Capítulo 37 - Lutar.

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Lauren

Quando a onda me atingiu, ela arrancou Camila da minha mão e me empurrou para cima e para baixo e em círculos. Eu tossia e engasgava e não conseguia respirar, e as ondas me puxavam de volta sempre que eu dava um jeito de colocar a cabeça acima da água.

— Camila! — gritei o nome dela várias vezes, lutando para evitar que a água entrasse pela garganta. Olhei ao redor, mas não consegui vê-la.

Onde você está, Camila?

O tronco de uma árvore bateu nos meus quadris e senti uma dor pelo corpo todo. Uma quantidade interminável de escombros me circundava, mas não havia nada grande o suficiente para eu agarrar antes que passasse por mim, levado pelas ondas encrespadas.

Diminuí o ritmo da respiração, tentando não entrar em pânico.

Ela tem que lutar. Ela não pode desistir.

Boiei para poupar minhas forças, berrando o nome dela e esperando atentamente por uma resposta. Nada além de silêncio.

Uma segunda onda me atingiu, dessa vez menor, e afundei de novo. Um enorme galho de árvore flutuava perto de mim quando consegui subir à superfície e me agarrei nele. Pensar em Camila tentando conservar a cabeça acima da água me matava. Ela tinha horror a ficar sozinha na ilha, mas ficar sozinha no oceano era um pesadelo que nenhuma de nós tinha sequer imaginado. Ela dizia que se sentia segura comigo, mas agora eu não podia protegê-la.

Eu só deixei você, Camila, porque não dependia de mim.

Voltei a gritar o nome dela, fazendo uma pausa de um minuto antes de tentar de novo. Minha voz ficou cada vez mais fraca e minha garganta ardia de sede. O sol, alto no céu, me castigava, meu rosto já pinicava por causa da queimadura.

O galho de árvore, encharcado de água, afundou. Não havia nada mais para segurar; por isso, eu alternava entre bater os pés para manter a cabeça fora da água e boiar.

Eu lutava para manter a cabeça fora da água. O tempo passou, e o cansaço aumentou. Apertando um pouco os olhos para tentar enxergar a distância, avistei uma viga de madeira flutuando. Meus braços e minhas pernas quase não tinham mais forças para me impulsionar até ela. Eu a agarrei e agradeci quando percebi que ela aguentava o meu peso sem afundar. Deitei o rosto na madeira e avaliei minhas opções.

Não levei muito tempo para perceber que eu não tinha nenhuma. 

Rindo muito com os surtos de vcs.

Rindo muito com os surtos de vcs

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