CAP. 18 - NÃO SOU GAY!

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× Pessoal, esse é o último capítulo do livro, eu espero que vocês gostem! ❤

Continua....

Assim que chegamos na escola eu já estava suando frio, mas estava muito feliz, eu e o Bruno acabamos de começar algo que com toda certeza eu quero continuar mais tarde, entramos na escola e logo encontramos com os meninos, o Gabriel, Luan e o Luiz. Estavam sentados no refeitório, chegamos neles e os cumprimentamos, conversamos sobre algumas coisas e logo o Bruno introduziu o assunto.

— Galera, tô namorando! - ele diz nervoso.

— Olha só em, parabéns mano! - o Luiz e os meninos dizem. — Mas fala aí, com quem? A gente precisa saber se ela é gata ou não! - o Gabriel continua.

— Bom, na verdade é sim, e muito, mas não é ela! Eu estou namorando com o Matt! - ele diz e meu coração gela.

Os garotos dividem os olhares entre ele e eu e logo dizem.

— Caraca, e não é que ele é gatinho mesmo! Tá bem em amigão! - o Luan diz debochando dele.

— sério mesmo? Parabéns então casal! - o Luiz diz nos abraçando de lado.

Agora vai, Gabriel! Paga a aposta! - o Luan diz rindo.

— Como assim? Que aposta? - o Bruno diz confuso e eu mais ainda.

— A gente apostou quanto tempo iria demorar para vocês assumirem o namoro! - o Gabriel diz explicando.

Então vocês já sabiam? - eu pergunto agora surpreso.

— Amigo, vocês não enganavam ninguém! - o Luiz diz rindo.

Todos caimos no riso, eu e o Bruno ficamos mega nervosos para contar e no final eles já sabiam e só estavam esperando a gente contar.

Depois dessa conversa na entrada fomos para a sala e o professor havia faltado, então seria aula vaga, os meninos ficaram conversando e dizendo o quanto era engraçado ficar vendo a gente fingir que não nos gostávamos e que só éramos amigos, disseram também que fizeram a aposta no dia da briga, quando o Bruno enviou aquela foto minha no grupo da sala dizendo que eu estava bem.

Colocamos todos os assuntos em dia e também atualizamos eles sobre oque havia acontecido nesses últimos dias e o porquê de não termos vindo para a aula ontem, eles ficaram tão chocados quanto eu quando o Bruno me contou, deram o maior apoio pra gente e principalmente para o Bruno, por isso que eu amo ser parte desse grupo, eles realmente se importam uns com os outros e isso é demais.

Começamos também a finalmente a planejar o nosso trabalho para o fim do ano, foi passado a dias e a gente nem começou a fazer ainda, era para termos começado já, mas com toda aquela história da mãe do Bruno eu e ele ficamos enrolando. Combinamos de fazer em casa já que a casa do Bruno estava uma zona com essa história de mudança, depois da aula vamos para a minha casa e faremos o trabalho lá!

2 meses depois....

Finalmente o nosso ano escolar acabou, só o fato de não ter que ir mais a escola já é um alívio enorme, hoje terá a nossa festa de formatura, mas nem eu e nem o Bruno queremos ir, então vamos apenas ficar no apartamento dele vendo séries juntos e comendo, e outro dia marcaremos de sair com nossos amigos para nos despedirmos, nesse momento eu estou com o Bruno no mercado, estamos comprando comida para ficarmos na cama juntos e assistindo Netflix.

Nos vendo agora aqui juntos no supermercado eu me lembro do dia em que contamos aos meninos que estávamos namorando, foi um dia marcante na nossa vida, afinal foi o dia em que finalmente abrimos nosso relacionamento para todos saberem e também foi o dia em fizemos sexo pela primeira vez! Para mim foi mais especial ainda pois além de ter sido a minha primeira vez, foi o dia em que eu finalmente me senti amado e desejado por alguém, foi o dia em que eu não me importei com o meu corpo e ele também não.

Assim que saímos do mercado eu fiquei o esperando no estacionamento e pedindo o nosso uber, enquanto ele estava lá dentro pagando a compra, não demorou muito e ele saiu de lá, estava olhando para a tela do celular enquanto vinha até mim, quando olhei para os lados estava vindo um carro correndo no estacionamento, tentei avisá-lo mas quando ele olhou já era tarde demais, o carro já havia se chocado contra ele, meus olhos se encheram de lágrimas, joguei as sacolas no chão e corri até ele.

Não estava sangrando, mas estava desacordado, algumas pessoas estavam olhando em volta preocupadas, mas ninguém fazia nada eu não conseguia parar de chorar com ele no colo, estava morrendo de medo de perdê-lo, eu não posso perdê-lo, não agora!

— ALGUÉM LIGA PRA UMA AMBULÂNCIA! POR FAVOR! - digo desesperado enquanto chorava sem parar.

Fiquei sentado no chão com ele no meu colo e ele não acordava, depois de alguns minutos ouvimos o som da ambulância chegando, eles pararam ao lado dele e o colocaram na maca. Tentei ir junto mas como não era da família não foi permitido, liguei para o pai dele que assim que soube foi correndo até o hospital, peguei o uber e fui também, não acredito que isso está acontecendo, justo agora!

Cheguei no hospital e encontrei o pai do Bruno sentado desesperado na cadeira da sala de espera, quando me viu ele se levantou e me perguntou o que havia acontecido, nos sentamos e eu contei a ele tudo o que havia acontecido, ele me disse que os médicos não o deixaram ver o Bruno, parece que ele teve que ser internado pois havia quebrado o braço com o impacto da batida, mas também bateu a cabeça com muita força com a queda, eles não sabiam se ele sobreviveria a isso, mas eu confio nele, o Bruno é forte e vai passar por isso e voltar para nós.

Depois de horas sentado na sala de espera, minha mãe chegou e nos fez companhia enquanto tentava nos consolar, eu não acredito que isso foi acontecer com ele, ele não merece isso, se alguma coisa acontecer com ele eu vou acabar com a vida do desgraçado que fez isso com ele! Os médicos disseram que o motorista teve ferimentos leves e que estava alcoolizado.

Dias depois:

Eu quase não sai deste hospital desde o dia em que o Bruno foi internado, ele estava em coma, mas agora a pouco os médicos apareceram aqui e disseram que ele havia acordado, iriam fazer todo o procedimento padrão e logo poderíamos vê-lo, eu estava tão feliz que essa felicidade não cabia dentro de mim, avisei os nossos amigos que ele havia acordado e estava podendo receber visitas, eles me disseram que mais tarde depois da aula iriam vir para cá vê-lo.

Já eu não vejo a hora olhar o rostinho dele acordado novamente, que saudade que o sorriso dele faz, sinto falta dos nosso momentos juntos, mas agora que ele acordou eu posso ter o amor da minha vida de volta, depois de 1h os médicos vieram até nós e disseram que podíamos visitar ele, então eu e o pai dele entramos e ao nos ver ele solta aquele lindo sorriso que só ele tem, ele e o pai dele conversaram e depois de um tempo ele saiu e nos deixou sozinhos.

— Oi! - ele diz.

— Finalmente você acordou! Eu estava morrendo de saudades! - digo emocionado.

— Desculpa! Mas.... Quem é você? - ele diz e no momento em que eu ouço essas palavras o meu coração se despedaça.

Ele não se lembra de mim, como ele não se lembra de mim?

— Eu sou seu namorado! - digo com os olhos cheios de lágrimas.

— Namorado? Não, você deve ter se enganado, Eu não sou gay!

× Estão passados com esse final?
× Logo começarei a escrever a segunda parte do livro.
× Mas então? Gostaram? ❤

AQUELE CARA! ( ROMANCE GAY ) Where stories live. Discover now