CAP. 12 - FAZENDO PARTE DE ALGO...

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MATT ON:

Hoje é o dia de eu voltar para a escola, já se passaram alguns dias desde o incidente que me deixou um pouco dolorido, eu e o Bruno só temos ficado mais próximos cada vez mais, ele ficou bem pra baixo nesses últimos dias, o pai dele ia visitá-lo pra passarem um tempo juntos mas esqueceu, oque deixou o Bruno bem chateado, no dia seguinte a isso ele foi em casa e estava com uma cara de quem não havia dormido e que tinha chorado recentemente.

E então foi a minha vez de cuidar dele, hoje nós vamos nos encontrar na escola, eu perguntei se ele não queria ir comigo e minha mãe mas ele disse que tinha que passar em um lugar antes de ir para a aula então iria chegar mais tarde. Não sei onde ele iria as 6h da manhã, já que estava quase tudo fechado nesse horário, mas também não questionei já que não é da minha conta.

No momento estou dentro do carro esperando minha mãe chegar para sairmos logo, assim que ela apareceu nós saímos e ela foi me perguntando se eu tinha mesmo certeza de que queria voltar pra escola, disse que sim e ela só me pediu pra não me envolver em brigas novamente.

Chegamos e logo na entrada da escola senti alguns olhares em mim, quase ninguém mas pra quem é ancioso um olhar vale por 10, segui para o refeitório e fiquei sentado no mesmo canto da outra vez, vi o cara que me bateu passar e nem se quer olhar para a minha cara.

Espero por alguns minutos mas nada do Bruno aparecer, então levanto e sigo em direção as salas de aula, no meio do caminho eu ouço alguém chamar o meu nome, reconheceria essa voz em qualquer lugar, me viro e vejo o Bruno vindo até mim cansado, deve ter vindo correndo.

Enquanto andávamos juntos ele meche na mochila a procura de algo, e do nada ele tira uma caixinha de bombons e me entrega.

— Por você ter ficado comigo quando eu estava mal! - ele diz olhando pra mim.

— Bruno, obrigado mas não precisa! Não fiquei contigo esperando uma recompensa. - digo meio tímido.

— Eu sei, mas essa é a minha forma de agradecer, por favor aceita! - ele diz fazendo biquinho.

Okay mas não precisa mais me dar presente por fazer o óbvio. - digo pegando a caixinha que ele me entrega.

No momento em que ele entrega nas minhas mãos eu sinto nossos dedos se encostarem por poucos segundos, mas o suficiente pra fazer meu coração disparar. Seguimos para a sala e entramos, nos sentamos em nossos lugares e ficamos conversando algumas coisas aleatórias.

Do nada enquanto conversávamos uma garota sentou em nossa frente e começou a puxar assunto, ele me disse mesmo que algumas pessoas perguntaram de mim para ele, logo que o professor chegou ele se sentou em sua mesa e disse algo que ninguém esperava.

— Hoje a aula vai ser vaga, aproveitem! - ele diz e olha ao nosso redor.

— Sério prof? - uma garota loira sentada na frente da turma pergunta.

— Claro que não! Prova surpresa, quem estudou estudou, e quem não, sinto muito. - ele diz e todo mundo reclama ao mesmo tempo.

Ele entregou uma folha para cada aluno e disse que tínhamos até o final da aula para entregar, e se sentiu novamente em sua mesa. Todo mundo se olhou nervoso, eu já sabia que iria tirar um zero bem redondo já que não estudei e não venho a escola a alguns dias.

Todos começamos a fazer a prova, e como todos sentavam em dupla então aprova estava sendo aplicada em dupla, achei que seria a minha sorte mas o Bruno sabia menos que eu, como pode? A pessoa frequentar as aulas todos os dias e não saber NADA da matéria? Enquanto ele tentava entender para me explicar eu apenas ficava observando ele, e como esse homem é lindo, eu não tenho estruturas pra isso.

Depois de quase 2 horas de prova o professor finalmente recolheu e começou a olhar folha por Folha com uma cara de decepção, olhou por mais alguns segundos e logo se voltou para nós.

— Se eu juntar a nota de todos vocês eu não consigo encher nem uma mão! Então eu vou dar uma última oportunidade de vocês passarem na minha matéria esse bimestre. Quero um trabalho em grupos de até 5 pessoas cada, vocês podem escolher um dos temas abordados nas aulas e me entregar um trabalho PERFEITO até o fim do ano! . - ele diz estressado pegando seu material e saindo.

Todos comemoraram e começaram a formar os grupos, acabou que os amigos do Bruno nos chamaram para fazer com eles e formamos um grupo com 5 pessoas, Eu, Bruno, Gabriel, Luan e Luiz.

O Luiz criou um grupo no WhatsApp para o nosso trabalho, não achei necessário mas todos adoraram a ideia, eu sei bem como funciona esses grupos no WhatsApp para trabalho, eles vão falar de tudo e encher o grupo de figurinhas, que não tem nada a ver com o trabalho.

Combinamos de fazer na casa do Bruno já que ele fica sozinho em casa e não teriam adultos para atrapalhar, palavras do Gabriel, bom em partes eu concordo é bem chato estar fazendo trabalho e ficar ouvindo adultos conversando na casa ou som da TV em que o pai de alguém está vendo futebol.

As aulas do dia se passaram rapidamente e logo deu o horário de ir para casa, Bruno, eu e os amigos dele que acho que agora são meus também, nos dirigimos até o ônibus escolar para irmos para casa. Digo que acho que são meus também porque eles fizeram milhares de planos e fizeram questão de me incluir em cada um deles e também nos que já estavam planejados.

Foi bem legal sentir que fazia parte de alguma coisa, eles não são o tipo de heteros babaca, eles são muito gente boa, assim como o Bruno e também são bem engraçados, bom, assim que o ônibus parou no nosso bairro eu e o Bruno descemos e seguimos em direção a minha casa, hoje ele disse que vai me ensinar a andar de skate, relutei de início mas até que a ideia parecia ser divertida.

Fomos para minha casa, eu troquei de roupas, coloquei um short e uma camiseta confortáveis e não muito novas já que eu vou me sujar todo, depois fomos até a casa do Bruno e eu finalmente conheci a casa dele por dentro, é tão linda quanto a minha e pra uma casa onde um adolescente mora praticamente sozinho ela é bem limpa!

Subimos e o Bruno trocou de roupas na minha frente, ele não tem nenhum pudor quanto a isso, pra ele é super normal mas pra mim ainda é esquisito, pegamos o skate dele e descemos para o nosso quintal, ele me ensinou o básico e logo partimos para a prática, eu não conseguia nem ficar em pé no skate. Acho que eu devo ter caído no mínimo umas 50 vezes, teve um momento em que eu Estava quase conseguindo mas eu pisei errado e quando eu ia cair ele me segurou.

× ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO! ❤

× NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR NO CAPÍTULO! ❤

AQUELE CARA! ( ROMANCE GAY ) Onde histórias criam vida. Descubra agora