CAP. 11- VOCE O CHAMOU DE AMIGO?

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MATT ON:

Neste dia eu e o Bruno ficamos ainda mais próximos do que estávamos antes, eu já estava conseguindo andar melhor e sem muita dor, então com a ajuda dele eu desci até a cozinha e nós fizemos o almoço, fomos almoçar já era mais de 13h mas ficou muito bom, ele me perguntou quando eu voltaria pra escola e isso me fez lembrar do que aconteceu da última vez, e bom, só vou esperar a dor passar totalmente pra não ficar andando igual um robô dolorido pela escola.

— É muito chato ficar sem poder te irritar a manhã toda! - o Bruno diz rindo.

— Imagino, você não me deixava em paz! - digo lembrando das raiva que eu passava.

— Espera só você voltar pra você ver! - ele diz e volta a comer.

— Como Assim? - pergunto curioso.

— Os meus amigos, agora querem que você ande com a gente! Eles tem dessa de querer proteger todo mundo. - ele diz e me faz pensar.

Ele tem falado de mim com os amigos dele? Isso é estranho, eu nunca tive tanta atenção assim, normalmente quando se tem uma briga quem ganha toda a atenção é a pessoa que bateu, a que apanhou normalmente é alvo de risos pro resto da vida dela. Bom, parece que os amigos do Bruno não parecem ser os caras babacas que eu estava imaginando.

Isso é pra aprender a não julgar um livro pela sua capa senhor Matteus, ficamos conversando mais um pouco e o Bruno lavou toda a louça do almoço, ele me trata como se a qualquer momento eu fosse me quebrar inteiro. Logo ele disse que precisava ir para a casa, já que seu pai viria visitá-lo hoje e eles passariam um tempo juntos.

Imagino o quanto deve ser ruim ficar longe dos pais por tanto tempo, eu fico sem ver a minha mãe só até as 18h e já fico com saudades, imagina ele que não os vê quase nunca, ele parecia feliz em passar um tempo com o pai, fico feliz por ele.

Logo depois que ele vai pra casa eu deito no sofá e ligo a TV, como sempre não tinha nada de bom passando então só coloquei em um filme e fiquei ali deitado, enquanto o filme passava eu acabei pegando no sono e acordei com o som da voz da minha mãe me chamando.

— Finalmente acordou em Mateus, quase me matou de susto! - ela diz indo até a cozinha.

— Foi mal, acabei pegando no sono no meio do filme. - digo rindo.

— Parece que alguém acordou disposto hoje em! Fez até almoço. - ela diz olhando as panelas.

— Aah, não fui eu não! - digo e ela me olhou surpresa.

— Então quem? - ela me perguntou desconfiada.

— Bruno! Ele veio aqui hoje e nós almoçamos juntos. - digo lembrando.

— Vocês estão bem próximos né? - ela diz sinica.

Como se você já não soubesse disso! Até contou pra ele que eu sou gay. - digo olhando sério para ela.

— Vocês brigaram por isso? - ela pergunta preocupada.

Contei a ela tudo oque aconteceu quando ele me perguntou se eu sou gay e a única reação dela foi rir da minha cara.

— É sério que ele falou isso tudo pra ti, e você chamou ele de amigo? - ela disse rindo. — é óbvio que ele está bem afim de você!

Eu sei que isso que ela disse não tem nada a ver, mas explicaria muita coisa, caso ele não fosse hetero, oque ele é então essa teoria que ela tirou do nada não faz nenhum sentido, jantamos e ela não parava de elogiar o Bruno e ficar tentando me jogar pra cima dele. Minha mãe sempre foi assim, quando ela encasqueta com algo ela não desiste, normalmente ela acaba sempre acertando mas dessa vez eu acho que não.

Depois do jantar nós ficamos na sala vendo televisão, ela sentada no sofá e eu deitado em seu colo, ficamos assim por um tempo e logo fomos dormir, estava morrendo de sono.

BRUNO ON:

Depois que eu saí da casa do Matt eu fui tomar um banho porque meu pai viria aqui em casa me ver hoje, eu adoro quando ele vem, oque é raro já que ele fica muito ocupado entre o trabalho e a nova família que ele está criando com a Débora, sua nova namorada. Vou tomar um banho bem quentinho e colocar uma roupa, desço e peço umas pizzas, ele deve chegar logo e hoje nós vamos fazer a noite dos caras, comer pizza e ficar jogando e vendo luta, eu não sou muito fã de luta mas ele é então eu finjo que gosto.

Passou um tempo as pizzas chegaram, 2 no total, uma que é a minha favorita que é de 4 queijos e a outra de calabresa que é a favorita dele. Liguei o jogo na TV, queria que tudo estivesse pronto para a hora em que ele chegasse, se passaram 10 minutos, depois 30, e 1 hora, e nada de ele aparecer.

Peguei meu celular e liguei para ele, já eram 22h e ele não havia chegado ainda, depois de alguns segundos tocando ele atendeu e parecia estar com uma voz de sono.

LIGAÇÃO

— Pai, onde você está? - perguntei curioso.

— Em casa por que? - ele diz sem ânimo nenhum.

— Não vai vir para cá? - perguntei já sabendo a sua resposta.

— Hoje? Não porque? A gente combinou algo? - ele perguntou.

— Não não, só queria saber mesmo, boa noite! - digo e desligo.

A gente tinha combinado sim, fazem dias que eu estou falando pra ele sobre hoje e ele simplesmente esqueceu, mas tudo bem, a vida dele deve estar corrida e cheia de coisa mais importante pra ele fazer, eu queria que a gente passasse um tempo juntos mas parece que eu não sou uma prioridade no momento.

Levanto do sofá, desligo os jogos, guardo as pizzas na geladeira e subo para o meu quarto, queria falar com o Matt agora mas ele já deve estar dormindo, amanhã a gente conversa. Pego uma roupa qualquer de dormir no guarda roupas, coloco e me deito em minha cama.

Fico ali deitado pensando na minha vida, e no quanto eu estou sozinho, eu só queria poder passar um tempo com os meus pais, não precisaria nem ser junto com os dois no mesmo lugar, poderia ser um de cada vez ou sei lá, mas eles nunca podem, eu sei que me amam mas mesmo me amando, não tem tempo para ficar comigo.

Quando minha mãe vem para a cidade ela fica muito pouco tempo e nesse pouco tempo ela passa trabalhando aqui e quase não sobra tempo para mim, isso me faz muito mal, mesmo que eu não demonstre mas me mágoa demais não ter os meus pais por perto. O tempo passa e eu nem percebo, estava ocupado demais me lamentando e no meio desses pensamentos e um pouco de lágrimas eu acabo pegando no sono.

× ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO! ❤

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AQUELE CARA! ( ROMANCE GAY ) Donde viven las historias. Descúbrelo ahora