CAPÍTULO 32

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INIMIGOS PARA SEMPRE

Narrador Onisciente

Uriel, Cárter e Zack estavam trancafiados dentro da torre mais alta quando James foi avisá-los que estavam seguros por enquanto porque os invasores tinham conseguido escapar. Ao destrancar a porta e a mesma ranger como se nunca tivesse recebido um agrado, Uriel vistoriou com os olhos o estado de seu Saqueador notando de primeira sua armadura amassada na frente toda ensanguentada, porém todo aquele sangue não era de nenhum Cursediano, tampouco da feiticeira. James lhe informou que não conseguira acabar com a vida dela e todo aquele sangue escorrendo de sua armadura e manchando por onde passava se tratava do estado critico de Thomas que tinha sido atacado a dentadas por uma pantera.

- Estávamos fugindo dela. - Disse Cárter se aproximando deles.

- O Tom é a pantera. Aquele garoto quase nos matou lá embaixo. - Contou Uriel.

James fez cara de quem não havia entendido, mas rapidamente deu passagem para outros dois guardas entrarem. Não era o momento certo para debates. Quando os guardas passaram pela porta, Uriel viu Thomas nos braços de um deles com um de seus braços vermelho de tanto sangue que se dissipava. Ao contrário do outro braço que parecia normal e musculoso devido a muito treinamento. James mudou sua expressão depois de ver aquela cena ficando extremamente impaciente e zangado.

- A culpa de tudo isso é sua. - Ele disse á Uriel curto e grosso.

James tinha muita proximidade de Thomas e lhe ensinava os segredos para se tornar o melhor naquilo que fazia, ou seja, saquear seus oponentes. Sim, James era o mais velho dentre os Saqueadores e sentia-se irresponsável quando a situação fugia de seu controle, principalmente agora que seu amigo estava à beira da morte. Esse era o motivo que o deixara tão zangado.

- Vão deixá-lo aqui? - Uriel perguntou acompanhando a agitação com os olhos.

Thomas tinha sido colocado sobre à única cama da torre, seu braço inchado e cheio de marcas de dentes afiados jorravam todo seu sangue para fora e em poucos minutos ele morreria. Sabiam disso. Os guardas se afastaram da cama e deixaram que James tentasse acalmá-lo, mas Thomas só sabia gritar devido aquela dor infernal. Ele jamais saberia explicar, se é que sobreviveria a isso. Tom havia feito um baita estrago, principalmente quando mordeu como um canibal o membro do rapaz e chacoalhou sua mandíbula na tentativa de desmembrá-lo, o que apenas resultou nesse sofrimento deplorável que resumia-se em um braço quebrado. Uma mulher se aproximou dos dois após entrar apressadamente pela porta, era a serviçal que antes servia como cuidadora de cavalos. Suas vestimentas eram brancas e um avental florido rodeava sua cintura preso em um laço em suas costas. Obviamente não havia lhe dado tempo de tirá-lo e não demorou para que ficasse suja de sangue assim como os outros.

- Não existe outro jeito, precisaremos amputar agora! - Disse quando terminou de examiná-lo.

- Não, eu imploro... - Thomas pediu contorcendo-se feito uma minhoca.

- Sinto muito, garoto.

James entreolhou a serviçal, estavam ajoelhados . Aquele olhar fixo perguntava claramente "Tem certeza de que não existe outra maneira?". Ela apenas mexeu a cabeça negando uma outra possibilidade.

- Não poderiam ter feito isso lá embaixo? - Uriel perguntou.

Foi essa maldita frase que fez James se levantar brutalmente.

- É melhor colaborar alteza, porque isso não teria acontecido se vocês... - Passou os olhos em Zack bufando feito animal e prosseguiu - não tivessem sequestrado um deles! É óbvio que a feiticeira veio libertar aquele garoto.

A Garota Das RosasWhere stories live. Discover now