Fiz de ti meu Diário

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Fiz de um livro, em uma plataforma, uma maneira de me desvincular dessa solidão que me assola enquanto procuro maneiras de me manter bem. Eu que não sou de palavras, uso as letras em favor daquilo que não sou capaz de fazer. Um misto de sentimentos e vontades que não sei e não entendo como ou quando vou agir. Eu queria correr estando parada, sair sem me mover, chorar sem derramar lágrimas, e tudo o que tenho são machucados que não sangram, mas que se abrem a todo momento. Mas eu não quero me entregar. Tudo é um gatilho, tudo é um pequeno motivo para querer rasgar o peito e retirar esse coração que pulsa, mesmo não culpado de tudo o que acontece na minha mente...

A vida as vezes é dessa forma. Culpamos algo quando na verdade sabemos quem realmente deve ser penalizado. Nessa briga insensante entre o coração e a mente, todos nós sabemos quem é nosso verdadeiro inimigo, mas é sempre o coração quem paga o pato, o talão, o cheque de milhões de dólares numa multa que não havia sido ele a causar.

É injusto parar para pensar em como tudo funciona, mas prefiro não pensar, não ouvir e não falar. Quero ser uma pedra...

Epiphany - Confissões Where stories live. Discover now