouviu Renan dizer:

— Não pensa que engoli você “fazendo o pleno" com diz o Doug. Sei que você gostou da informação, capita.
Bruno riu e saiu da quadra. Ele não sabia se ficava nervoso ou feliz pela notícia. Decidiu ficar feliz. Segurar a bandeira do país que ele representava era gratificante, significava que seu trabalho era bom, significava que ele realmente merecia. Era bom saber que a insegurança dos brasileiros em confiar nele, por estranharam o fato dele ser filho de um ex técnico, estava cada vez menor. As vezes ele mesmo acreditava que não merecia, mas aí a lucidez lhe vinha e ele percebia que não era privilégio. Era talento. Ele estava ali porque realmente merecia.
Pensando nisso, ele lembrou de um video de Ana. Ela falou um pouco sobre consciência racial e facilidades no esporte. Ela era uma atleta, que veio de uma classe mais pobre, preta e nordestina. No esporte, muitas portas se fecharam. E ela ouviu muita merda durante muito tempo e ainda escuta. Ele era branco, de classe alta, e já filho de atletas. Pra ele foi muito mais fácil. Não anulava seu talento e sua dedicação ao esporte. Ele trabalhava duro. Mas nunca chegaria aos pés do quanto Ana batalhou pra isso. Então ele decidiu gravar um video para o IGTV.
Assim que chegou ao quarto, tomou um bom banho. Vestiu uma roupa mais confortável e foi até o quarto de Douglas.

Cada Batida do Coração - Bruno RezendeWhere stories live. Discover now