Capítulo 2 - LOST

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Quieto agora você vai acordar a besta
Esconda sua alma fora do alcance dela
Tremer a essa batida quebrada
Escuridão dentro do calor
(Soldier)

Tradução: Perdido

Três meses antes…

Christopher

O dia começou como qualquer outro, levantei às seis, tomei banho e me arrumei para ir ao escritório, no qual trabalho e sou chefe. Passei pelo quarto da minha filha caçula de oito anos e minha pequena Lili já estava arrumada para ir a escola, e se olhava no espelho enquanto penteava os cabelos, eu sorri e fui até ela, lhe dando um beijo na testa de bom dia e recebi um abraço apertado. Em seguida fui para o quarto seguinte, da minha filha mais velha Lexa, essa já é mais difícil de lidar. Ela estava dormindo ainda, fui até ela beijei sua testa e cochichei em seus ouvido que estava na hora de acordar, afinal ela tinha aula na faculdade. Quem olha de fora imagina que eu tenho a família perfeita, mas não tenho, mas não escolheria outra. Assim que cheguei a cozinha, Cláudia, minha esposa terminava o café da manhã, e assim como eu estava arrumada para trabalhar, no caso dela em um escritório de advocacia. Nosso casamento a um tempo está em crise, digamos que falamos o necessário, mas nós respeitamos afinal somos pais acima de qualquer coisa. Me sentei a mesa para tomar o café, enquanto a vi arrumar sua bolsa, ela pediu que eu levasse Lili à escola porque ela estava atrasada para uma audiência. Eu não tive tempo de dizer que também não podia me atrasar, porque ela já havia saído pela porta sem dizer tchau. Assim que Lili se sentou a mesa comigo, pedi que ela não enrolasse porque não podíamos nos atrasar.
Quando eu já estava saindo pela porta com Lili de mão dada, Lexa apareceu na sala com sua cara de sono.
Mamãe já foi trabalhar?
Sim e você está atrasada para sua aula. Tenho que ir trabalhar e levar Lili, tem café na garrafa, pegue um Uber, táxi…
Está na hora de me dar um carro não acha? Já tenho carta pai - ela fez bico
Vou pensar Lexa...não se atrase mais do que já está - suspirei e ela apenas mandou um beijo na ar pra mim e um para Lili

Fechei a porta atrás de mim e caminhamos até a garagem, onde abri o portão com controle eletrônico. Ajudei Lili a subir no banco de trás e a prendi na cadeirinha com o cinto e logo guardei sua mochila. Dei a volta no automóvel e entrei pela porta do motorista, liguei o carro e sai da garagem, apertando o controle para fechar o portão. Assim que estacionei em frente a escola, olhei o relógio e já estava atrasado, então não teria porque não descer e ajudar a minha filha. Desci do carro, dei a volta para abrir a porta e soltá-la da cadeira, quando ouvi gritos vindos do portão do colégio. Olhei para trás e vi alguns pais correndo com os filhos no colo enquanto vi um homem atacar a funcionária que estava no portão. Mandei Lili ficar quieta no carro, fechei a porta e decidi correr até lá para ajudar, mas vi a pior cena de todos. A mulher estava com metade do rosto atracando e sua carne estava na boca daquele homem, que parecia alguma coisa bizarra. Ele me notou e então veio em minha direção, e a única coisa que soube fazer foi me defender, lhe dando um soco. Minha mão ficou toda suja daquele sangue pegajoso, limpei-a rapidamente e corri para o carro, não iria ficar ali para saber o que estava acontecendo. Arranquei com o carro rapidamente de volta para a casa, ligaria para o escritório e explicaria o ocorrido e o porquê do meu atraso, iria pedir que Lexa ficasse com a irmã.

{...}

Quando estacionei o carro em frente a minha casa, o carro de Cláudia estava parado em frente a porta da garagem e eu estranhei, já que ela saiu antes de mim para não se atrasar. Quando abri a porta, minha esposa correu para abraçar Lili, me deixando sem entender. É então que Alexandra, pede que eu olhe as notícias na televisão e descobri que houve mais ataques estranhos como aquele da escola em diversos lugares da cidade. Meu coração disparou, algo poderia ter acontecido com Lili se eu a tivesse deixado sair sozinha do carro e entrado no colégio.
Decidi ligar para o escritório para explicar o motivo pelo qual não havia ido trabalhar, mas o que ouvi da minha secretária foi: Não venha de jeito nenhum, esse lugar está um caos.
Olhei pela janela de casa e vi meus vizinhos arrumando suas coisas e colocando dentro de seus carros e eu decidi que era isso que faríamos. Avisei a Cláudia que iríamos partir, e pedi que ela e as garotas arrumassem as mochilas com as coisas mais essenciais e partiríamos em uma hora. E foi exatamente o que fizemos.
Eu já estava para colocar as mochilas no carro quando um ônibus parou no final da rua e alguns militares começaram a andar pela rua, dizendo que levariam todos em segurança para um abrigo em Atlanta, mas que se alguém apresentasse algum sintomas ou mordida do vírus não iria poder ir. Eu não me preocupei, afinal estávamos todos bem e poderíamos ir. Chamei Lili e Lexa, juntamente com Cláudia, os militares iriam nós revistar e então poderíamos subir no ônibus, mas eu não sabia do que estava por vir.
Lili e Lexa foram as primeiras a serem examinadas e estava tudo bem, em seguida fui eu e claro, eu não tinha sido mordido, mas quando olhei para minha esposa ela estava suando frio, e nervosa, eu não estava entendendo até que um dos militares tocou em sua barriga e ela fez uma careta de dor.
Levanta a blusa senhora - ele diz autoritário
Não é nada...é apenas uma cirurgia que fiz a pouco tempo - ela mentiu é claro, ela não fez nenhuma cirurgia
Ela está falando a verdade - me aproximei para ajudá-la
Agora - ele apontou a arma e todos nós nós assustamos
Ok calma, não vê que minhas filhas estão aqui. Não precisa disso - pedi
Tudo bem - ela suspirou e levantou a blusa

Entao eu vi a marca da mordida em sua barriga e então ela começou a chorar, os homens no mesmo momentos já sacaram suas armas e disseram que ela não poderia viajar, as garotas ficaram em pânico. Lili chorava abraçada a Lexa, e eu tentei acalma-las. Claudia começou a implorar que eu fosse com as meninas, que elas precisam de um lugar seguro mas como eu deixaria ela ali, sozinha. Tomei uma das decisões mais difíceis, coloquei minhas filhas dentro do ônibus, prometi que logo estaríamos juntos, elas imploraram para ficar comigo e com a mãe, mas não podia fazer isso, a segurança delas em primeiro lugar. Eu vi o ônibus ir embora com as duas olhando pela janela e voltei para a casa com Cláudia. Ela estava encolhida no sofá e chorava. Por mais que eu não a amasse como mulher, eu ainda a amo como mãe das minhas filhas e quero ela bem. Eu arrumei gazes e água oxigenada no banheiro e fiz um curativo na ferida de sua barriga. Ela me contou que quando chegou no escritório, havia pessoas correndo e uma daquelas infectadas a derrubou e conseguiu morder sua barriga. Um homem, que parecia policial conseguiu ajudá-la e com isso ela conseguiu voltar para casa, mas agora el sabe o grave que foi ter sido mordida.
Eu não quero virar uma dessas coisas Chris, por favor me ajuda - ela me abraçou chorando
Clau, vai ficar tudo bem. Eu estou aqui - acariciei seus cabelos
Você tinha que ter ido com as meninas. Lili ficará com tanto medo - ela disse assim que nos soltamos
Lexa vai cuidar dela, você sabe. Nossa menina já é uma mulher, sei que vai proteger a irmã
Mas era nossa dever e não dela - disse preocupada - elas estão com celular né
Sim, daqui a pouco tentamos ligar para elas. Agora descanse, vou preparar algo para comermos

Eu não sou bom na cozinha, mas soube fazer uma macarrão instantâneo. Nós dois comemos e depois ela ficou deitada no sofá descansando, enquanto eu tentei ligar para as meninas. O meu celular dava sem sinal, o de Cláudia também e quando tentei do telefone fixo caiu na caixa postal. Eu estava preocupado com elas, mas não queria demonstrar isso na frente de Cláudia. Enquanto ela dormia, percebido que ela estava quente, talvez estivesse com febre, então peguei um um remédio e a fiz tomar. Dessa vez ela pediu para ir deitar no quarto e eu a ajudei. As horas passaram e nada de eu conseguir contato com as meninas. Eu fiquei na sala, cochilei, acordei, sai na rua e vi que estava deserta. Quando voltei para dentro ouvi um barulho estranho vindo do quarto. Chamei por Cláudia mas nada dela responder, então caminhei devagar pelo corredor, a porta estava entre a Berta e então a vi caindo no chão. Corri até ela, a segurei e tentei acorda-la, foi então que percebi que ela estava fria e ao tentar escutar seu coração, ela já não batia mais.
Eu fiquei confuso, como esse vírus tinha sido capaz de tirar a vida da minha esposa tão rápido. Eu chorei abraçado a seu corpo, e então a deitei de volta na cama e a cobri com lençol. Eu não sabia o que fazer, estava tão desnorteado, que ao ficar de costas para ela, não a vi voltar a vida, apenas dei por mim, quando ouvi um barulho parecido com grunhido. Me virei e levantei assustado quando vi esticar os braços querendo me segurar. Seus olhos já não eram os mesmo, seus olhar estava perdido, sua boca saia uma gosma estranha, e por mais que eu tentasse falar com ela, era como se não fosse ela ali. Ela começou a vir na minha direção, e então eu entendi o que estava acontecendo, ela virou uma dessas coisas e quer me atacar. Eu tinha que fugir, eu tinha que fazer alguma coisa, eu não podia ser mordido, minhas filhas me esperam. Eu tive que pensar rápido, eu a empurrei de volta para a cama e corri para a porta, retirei a chave e fechei a porta, trancando-a em seguida. Eu ouvi batidas e arranhões, mas pelo menos ela estava presa. E agora, o que eu faria? Esperaria alguma ajuda, algum resgate ou iria atrás de encontrar as minhas filhas? Estou perdido e sem saber a gravidade da situação.

Oi leitores, vocês estão aí?
Assim começa a jornada de Christopher em busca das filhas então quero saber, alguém está gostando da história?

Believer - Vondy TWDWhere stories live. Discover now