Epiphany - Confissões

Uma Insonia Sonífera

Era tudo o que eu queria, estar ao abraço do corpo que me aquece todas as noites, dos lábios que tocam os meus com doçura e a vozinha mansa que ecoa em meus ouvidos sempre quando vou dormir. Mas hoje ela não está, e eu nem posso dizer quando estará novamente, mas espero quero logo, que breve, ainda que nada seja realmente certo.

Outrora nunca havia de criar tantas expectativas, mas o que fazer quando meu coração grita tão mais alto que a razão?
São mil motivos para partir, porém um milhão de motivos para querer ficar. São muitos defeitos, mas até seus erros me completam tão bem ao ponto de me ensinar a ser paciente e persistente. Logo eu que nunca lutei tanto por tempo demais. E lutar agora para mim é uma necessidade, um gosto que nasce de dentro para fora, por que não vejo as noites sem seu carinho e não imagino os dias sem seu lindo e deslumbrante sorriso.

Mágoas, tive, mas nada tão pior que não lhe ter. E eu preciso da sua respiração calma enquanto dorme, do abraço gostoso depois dos nossos melhores momentos. Daquele sorrisinho e do "eu te amo" soltos em suspiros e soluços, carregado de emoções, verdade e sentimento. Eu preciso do carinho no rosto, do olhinho que parece a meia lua me olhando, do universo profundo que viaja sobre suas orbes castanho escuro. Eu preciso de mais páginas nessa história, pois sinto como se parte de mim fosse junto com suas malas prontas, embora grudado ao coração dela.

Os remédios que me doam não é suficiente para me fazer dormir, ainda que eu precise. Minha insônia tem um nome: AMOR. E o amor poderia ser um pouco justs comigo...