Capítulo 45 - THERE IS NO TIME

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Eu posso ver tremeluzir
Acima de mim as lanternas levantadas
Levante-me
Levante-me acima disso
(Son Lux)

Tradução : Não há tempo

Dulce

Eu acordei assustada depois de um pesadelo com Christopher, sonhei que ele era morto pelo Governador. Foi a sensação mais terrível que senti, eu só queria saber onde ele está e poder contar que vamos ter um filho. Será que ele ficaria feliz?
Toquei minha barriga, ela já está um pouco saliente, conversei com ela como se esse serzinho já pudesse me ouvir. Logo a porta se abriu e eu achei que era Roberta mas não era o governador. Me coloquei na defensiva, sentando na cama com as pernas para fora.
Vim ver se está se sentindo bem e se está se sentindo confortável nesse quarto - sorriu
Estou ótima, não precisa se preocupar - digo e ele senta ao meu lado
Dulce, não precisa sempre me tratar assim, eu só quero te ajudar - ele faz menção de tocar meu rosto mas eu me afasto - desculpa. Tudo bem se eu perguntar o que houve com o pai do bebê - eu fiquei em silêncio - não precisa dizer - ele levanta - só quero que saiba que estou disposto a te ajudar com tudo...tudo mesmo - eu vi um brilho estranho em seu olhar - você poderá ter tudo o que quer...querida

Assim que ele saiu do quarto, eu corri para o banheiro que tem aqui dentro para vomitar. O jeito como ele me olhou e falou comigo me causou um embrulho no estômago. Assim que me senti melhor, decidi sair desse quarto. Queria procurar por Roberta, que fazia horas que não aparecia. Eu abri a porta devagar, não queria me encontrar com ele, estava pronta para cruzar o corredor quando o vi sair do escritório. Esperei ele sair da casa e decidi ir até lá ver se eu achava alguma coisa.
Quando entrei no local, estava tudo muito arrumadinho e é claro que achei estranho, fui olhando canto por canto até que eu comecei a escutar um barulho. Parei para escutar, parecia um choro. Será que era um bicho? Não, parecia mais o choro de criança. Será que estou ficando maluca? Comecei a seguir o som e ia direto para uma estante. Arrastei o sofá que ficava na frente e então vi que havia uma portinha, bem pequena entre a estante que pelo jeito era apenas um disfarce. A princípio achei que não ia conseguir abrir, que estaria trancada mas não, assim que virei a maçaneta a porta abriu. Para passar eu tive que me abaixar e engatinhar, e quando cheguei do outro lado, era um quarto, todo Rosa e cheio de coisas de crianças. Assim que fiquei em pé consegui ver que havia uma garotinha deitada em uma cama em formato de castelo. Ela chorava encolhida na cama e isso cortou meu coração. O que aquele homem teria feito para ela? Me passou as piores coisas na cabeça, então me aproximei devagar.
- Está tudo bem? - perguntei e vi ela ficar em silêncio - eu não vim te machucar. Eu posso ajudar você?
- Quem é você? - e então ela se virou para me olhar e eu levei um grande choque

Eu reconheceria aquele rosto em qualquer lugar, não porque eu já havia visto ela pessoalmente antes, mas sim pela vez que Christopher mostrou a foto e eu fiz questão de gravar aqueles rostos. Era ela, a caçula Lily, eu não posso acreditar que ela está justamente aqui. Me sentei com cuidado ao seu lado.
- Meu nome é Dulce e eu conheço o seu pai Christopher - os olhos dela brilharam fazendo-a se sentar na cama - você é a Lily né?
- Sim - ela limpou o rosto - você pode levar até ele? Por favor - ela implorou - eu não quero ficar aqui, não sei onde minha irmã tá

Ela já ia começar a chorar mas eu a puxei para meu colo e a abracei. Prometi que iria tirá-la dali e que logo iríamos encontrar o pai dela. Agora mais que nunca, preciso reunir forças e encontrá-lo, ele precisa saber que a filha está viva e que teremos um bebê. Mas então ouvi um barulho e eu senti meu corpo gelar, o governador deveria ter voltado e não tinha o que fazer. Eu fiquei se pé e coloquei Lily atrás de mim, ficando preparada pelo que viria.

{...}

Christopher

Esperamos anoitecer para ir ao local onde Lexa garantiu que Lily estaria. Ela contou que era uma cidade governada por um homem que se sentia um Deus e todos o veneravam como o Governador. Ela contou sobre a obsessão do homem em acreditar que minha filha é filha dele, além de que sequestrou nossos amigos. Lexa veio junto apenas para mostrar o caminho, mas a proíbe de querer entrar, mesmo ela alegando que sabia se cuidar. Estávamos escondidos do lado de fora, eu, Alfonso, Daryl, Andrea e Logan, um dos presos que quis nos ajudar, ele parece mesmo disposto a tentar fazer parte do nosso grupo. Não entraríamos pela entrada principal, Lexa nos mostrou o caminho por onde conseguiu fugir e seria por onde entraríamos.
Assim que entramos no lugar, parecia tudo calmo, havia poucas pessoas andando pela rua, com certeza a maioria deveria estar dentro das casas. Tivemos que entrar em uma das casas antes que nos vissem e acabamos de deixar um homem desacordado. Precisávamos saber onde estavam mantendo Maggie e Glenn, Lexa havia desenhado um mapa para que a gente seguisse mas quando dei por mim ela já estava com a gente.
- Eu disse para esperar lá fora - eu disse baixo mas com raiva na voz
- Eu sei mas sem mim será mais difícil acha-los. Eu vivi aqui por meses, acredite eu conheço bem esse lugar

Eu queria rebater mas não tínhamos tempo, afinal logo descobriram que havíamos invadido aqui e teríamos que estar prontos para a briga. Minha filha nos levou até o lugar que acreditava ser o local onde o tal governador fazia as coisas sujas, era tipo um galpão. Tivemos que bater nos dois homens que faziam a segurança do lado de fora para poder entrar. Encontramos Glenn e Maggie bem machucados, precisávamos tira-los dali urgente, mas para mim não era apenas isso eu precisava encontrar a minha filha. Ouvimos o barulho de uma sirene e Lexa explicou que era o aviso de alerta, agora todos sabiam de nós. Precisamos ser rápidos, não há tempo.

Será que finalmente Vondy irá se encontrar?

Believer - Vondy TWDWhere stories live. Discover now