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- Tem duas opções

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- Tem duas opções. - Negan andou em meu redor. - Ser uma Salvadora ou...
- Não serei uma esposa. Prefiro a morte.
Negan sorriu e abriu os braços, indicando o quarto.
- Baby doll, isso tudo pode ser seu. Se bem que eu preferia que você fosse minha esposa, mas enfim... Fazer o quê com essa cabeça dura?
Ele se aproximou do sofá e tirou uma coisa que estava escondida atrás, andando de novo na minha direção. Negan segurava a minha bolsa com a katana dentro.
Sorriu, triunfante pela minha súbita reação de choque.
- É sua novamente, basta trabalhar para mim. - Falou.
Meus olhos, presos na katana, encontraram os dele e respirei fundo.
- Você matou meu irmão. Torturou ele. Me torturou.
- Você sobreviveu.
- Para ser sua máquina de matar. - Rosnei.
Negan riu. - E eu acho que fiz um trabalho foda!
Na minha mente, comecei calculando as probabilidades de pegar a katana e matar ele, mas ele negou com a cabeça como se lesse meus pensamentos.
- Morreria antes de conseguir, ou então iria dormir mais uma noite na cela, com aqueles gritos do... Como era mesmo? Shane?
Mordi minha língua para me segurar e não arrebentar seu rosto.
Olhei a katana e depois ele de novo.
- Aqui não teria música? - Perguntei.
- Só a que você quisesse escutar e você mesma colocaria.
Assenti. - E gritos?
Negan riu. - Só os que você quisesse.
Fiz careta, percebendo onde ele queria chegar, mas ignorei. Olhei a bolsa, nas suas mãos.
- Poderia sair?
Ele se aproximou um pouco mais.
- Querida, essa é a parte divertida. Se você for realmente boa, como eu sei que é, eu te daria muito mais do que saídas do Santuário.
Olhei ele e estiquei a mão para a bolsa. Foi um alívio segurar ela de novo, parecia que passaram séculos desde a última vez.
Que opções eu tinha? Era isso ou continuar naquela cela, escutando aquela música e os gritos do meu irmão. E eu já não tinha nada, mesmo, esse fim de mundo roubara tudo de mim, então não havia mais nada pelo que lutar. Shane se fora, Daryl ficara longe, muito longe, e eu nunca mais veria ele... Porque iria lutar?
Me odiei, eu nunca escolhia a saída mais fácil, mas nesse momento...
Negan tocou no meu rosto, afastando um pedaço de cabelo, e eu estremeci.
- Calma, não vou magoar você, baby doll. E aí? Posso anunciar você para todo mundo? Eu seria o cara mais orgulhoso do planeta e ficaria com uma tesão de outro mundo.
Encarei ele. - Não preciso de pormenores.

 - Não preciso de pormenores

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Um mês depois...

Balancei a katana de um lado para o outro, olhando em volta e cantando.
- Apareçam, apareçam, onde quer que estejam! - Falei.
Continuei cantando, enquanto olhava o chão, procurando rastros e... lá estavam eles. Sorri e fiz sinal aos homens que me seguiam para se espalharem, sem fazer barulho.
- Dwight! Apareça! Você sabe que vou achar você, seu cuzão! Você e a Sherry.
Andei pela floresta atrás da casa e parei.
- Sabe o que vai acontecer? Sabe o que acontece com traidores? Sabe né? Claro que sabe. Então... imagina isso acontecer com você ou com a sua preciosa mulher...
Do nada, Dwight saiu de trás de uma árvore mirando uma besta em mim, enquanto Sherry mirava uma arma na minha cabeça.
Eu podia acabar com aquilo mas gelei. Eu conhecia aquela besta. Eu treinara com ela e... Dwight tinha um colete que me era terrivelmente familiar. Que merda estava acontecendo ali? Ergui o queixo, tentando esconder meu sentimento.
- Nossa, roubou quem para conseguir isso tudo?
- Não é da sua conta e nós não vamos voltar! Nem que tenha de matar você!
Sorri e coloquei a katana na bolsa, abrindo os braços depois e olhando ele.
- Força. - Falei. - Mata. Na verdade, eu já cansei desse mundo mesmo.
- Dwight, não! - Falou Sherry. - Imagina o que Negan faria se você matasse ela.
Sorri e ergui o polegar, olhando Sherry.
- Valeu, esposa número um.
Ela negou com a cabeça. - O que aconteceu com você, Leah? Está a cada dia mais parecida com Negan. Por favor, deixa a gente ir. Fala pra ele que não achou a gente, por favor.
Sorri e baixei os braços.
- Sabe quando meu irmão morreu? Dwight estava lá, me impedindo de fazer uma merda que fosse! Sabe quando saí da cela? Dwight estava lá para ver Negan me torturar um pouco mais! Seu marido me ameaçou, me socou, me deu comida nojenta para eu comer. Eu falei que um dia ele iria pagar. - Olhei Dwight. - Lembra? E está na hora do pagamento, querido. - Estiquei a mão. - Quero a besta e o colete. Agora.
- O colete fica grande em você.
- Agora! - Gritei.
Minha ânsia de tocar nas coisas de Daryl era enorme, porque aquilo era impossível. Ele ficara para trás, longe, mas aquelas eram suas coisas, sem dúvida. Só de pensar em pegar aquilo, meu corpo tremia, e eu não iria deixar Dwight ficar com nada.
Esperei, erguendo a sobrancelha tal como vira Shane fazer um milhão de vezes, e Dwight me entregou a besta e depois o colete.
Quase desmoronei na frente deles, eram mesmo as coisas do Daryl, mas me segurei e voltei ao jogo.
Sorri e fiz sinal para que meus homens pegassem eles.
- Vamos voltar para casa. Qualquer gracinha pelo caminho e eu dou vocês de comida para os mortos, e ficarei vendo vocês serem devorados.

No Santuário...

- Eu sabia que você conseguiria.
Sorri, mas minha mente estava presa nas coisas de Daryl, seguramente colocadas no meu quarto. O caipira nunca as perderia e também nunca as entregaria a um cara como Dwight. Ele ficara com elas de alguma forma, e eu temia que não fosse da "melhor forma".
Negan, sentado na cadeira, tirou os braços de cima da mesa e se encostou para trás, me olhando.
- Eu confio em você, sabe disso, né? - Perguntou, ao que eu assenti, ainda perdida em pensamentos. - Mas estava plenamente confiante de que encontraria Dwight.
Franzi o cenho. - Foi um teste?
- Não necesaariamente. Você é uma rastreadora fenomenal, além disso, era uma soldado e soldados não desistem. Por isso te coloquei para achar aqueles dois, porque sabia que  conseguiria.
Franzi o cenho. - Era uma espécie de teste?
Negan sorriu, aquele sorriso enorme.
- Aí Leah, Leah.... Tenho um presente a oferecer a você pelo seu bom comportamento, sucesso nessa missão e lealdade a mim.
Estremeci, era impossível vir coisa boa por aí.
- Nem sei que diga. - Ironizei.
Ele riu. - Baby doll, você é minha mais nova líder de complexo. Meu novo braço direito.
- O quê? Espera! - Ergui as mãos para deixar elas caírem de novo. - Simon era seu braço direito.
- Pormenores que não vamos explicar a ele. - Negan passou a mão pelo rosto. - Confio mais em você do que num cara que eu sei que faria tudo pelo meu lugar.
- Hum. - Respondi.
- Bom, o complexo é seu, e terá uma equipe também. Uma verdadeira s
Salvadora.
Sorri. Não queria aquilo mas esse novo cargo me dava mais liberdade, que era o que eu queria para perceber de onde vieram as coisas do Daryl.
- Que complexo será o meu, então? - Perguntei só para ele não ver minha guerra interior.
Seu sorriso era impossivelmente grande.
- O "dos satélites".
Franzi o cenho. - Mas não era do Simon?
- Simon trocará de ninho e levará a equipe dele. Você terá seus homens e aquele complexo é seu. - Ele levantou e se aproximou da minha cadeira. - Bem vinda, Sargento, aos Salvadores.

Heart's On FireWhere stories live. Discover now