Capítulo 48 - THE END OF THE CITY

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Eu sou uma sobrevivente (o quê?)
Eu não vou desistir (o quê?)
Eu não vou parar (o quê?)
Eu vou trabalhar mais duro (o quê?)
Eu sou uma sobrevivente (o quê?)
Eu vou chegar lá (o quê?)
Eu vou sobreviver (o quê?)
Continuo sobrevivendo (o quê?)
(Survivor)

Tradução: O fim da cidade

Dulce

Hoje poderia ser um dos dias mais felizes da minha vida, ao poder ver Christopher, mas sei que apenas o começo de um pesadelo. O governador me arrastou da arena ameaçada por uma arma, e eu não temia só pela minha vida, mas pelo bebê que carrego em meu ventre. Ele me levou até um lugar que eu não conhecia, pelo visto era onde ele devia aprisionar as pessoas que lê incomodava, porque parecia um galpão grande, e havia algumas cadeiras com cordas e mordaças, era bizarro.
- Me solta seu maldito - me debati entre seus braços até que ele me soltou mas ficou na minha frente, apontando a arma para meu rosto
- Eu não vou permitir que me abandone. Você é minha - ele diz com obsessão
- O que? Está louco. Não sou de você e nem de ninguém - disse com raiva e tentando demonstrar que não estou com medo
- Você disse que me deixaria te ajudar. Eu seria o pai desse bebê. Você não pode me deixar por aquele lixo - disse com os dentes semi cerrados
- Christopher ... .esse é o nome dele. Ele é um dos melhores homens que já conheci e você nunca chegará aos seus pés. Ele é e sempre será o pai do meu bebê e o único homem a qual irei amar

Eu vi o ódio arder nos olhos do homem ali a minha frente, e um calafrio subiu minha espinha. De repente vimos a porta se abrir e então ele me agarrou, passando o braço pelo meu pescoço e com a arma na minha cabeça. Era Christopher, Alfonso e Roberta. Eu senti um alívio por ver que eles estavam ali por mim, talvez eu tivesse alguma chance...ou não.
- SOLTA ELA MALDITO - Christopher gritou
- SE MACHUCAR MINHA IRMÃ EU MATO VOCÊ - Alfonso apontava a arma na nossa direção
- Saiam já daqui ou eu vou matá-la - ele pressionou o cano da arma em minha têmpora

De repente dois caras que fazem parte do grupo do Governador apareceram e se juntaram ao lado dele. Ele então disse que eles deviam seguir os planos, eu não estava entendendo nada,.mas de repente vi os dois com garrafões na mão e derramando o líquido no chão, o cheiro da gasolina me fez entender, ele queria colocar fogo no lugar. Ele está maluco ou quer matar a todos nós? Meu olhar se encontrou com o de Roberta e eu entendi o que ela queria que eu fizesse, ela havia me ensinado alguns sinais para que caso passássemos por algo assim e além disso ela havia me ensinado algumas coisas de autodefesa. Respirei fundo e pedi a Deus que me ajudasse, que se Ele ainda existe, protegesse meu bebê porque eu iria fazer algo que poderia nos colocar em risco. Eu aproveitei um momento que ele tirou a arma da minha cabeça e a apontou para frente, para lhe dar um soco no estômago. Eu tinha que ser rápida e tudo durou segundos. Eu acertei e corri em direção a Christopher, mas então eu escutei um tiro.

{...}

Governador

Antes do apocalipse eu era um simples contador em uma empresa, minha esposa havia falecido em um acidente de carro e eu só tinha minha filhinha. Quando tudo virou de cabeça para baixo, eu era um covarde, queria ficar escondido e protegê-la, mas com o tempo entendi que eu deveria fazer mais. Infelizmente uma noite eu me descuidei, ela saiu da minha visão e foi atacada. Naquele dia o que eu era morreu, minha compaixão, minha empatia, o meu coração. Eu me tornei um homem frio e calculista, eu decidi usar o apocalipse ao meu favor e com isso conheci as pessoas certas e transformei esse lugar em uma cidade habitável. Todos me ama e me veneram, eu tenho poder e é isso o que eu amo. Quando conheci Lily, achei que era a minha chance de ter minha filha de volta, já que a mesma tem a sua idade quando a perdi, e além de terem traços parecidos. Estava tudo perfeito, mas então Dulce apareceu e bem, eu achei que podia torná-la a primeira dama, afinal ela é uma mulher formidável. Mas então ela me fez ver que confiança é algo que não poderia ter com ela e agora não estou disposto a deixá-la simplesmente ir para os braços de outro homem. Eu não admito perder, eu tenho que ter o controle de tudo, e se ela não é minha, não vai ser de mais ninguém.
Eu não consegui prever o que ela iria fazer, então quando ela socou meu estômago, eu demorei a reagir. Ela conseguiu correr, eu me recompus e então destravei a arma e me preparei para atirar nela, a mira estava certeira e então sorri e atirei. O barulho foi alto e eu esperava que fosse certeiro, mas eu não contava com o que estava por vir, alguém previu meu ato e se interpôs na direção e o tiro que seria para ela, acertou outra pessoa, que caiu imediatamente no chão a sangrar. E então ouvi outro tiro, não vi da onde veio, só sei que em seguida senti um ardor. Olhei para meu abdômen e ele estava sangrando. Antes que eu pudesse cair no chão, senti os braços de um dos meus homens me segurar e começar a me tirar dali. O outro só tinha que fazer uma coisa: colocar fogo em tudo. Aquele era o fim da minha cidade.

É galera esse governador não está para brincadeira.
Ps. Tive que colocar a música de capitulo com o vídeo de The walking desde, porque não estava achando essa versão da música com um vídeo com letras.

Believer - Vondy TWDWhere stories live. Discover now