— Birutinha — o moreno concordou.

— Parem de me zoar e me ajudem aqui — pediu, tacando duas luvas no moreno. — O bolo vai queimar, não posso deixar de mexer a cobertura.

Antes que a loira falasse de novo, Gray tirou o bolo do forno e colocou na mesa para esfriar. Não demorou muito para tudo ficar pronto. Erza logo chegou com os pães, alguns frios e uma expressão de tristeza.

— Não tinha bolo de morango — explicou, antes que perguntassem.

— A doida dos bolos — disse Happy, esquecendo que estava de frente para Erza.

— Repete — olhou-o com raiva.

— Lucy… SOCORRO! — começou a voar, fugindo da ruiva que corria atrás de si.

Alheios ao que acontecia, pois, já consideravam uma situação normal, Lucy e Gray começaram a tomar café como se nada estivesse acontecendo.

Lucy contou o que aconteceu em sua última missão, falando do medo que Erza botou nos pobres cozinheiros da lanchonete e de como Happy ficou rosa quando encostou nas tais bolinhas.

— Seria engraçado fazer uma pegadinha com essas bolinhas, pena que tenhamos que ir até lá comprar — sugeriu Gray, já imaginando que tipo de armadilha faria.

— Eu comprei algumas — levantou-se, indo até à cozinha e pegando os potinho com algumas dentro. — Olha! Eu usei elas para o bolo ficar rosa.

— Essas coisinhas aí conseguem tingir os pelos de um gato?

— Sim.

— Por que você comprou isso, Luxy? Está querendo me deixar rosa de novo? Sua cruel — começou a fazer drama.

— Oh! Podemos inventar alguma brincadeira com elas — sugeriu Erza, parando a perseguição e sentando-se na cadeira.

— O que vocês pretendem fazer? — perguntou Lucy, receosa pela resposta.

— Iremos brincar de algum jogo qualquer. Quem perder, pinta o cabelo com uma bolinha e ficará responsável por pagar o jantar.

— Achei interessante. Eu não vou perder — Gray sorriu animado, antecipando a vitória.

— É o que veremos.

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A noite já dava os primeiros indícios, quando Gray saiu do apartamento de Lucy com o cabelo completamente rosa. Tinha sido decidido que jogariam uma simples partida de um jogo de tabuleiro e ele acabou perdendo primeiro.

Primeiro passaria em casa, para pegar o dinheiro que havia esquecido, depois iria em um restaurante para comprar a comida.

Andou calmamente até chegar em sua residência. Não sentia medo de estar ali, pois, sabia que ninguém invadiria de novo já que não estava com nenhuma poção. Entrou sem acender as luzes e subiu a escada, indo até seu quarto.

Logo na primeira porta do guarda-roupa, encontrou sua carteira e saiu, deixando a camisa para trás sem perceber. Desceu com preguiça, estranhando a luz da cozinha acesa.

— Eu não acendi isso aí… Acendi? — perguntou-se, entrando no lugar.

Ninguém parecia ter estado ali no último dia, apesar disso, um envelope em cima da mesa dizia o contrário.

— De novo… — pegou o envelope, abrindo-o.

“O tempo acabou, não tem mais volta.

Não tente fugir, pois eu o encontrarei.

Espectro FlamejanteWhere stories live. Discover now