Reencontro

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    Depois de muito tempo correndo de, seja lá quem for, paramos em uma caverna para descansar

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    Depois de muito tempo correndo de, seja lá quem for, paramos em uma caverna para descansar.

—Acho que despistamos ele–respiro fundo

   Kou se senta no chão e suspira.

—Você está bem?–morde os labios–desmaiou... pensei que sua saúde estaria melhor agora que os fundadores saíram da sua cabeça

   Mordo os labios também e o olho

—Não é bem assim...–digo agora olhando para minhas mãos

—O que quer dizer? Eu pensei que o Reiji tinha expulsado eles

   "Vou ser expulso da sua cabeça mais ainda posso programar algumas coisas antes de partir" a voz de Shin soa aos meus ouvidos como se ele estivesse do meu lado.

—Antes dos fundadores perderem o controle–o olho–é difícil explicar...

—Tenta, você precisa me falar o que está acontecendo para que eu possa te ajudar

   Ele se abaixa na minha frente e segura minha mão.

—Eu não sei como funciona esse negócio de possessão, mesmo eu sendo possuída duas vezes e meu pa... e o Seiji sendo um padre–acabo por rir–mas antes de Shin ir embora, ele disse que podia programar algumas coisas antes de partir, ele fez minha memória perdida voltar.

   Kou respira fundo e olha no fundo dos meus olhos

—Por que você não contou isso antes?

—Eu não sabia como... é complicado, não queria dar problemas e... talvez eu quisesse lembrar

—Tudo bem Yui, eu não vou brigar com você por causa disso–o mesmo beija minhas mãos–então você lembrou?

   Afirmo com a cabeça

—Foi a época que a Cordelia estava dentro do meu corpo esperando o despertar–mordo os labios–eu ficava chamando o nome de Karl em latim... acharam que eu estava possuída.

    Ele passa a língua pelos lábios, como se entendesse que eu não quero continuar com a conversa, muda de assunto

—Você está com fome?

    Nego com a cabeça e minha barriga ronca revelando minha mentira, ele apenas retira um pacote de doce dos bolsos e me entrega. Balas de goma com formato de ursinhos de cores diferentes

—Não é como se fosse um Peru de Natal–ele coloca a mão sobre o ombro um pouco envergonhado.

     Esse vem sendo o trabalho deles, desde que cheguei aqui os dez cuidam de mim, me alimentam e também me dão roupas e remédios –mas também sugavam o meu sangue em troca– ainda posso ser considerada um mero brinquedo em suas mãos? Afinal o que eles querem de verdade? O que eu quero de verdade? Depois de ter falado que amo Shu e Ayato? Ter dormido com todos... E se eu realmente amar todos? Não é como se eles fossem aceitar isso, nem eu sei se consigo me dividir para dar atenção aos dez... O que eu realmente quero? Quem eu realmente amo? Meus sentimentos estão tão confusos que dá vontade de gritar.

Diabolik Lovers: Fatal bloodWhere stories live. Discover now