Capítulo 16

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A violência dos lábios de Payton contra os meus causava-me arrepios por todo o meu corpo, e fora questão de segundos para que eu percebesse o que estava fazendo, mas mesmo assim não me sentia capaz de parar assim tão de repente, e mesmo que não quisesse admitir isso durante alguns momentos, eu pude finalmente admitir para mim mesma que estava gostando do estava acontecendo entre Payton e que queria ter o feito há algum tempo, ainda que não percebesse esse fato. Na primeira noite em que nos envolvemos tudo passou como um borrão veloz em minha mente, cada segundo do que pode ter acontecido no apartamento de Payton fica confuso na minha memória, como se fosse só mais um sonho distante; mas agora eu estou mais do que certa que não estou sonhando ou vendo coisas que minha mente carregada imagina, e sim vivendo a realidade.

Payton demorou algum tempo para reagir ao beijo, mas assim que correspondeu aos meus lábios, tornou tudo melhor e mais fácil. Minhas mãos haviam sido colocadas no pescoço dele enquanto ele mantinha as suas em minha cintura, segurando-se para não descer mais ainda; nossas línguas se colidiam e se completavam perfeitamente, como se soubessem que é daquela maneira que deveriam estar desde o início. Sem me dar conta, levei minha boca desesperada por toque para o pescoço de Payton, tirando as minhas mãos do lugar para dar espaço a minha língua, fazendo meus dedos ligeiros descerem até a barra da camiseta dele, e assim que Payton sentiu meu toque por baixo de sua camiseta social, o rapaz passou a hesitar um pouco e interromper o que estávamos a fazer para me bombardear com perguntas, o que me fez estranhar o seu desespero anormal.

"Megan, você tem noção do que está fazendo?" Ele perguntou com sua respiração um pouco ofegante, da mesma forma como a minha estava. "Você estava a meia hora reclamando que eu só queria sexo com você, e agora está quase arrancando nossas roupas e transando comigo no meu carro. Por acaso você tem algum tipo de dupla personalidade ou algo do tipo?" Questionou desconfiado e, mesmo que eu pensasse que ele estava apenas brincando em relação a sua pergunta, percebi que estava realmente falando sério comigo.

"Do que você está reclamando, Payton? Está reclamando de ter uma garota ruiva e excitada no seu colo?" Perguntei de volta, propositadamente usando um tom de provocação em minha voz.

"Não estou reclamando, estou só questionando o porquê de ter uma garota ruiva e excitada no meu colo." Ele revogou e, sem dizer mais nada ou exigir por respostas da minha parte, Payton simplesmente voltou a me beijar, desta vez com mais violência ainda, investindo aos poucos também no meu pescoço e em parte da minha clavícula, desesperado para tirar a minha roupa logo de uma vez. Senti seu toque pela minha perna e pelas minhas costas, suas mãos suaves brincavam com o meu corpo estabilizado e em choque, a excitação me dominava aos poucos e a cada segundo que se passava eu perdia toda a minha noção nos lábios e no corpo de Payton. "Megan, eu jamais poderia imaginar que você me agarraria dessa maneira. Pensei que só se interessasse por rapazes loiros ou bonzinhos demais." Comentou rindo um pouco.

"Você não me parece loiro suficiente, então." Divaguei e em seguida voltei a me concentrar em deixar marcas não tão permanentes em seu pescoço.

"Nem bonzinho suficiente." Ele sussurrou em meu ouvido de repente, deixando todo o meu corpo arrepiado com sua voz rouca e grossa a soar bem perto da minha pele, fazendo com que eu respirasse fundo antes de voltar a perder totalmente o controle.

Minha boca estava descontrolada tal como minhas mãos, que passavam por cada centímetro descoberto do corpo dele, e a cada segundo eu me tentava me segurar para simplesmente não passar minha boca por cada lugar do corpo dele, da mesma forma como me segurava para não arrancar minhas roupas e partir com ele para o banco de trás do seu carro e deixar com que ele fizesse qualquer coisa que quisesse comigo. Eu me sentia sufocada e mais excitada sempre que Payton explorava meu corpo com seu toque, e meu único desejo, por um momento, foi agilizar as coisas entre nós logo de uma vez, mas por outro lado queria que tudo continuasse da maneira que estava para que eu pudesse aproveitar ainda mais de toda essa loucura, adiando de todas as maneiras o certo arrependimento que sentiria nas horas seguintes depois que tudo isso acabasse e que minha ficha finalmente caísse.

"Megan, vamos lá para trás..." Ele falou com os lábios pressionados contra os meus, tirando seu cinto de segurança e tentando me tirar de seu colo, e mesmo antes de pensar em concordar com a ideia de Payton, uma ainda melhor surgiu em minha mente.

"Espere, vamos lá para cima, é melhor." Eu sugeri, saindo do colo dele depois de selar nossos lábios mais uma vez. Prendi meu cabelo e passei minhas mãos pela minha nuca suada e respirei fundo para controlar a mim mesma, visto que minha respiração estava descontrolada. Olhei para Payton em busca de uma resposta para a minha sugestão visto que ainda não tinha ouvido nada da parte dele, e quando encarei o rapaz percebi que o mesmo estava perplexo e um pouco boquiaberto, como se não acreditasse no que eu havia sugerido anteriormente.

"Você está mesmo dizendo que quer subir para o seu apartamento comigo?" Questionou com certa perplexidade, o que me fez lançar um olhar de lado com um sorriso para ele, enquanto saia do carro e batia a porta, esperando que ele fizesse o mesmo. Payton saiu do carro alguns segundos depois, no momento em que eu tirei minhas chaves do bolso e me preparava para abrir a porta do pequeno saguão do pequeno prédio onde meu apartamento ficava. " Megan, nós não vamos só tomar um chá e assistir um filme. Por acaso você tem noção que nós vamos-"

"Transar, Payton, eu sei." Interrompi o rapaz visto que o mesmo estava hesitante para concluir sua frase, e assim que conclui minha fala tratei de voltar a beijá-lo, mesmo que ainda estivesse a tentar abrir a porta. Assim que por fim consegui destrancar a porta, abri a mesma e puxei Payton comigo, deixando que ele voltasse a trancar a porta para que possamos subir para o meu apartamento.

Payton me pegou e colocou minhas pernas ao redor de sua cintura, levando sua mão até a minha coxa e passando pela minha bunda em alguns momentos, tentando subir as escadas enquanto me carregava. Eu fui indicando para onde ele deveria ir até alcançarmos a porta certa, o que obrigou a nos parar com a sessão de beijos e toques por alguns segundos para que eu pudesse abrir a porta, e assim que consegui realizar o feito, pude ver os olhos de Payton brilhando, o que pareceu me deixar ainda mais excitada e ansiosa para o que poderia vir a acontecer nos momentos seguintes. Não me preocupei em trancar a porta e apenas a fechei, e assim que ouvi o barulho dela sendo fechada, foi como se finalmente estivesse livre para fazer o que quisesse.

Quando ainda estávamos entrando na sala de estar, eu passei a tirar cada peça do corpo de Payton e permitir que ele tirasse as minhas também; logo ambos já estávamos somente com nossas peças íntimas entrando em um momento muito mais pessoal e íntimo. Eu conseguia sentir a ereção de Payton por baixo de sua cueca, e desejava mais do que tudo poder vê-lo sem aquela peça. Sem querer perder mais tempo, simplesmente arrastei Payton para o sofá da sala, ignorando qualquer probabilidade de Becky ou Tayler aparecerem, apressando meus movimentos até perceber que nós dois estávamos totalmente despidos; e as coisas só esquentaram mais entre nós no momento em que senti os dedos de Payton a me estimularem, logo em seguida sendo auxiliados pela língua do rapaz.

O forma como ele me excitava era impressionante e totalmente prazerosa, uma daquelas coisas que nos faz pedir por cada fez mais e você torce para não ter fim, ou simplesmente para evoluírem de nível. E foi exatamente isso que Payton tratou de fazer; visto que eu estava totalmente excitada e ele também, o rapaz não perdeu tempo em deixar seus dedos e sua língua de lado e penetrar-se em mim, sem nem mesmo pensar em preservativos ou perguntar se eu tomava algum tipo de pílula anticoncepcional, o que por sorte dele e até mesmo minha eu fazia questão de tomar diariamente. Nossos gemidos estavam em perfeita harmonia da mesma forma como nossos movimentos; ele segurava na minha cintura para poder ir cada vez mais rápido e mais fundo, e logo eu pude perceber a diferença do sexo sem proteção. Eu mordia meu lábio inferior enquanto passava minhas unhas desesperadas por toque pelas suas costas, tentando manter um equilíbrio entre minha respiração e os meus movimentos, já que tudo estava indo rápido demais e eu mal conseguia me acompanhar.

Visto que o sofá não era grande suficiente para aguentar tudo o estava acontecendo, Payton e eu acabamos caindo no chão, porém nem mesmo isso foi capaz de diminuir a intensidade do que estava acontecendo entre nós. Desta vez, eu me encontrava por cima e me movimentava com a ajuda de Payton a segurar em minha cintura, gerando prazer para ambos dos lados. Foi questão de minutos durante o momento em que ficamos no chão para que ambos nos sentíssemos totalmente satisfeitos, e extremamente cansados.

Graças a minha exaustão do momento, eu não pude ter total certeza do que aconteceria depois de tudo, apenas voltei a me jogar no sofá, desta vez dormindo de vez com a imagem mais gratificante de Payton despido ao meu lado. E, de alguma forma, eu sabia que me arrependeria de tanto prazer no dia seguinte.

𝐋𝐚𝐭𝐞𝐫  𝐒𝐭𝐨𝐫𝐢𝐞𝐬 - 𝐏𝐚𝐲𝐭𝐨𝐧 𝐌𝐨𝐨𝐫𝐦𝐞𝐢𝐞𝐫 Where stories live. Discover now