Um Final De Semana Como Qualquer Outro.

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Cheryl

Minha sexta feira não teve muita surpresa, passei a tarde na espera do horário do evento onde minha linda e unida família seria o centro das atenções.

Subi para meu quarto, tomei um longo banho e me arrumei sem nenhuma pressa. Quando começou a anoitecer, saí do quarto e desci as escadas. Logo fitei Mama andando na direção de sua bolsa que estava no sofá.

- Mama! (Falei abrindo um largo sorriso caminhando em sua direção para receber um abraço).

- Oi Cheryl. (Respondeu ela se virando pra mim). Não! (Me impediu de abraça - lá) vai amassar meu vestido, esse tecido é sensível!

Olhei incrédula pra ela e baixei a cabeça.

- Pelo menos alguma coisa em você é sensível. (Resmunguei só pra mim ouvir, saindo de perto dela).

- Falou alguma coisa?! (Perguntou me fitando).

- Não. (Sorri falso).

Ela fechou ainda mais a cara e me deu as costas.

- Onde está o traste de seu pai também?! (Falou bufando irritada).

Dei de ombros e me joguei no sofá de braços cruzados. Em questão de segundos ela me fitou de forma séria.

- Sente - se como uma dama Cheryl. Não te criei para agir como uma qualquer, você é uma Blossom! (Repreendeu negando com a cabeça).

Arrumei minha postura e baixei a cabeça fitando o chão, me sentia a pior pessoa desse mundo, nunca sou boa o suficiente para ser uma verdadeira Blossom.

...

Logo meu pai apareceu, de forma apressada, mal olhou pra mim, muito menos pra Mama. Entrou na limousine seguida de sua esposa de mentirinha. Fui logo atrás e me sentei em silêncio próxima da janela.

...

Chegamos no evento, muitos paparazzi cercavam a entrada, algumas emissoras de TV registravam o momento. Respirei fundo antes de sair para enfrentar mais essa peça de teatro.

No grande tapete de entrada meus pais tinham largos sorrisos, papa abraçou mama com uma mão e me puxou para perto com a outra, pousando como uma linda família feliz para as fotos. Abri meu sorriso falso, esperei eles fazer seu trabalho e caminhei para dentro do evento enquanto papa era entrevistado.

Ouvi alguns entrevistadores me fazendo perguntas, mas apenas ignorei, não estava afim de responder com as frases ensaiadas que todos Blossom usam.

...

Sentei em nosso lugar, esperando essa palhaçada acabar logo. Até que avistei Lucy sentada sorridente com sua família. Fechei a cara e me levantei, passei calmamente ao seu lado e assim que um dos garçons passou com uma bandeja cheia de copos com champanhe, empurrei ele pra cima dela, fazendo todo o líquido despejar em seu lindo vestido salmão.

Ela deu um gritinho assustado e se levantou rapidamente, com o vestido todo manchado. O garçom pedia desculpas de forma desesperada e eu me acabava de rir com a cena.

Vi Lucy caminhar para o toalete com uma cara nada boa, seguida de sua mãe, assim que ela ficou sozinha, não perdi tempo e fui até lá. Ela estava com um pano tentando tirar o estrago de sua roupa, sem sucesso.

- Nem todo mundo nasce virado pra lua não é?! (Falei me olhando no espelho).

Ela me fitou e ficou em silêncio, seu olhar demonstrava seu desespero.

- Isso foi só pra você saber, que enquanto eu estiver por perto, você não terá paz! (Expliquei me aproximando de seu rosto e vi Lucy encolher enquanto seus olhos marejavam) aproveite o resto da festa, só pegue leve na bebida, ok?! (Falei irônica e sai do banheiro).

A Princesa e a PlebeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora