CAP. 8 - GAROTO QUIETO!

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SEGUNDA- 05:00

O despertador parece me odiar, quando eu estou na melhor parte do meu sono ele decide tocar, hoje é segunda INFELIZMENTE, e eu tenho que ir para a escola, mas está muito frio e eu odeio ter que sair de casa no frio, bom, se pensar pelo lado positivo é melhor do que estar suando as 07 da manhã, mas enfim ainda sim eu odeio.

Levanto e vou para o banheiro tomar um banho bem quentinho, coloco uma roupa quente e faço a minha higiene matinal, assim que eu fico pronto eu vou arrumar a minha mochila e colocar nela o material que eu vou usar na aula de hoje.

Desço com a mochila e vou tomar meu café da manhã, ovos mexidos e suco de laranja, minha mãe parece estar com pressa hoje então termino logo, e vou esperá-la ao lado de fora de casa, ela pega o carro e nós saímos, passamos em uma cafeteria pegar dois cafés e seguimos em direção a escola.

Assim que paramos em frente ao colégio eu me despedi da minha mãe e entrei, no portão de entrada haviam algumas pessoas e no refeitório tinham mais, enquanto eu passava avistei o Bruno com alguns amigos dele, o cumprimentei com a cabeça e fui me sentar, fiquei em um banco mais afastado das outras pessoas.

Eu tenho que confessar que já fazem semanas que eu estou estudando aqui e até agora não fiz nenhum amigo, bom isso se dá ao fato de que eu sou extremamente tímido com pessoas que eu não conheço, então se as pessoas não se aproximarem de mim eu não vou falar com elas nunca!

Fico ali sentado usando o celular com o meu fone de ouvido até que o sinal toca e eu me levanto para sair dali, no momento em que me levanto acabo batendo de frente com alguém.

- Oh caralho! Não tá me vendo aqui não seu viadinho do caralho? - o garoto diz colocando a mão na cabeça.

- Primeiramente foi mal, mas em segundo, você não tem o direito de falar assim comigo! - digo irritado.

- Olha só! Ele tem boca, fala assim comigo de novo pra você ver, se você não vai sair daqui sem dentes nessa sua boquinha que você adora usar. - ele diz e isso foi uma ameaça?

Eu realmente odeio brigas, mas aí me ameaçar? Já é demais, posso até ser tímido mas não sou otário.

- Bom, não sei onde foi que você aprendeu a ameaçar, será que na Disney? E experimenta encostar essa mão nojenta em mim, que eu faço da sua vida um inferno. - eu digo totalmente estressado.

O cara vir me ameaçar já é demais, se ele está acostumado a lidar com esses adolescentes que tem medo até da própria sombra, é problema dele, eu posso ter todos os problemas do mundo, mas deixar que as pessoas me rebaixem, isso jamais!

Agora o problema é que, eu sou péssimo em brigas físicas, se ele decidir me bater aqui mesmo eu com certeza vou apanhar, e ele parece ter lido a minha mente, em questão de segundos ele joga a bolsa dele no chão e vem pra cima de mim, me empurrando contra o chão.

Eu caio com tudo e logo sinto uma dor enorme nas minhas costas, vejo ele vindo pra cima de mim e me dar chutes no estômago, eu estava sentindo uma dor insuportável e não tinha reação, quando ele subiu em cima de mim pronto para me dar um soco no rosto sinto ele sendo jogado bruscamente para trás, não consegui ver de tão rápido que foi, quando consegui me levantar só pude ver o tal garoto e o Bruno sendo levados pelo coordenador enquanto um grupo de garotos me levavam para a enfermaria.

Espera, o Bruno? Como assim ele bateu no cara? Tudo Estava muito confuso na minha cabeça, não estava conseguindo raciocinar direito o que estava acontecendo, ou então o porquê daquele garoto ter me dado uma surra pelo simples fato de ter contrariado ele. Seria um psicopata? Bom, não sei mas agora sei que tenho que tomar cuidado com quem eu brigo nesse lugar.

- Não se preocupa, a enfermeira já está chegando e vai cuidar de você! - Um dos garotos comentou.

- Será que ele vai ficar bem? - o outro disse.

BRUNO ON:

Hoje é segunda feira e eu acordei com uma preguiça enorme, mas tive que vir para a aula de qualquer jeito, enquanto estou com os garotos no refeitório vejo o Matt passar sozinho como sempre, sinto vontade de ir falar com ele mas esses caras não param de falar, ele me cumprimenta de longe e eu faço o mesmo.

O vejo sentar em um banco afastado, e ele Estava lindo como sempre, aquele rosto me deixava com um sentimento totalmente confuso na cabeça, continuo a conversa com meus amigos e logo o sinal toca, todos subimos para a sala, quando estávamos sentados ouço alguém falar de uma briga no refeitório, penso em não ir ver, odeio brigas, mas aí a garota fala que é do garoto quieto da nossa sala e de um cara de outra turma. O único garoto quieto da nossa turma é o.... Não!

Saio da sala quase que instantaneamente assim como os outros alunos e quando chego lá, vejo o Matt caído no chão e o garoto vindo pra cima dele, não consigo me controlar e vou para cima dele, o Matt é meu amigo e vizinho, eu não vou deixar esse cara totalmente aleatório chegar e bater nele. Enquanto eu estou devolvendo a ele as mesmas coisas que ele fez para o Matt vejo meus amigos vindo separar, e logo o coordenador estava nos levando para a sala do diretor.

Foi tudo muito rápido, quando me dei conta eu já estava sentado em frente ao diretor e ele me perguntava o que tinha acontecido, e eu contei tudo, disse que o Matt era novo na escola e que não tinha muitos amigos, falei também que quando cheguei no refeitório ele Estava caído no chão enquanto o cara chutava ele, e que eu o defendi por sermos amigos.

Ele diz ter entendido e me deu apenas um aviso, dizendo que eu não poderia mais me meter em confusão, assim que eu saí da sala dele, vejo o cara que bateu no Matt sentado na sala de espera, ele me da um olhar mortal e o diretor o chama. Assim que saio de lá vou a procura do Matt, ele deve estar na enfermaria cuidando dos machucados.

Bato na porta e ouço a enfermeira pedir para entrar, quando eu entro vejo o Matt sentado na maca com o rosto inchado e sem camiseta, dava pra ver que ele estava todo roxo e cheio de machucados, senti uma enorme vontade de cuidar dele, aviso a enfermeira que a mãe do Matt estava vindo buscá-lo, me aproximo dele e o vejo colocar a camiseta apressado.

- Você ligou para a minha mãe? - ele diz nervoso.

- Não, a escola ligou! - digo olhando para ele.

- Obrigado por me defender! Não sei onde eu estava com a cabeça de enfrentar ele. - ele diz de cabeça baixa.

- Sem problemas! Você fez o certo, não pode ficar quieto e abaixar a cabeça! - digo enquanto levanto o rosto dele.

Logo a mãe dele chegou e quis saber o que havia acontecido, o Matt explicou tudo oque havia acontecido e sua mãe o abraçou, ela realmente entendeu o filho, meu pai pode me amar ao máximo, mas se sou eu no lugar do Matt ele me deixaria de castigo para o resto da vida.

× ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO! ❤

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AQUELE CARA! ( ROMANCE GAY ) Onde histórias criam vida. Descubra agora