I͜͡ M͜͡i͜͡e͜͡i͜͡ A͜͡m͜͡o͜͡r͜͡i͜͡

Desabafo✔︎

- Sim...

- Pode falar comigo sobre o que quiser, você sabe, não é? - ela assentiu e Naruto a puxou para um abraço de novo. Hinata retribuiu, apertando-o de volta. Naruto sentiu o corpo pequeno tremer um pouco - Tudo bem, pode ficar à vontade.

Os ômegas ficaram abraçados por um bom tempo. Naruto nada disse quando sentiu seu ombro molhar com as lágrimas da amiga. Ele era muito empático, Naruto sentia que Hinata tinha um peso muito forte sobre os ombros, algo relacionado a sua família.

- Me desculpe por isso. - ela sentiu os dedos gentis de Naruto limparem suas bochechas.

- Não se desculpe, somos amigos. Você não precisa agir assim comigo. - ele sorriu, deixando um beijo em sua bochecha - É a sua família, né?

- É o meu pai. - ela caminhou até a frente do carro, se encostando no capô.

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Naruto sentou sobre o capô ao meu lado, me olhando.

- Minha mãe morreu há alguns anos, um assalto. Estávamos no shopping... - respirei fundo, sentindo a mão dele acariciar minhas costas - Ela havia me levado para escolher meu presente de aniversário. Eu havia gostado muito de uma pulseira de esmeraldas na vitrine, mas mamãe já havia comprado meu presente. Já estávamos no estacionamento quando eu finalmente a convenci de me dar a pulseira. - eu já conseguia ouvir as batidas do meu coração ficarem mais rápidas - Ela voltou para dentro, mas como ela estava demorando demais eu resolvi ir atrás. Eu não deveria ter ido, Naruto. - as lágrimas voltaram e ele me abraçou de novo

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Eu me lembro de caminhar até a joalharia e entrar na mesma. Estranhei quando não vi nenhum funcionário.

Caminhei pelo lugar e não vi ninguém, estava prestes a ir procurar ajuda para encontrar minha mãe quando a porta atrás do balcão foi aberta.

Por ela passou minha mãe, mas ela não estava sozinha. Um homem com uma máscara de ski estava a segurando, com uma arma apontada para a sua cabeça.

Eu me abaixei rapidamente antes que o ladrão me visse, mas sabia que minha mãe havia me visto.

- Por favor, não me faça nada. - ouvi a voz sempre calma da minha mãe. Ele empurrou ela para frente, fazendo com que ela quase tropeçasse sobre seus saltos.

- Você vai me ajudar a sair daqui, entendeu? - o ladrão voltou a empurrar o ombro dela.

- Sim, não se preocupe, por favor. - ela se virou devagar - Eu não vou fazer nada. - ela ofereceu a bolsa para ele - Pôde pegar meu carro no estacionamento. As chaves estão aí junto com cartão de crédito e o que mais quiser. - ele puxou a bolsa dela, que me olhou. Eu continuei abaixada, esperando que o mesmo fosse embora.

- Você vem comigo. - eu arregalei os olhos junto a minha mãe - Você é rica, com certeza vale mais que qualquer diamante nessa loja. - ele jogou a bolsa dela, não percebendo que a mesma parou a alguns centímetros de mim.

- Por favor, não. - ela deu um passo para trás, ao mesmo tempo que eu consegui puxar a bolsa e engatinhar, dando a volta no balcão e ficando atrás do mesmo - Se sair daqui comigo vai ser preso. Você não têm idéia de quem eu sou. - eu peguei o celular dentro da bolsa e liguei para a polícia, mas ao olhar para cima vi o botão de emergência da loja e sem pensar o apertei diversas vezes - Você não vai conseguir se sair bem dessa se tentar me levar com você.

- Mas que porra! Têm uma menina aqui! - outro ladrão saiu pela porta e me viu.

Eu não tinha muitas lembranças claras depois disso. Eu fechei os olhos depois que o segundo assaltante mirou a arma em minha direção, ouvi minha mãe gritar e em seguida um disparo.