The Hospital

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POV- Camila

Subi na ambulância para ir ao hospital com Lauren, os policiais avisaram nossas famílias, mas minha cabeça não para de reviver o momento aterrorizante que passei a uns minutos, sempre soube que a Lucy não batia muito bem, mas jamais imaginei que ela chegaria a esse ponto, sinceramente achei que ela ficaria nessas ameaças até se cansar porém ela foi longe demais. Sequestrar Lauren e eu? Se a Lauren não tivesse quebrado o próprio dedo para me ajudar, eu estaria sem língua e olhos? Ou até mesmo morta... É assustador pensar nisso.
Olho para Lauren sentada na maca da ambulância, completamente aérea, com lágrimas nos olhos, e o que mais dói de tudo isso é ter machucado ela e ver ela se machucar por mim, a vida dela não era perfeita mas depois que eu apareci, parece que fiz tudo piorar para ela, e desculpas não vão ajudar a melhorar tudo o que ela passou estando comigo mas é o melhor que eu tenho no momento.

-Lauren?
Chamo sua atenção, para que ela olhasse para mim, mas ela não olhou, ao invés disso, me respondeu com "oi" em libras, a achei um pouco distante, mas fico feliz que ela esteja aprendendo.

-Sinto muito por tudo que aconteceu, nunca quis que você se machucasse, se eu pudesse ter evitado com certeza o faria.
Digo e Lauren então olha para mim.

-E se eu tivesse que me machucar de novo para te ajudar com certeza o faria.
Ela diz devagar segurando minha mão com sua mão boa e dando um beijo, me escapou um sorriso com o gesto dela.

-E para de se desculpar pela loucura da Lucy.
Ela completa.

-Não consigo fazer isso, a culpa não é só da Lucy...
Digo sentindo o desânimo me puxar pra baixo.

-A culpa é só dela, e se você se culpar mais uma vez vai ter que me fazer uma massagem nas costas.
Diz como se fosse uma ameaça.

-Uma massagem nas costas eu faço a qualquer hora, é só pedir.
Digo sorrindo.

-Sério? Porque não disse isso mais cedo?

-Você não mencionou antes.

-Que idiotice a minha.
Ela diz dando um leve tapa na testa.

-Como está a dor?
Pergunto por notar ela mais tranquila.

-Não fala de dor, enquanto eu estiver esquecida da existência dela, não dói.
Ela diz colocando o dedo indicador em meus lábios, como um "shh".

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Chegando ao hospital Lauren foi para emergência ser atendida, então fui para uma área de espera, e só depois de uns minutos percebi que é o hospital onde passei muito tempo da minha vida, mais lembranças ruins que boas, mas todos os médicos e enfermeiros fizeram o seu melhor para que eu ficasse bem, fisicamente e mentalmente também, por instantes viajei, só fui me dar conta que existia quando senti alguém tocar meu ombro.
Quando olho para ver quem estava presente, noto o Dr. Shepherd com um sorriso sem dentes, um pouco mais velho do que me recordava, mas charmoso como sempre.
Ele disse "Olá garotinha, como você está?" em língua de sinais, ele aprendeu bastante desde a época que estive aqui.

-Oi Dr. Shepherd, nem sei como te responder a isso. Mas e você como está indo?
O respondo, tentando animar a mim mesma para não parecer rude.

-Você não parece bem. O que faz aqui?
Ele pergunta em língua de sinais e em voz.

-Não sei como te explicar, mas minha namorada se machucou e está sendo atendida.
Tento resumir.

-Já que você está aqui, quero te apresentar minha pesquisa, estou trabalhando nela até mesmo antes de tratar você. Pode ser?
Explica e pergunta em voz e língua de sinais.

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