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O castelo entrou em tumulto, feéricos andavam de um lado para o outro, conversas iam e vinham, fofocas, acusações. E claro, o medo de que por causa de dois seres desconhecidos, uma guerra começasse outra vez.

Aelin estava na sala do trono quando rowan, junto com Lysandra entraram, sem anunciarem a chegada deles, o rosto de rowan era um mar calmo na superfície, ja lysandra não escondia o medo que exalava de seu corpo, mas não era para menos, a garota ja tinha passado por muitas coisas, todos eles tinham. As coisas tinha se estabilizado a pouco mais de um ano e meio.

- e então...

Aelin falou com impaciência, a rainha de fato, odiava acordar cedo.

- encontramos dois seres... Bastante peculiares perdidos na floresta....

- eles mataram um cervo... Depois parece ter discutido entre eles, lysandra os seguiu por três horas, mesmo no gelo e sobre a neve, eu voltei de onde eles tinham visto... Metade da montanha foi reduzido a chamas, e partida ao meio.

Aelin encarou Rowan por um tempo, depois desviou os olhos para encontrar as lindas esmeraldas verdes de lysandra brilhando em um verde morto, mesmo que parecesse uma história falsa, a montanha tinha de fato, sido destruída.

- e também, encontrei isso.

Rowan se aproximou de Aelin, e abriu a mão mostrando uma pedra pequena que brilhava em um azul vivo, vazio e frio.

Aelin o encarou com pavor e medo, ela reconhecia aquilo.

- aonde eles estão...

- nos quartos de hóspedes.

Ela não olhou para Rowan nem para lysandra quando saiu pela porta, deixando os dois no meio do grande salão, andando em passos largos até a área dos quartos.

Ao andar pelos corredores, ela era recebida por acenos de cabeça, comprimentos, e claro olhares calorosos e cheios de gratidão.

Aelin sentia um medo sem explicações, ela temia por ela e por todos aqueles que se foram, temia sentia toda a dor e desespero que sentiu durante o tempo em que sua a sequestrou e a torturou durante dias, semanas.

No meio do caminho para o quarto de hóspedes aelin passou passou por uma janela que ficava no final de um corredor, ela viu seu próprio reflexão e o medo que tinha em seus olhos, ela sentiu seu poder faiscar dentro dela com força o bastante para explodir e levar aquele lugar aos ares.

Se esforçou para mudar a expressão de Pânico e caminho para os quartos.

                            (.....)

Mahiana se viu presa, correntes prendiam forte seus pulso a puxando para o fundo de um lago, a água era escura como as noites de inverno, conforme ela afundava, ela via o gelo cobrir a superfície do lago a prendendo de baixo d'água. O sonho mudou e agora ela estava em um lugar vazio e vasto, vagando sozinha de forma incontrolável.

Ela sentiu um corpo se chocar contra o dela, quando se virou azriel estava morto ali, as asas totalmente quebradas, o sangue escorria por um buraco onde seu coração tinha sido arrancado, foi então que ela se lembrou do desespero que foi quase perder az, quando a criatura disse que ela sentiria a dor de perde alguém que ela ama.

O medo consumia todos seus sentidos de forma que ela não pudesse controlar nenhuma das outras emoções. A respiração se descontrolou quando ela sentiu os olhos de az a encararem naquele vazio eterno.

Ele sorriu, mas não era seu sorriso lindo. Era apavorante, aquele não era az, era um demônio.

Ele segurou o pescoço de mahiana a erguendo do chão, as mãos de az, as mesma que estavam lutando para proteger mahiana, ela sentiu o desespero de não conseguir respirar se espalhar com um pânico surdo, seu corpo reagiu por puro instinto lutou para se soltar e buscar ar, o demônio a jogou contra o vazio, ela foi engolida novamente e a unica coisa que fez antes de apagar novamente foi gritar...

Ela acordou gritando, todos os móveis e objetos de decoração foram partidos, seu poder escorrido por seus braços engolindo tudo o que tocava e consumindo.

         (.....)

Quando aelin virou no corredor ela sentiu o cheiro de poder invadir e consumir tudo, ele sugava para si e devorava como um monstro insaciável buscando por algo impossível.

Rowan também havia sentido por que ele estava ao lado dela, sua espada estava em mãos, pronto para lutar, para defender sua rainha, esposa e melhor amiga.

Conforme se aproximavam do quarto sombras tentavam controlar a luz que brilhava do quarto da garota, ela queimava tudo, não era quente como fogo, era pior.

Azriel saiu cambaleando do quarto onde estava, suas asas totalmente destruídas, talvez de forma que ele nunca mais voasse.

Sem medo do poder incontrolável de mahiana que ficava mais forte a cada minuto do dia e que a noite a consumia fazendo a garota gritar com seus pesadelos e sonhos.

Ele entrou no quarto, caminhou sobre a magia dela que estava por todo o quarto o reduzindo a cinzas.

Ele reconheceu ela da cama de forma delicada e saiu do quarto, a magia dela os seguia devastando todo o caminho até o quarto do outro lado do corredor.

Ele a deitou na cama, colocou sua testa junto a dela, todas as barreiras da mente dela eram muralhas impossíveis de serem quebradas, mas agora estavam abaixadas para ele. Sua mente era um caos, estava quebrada e destruída.

Ela estava a beira de entrar em colapso, sua  mente era uma jaula e mahiana estava presa dentro dela implorando por ajuda. Ela gritava silenciada dentro de si, todo os traumas e medos dela, toda as humilhações, maus-tratos, perseguição, pressão, ameças, suas tentativas de fuga.

Mahiana sempre esteve sozinha, pressa dentro de si mesma com medo.

Azriel ignorou todas as imagens que passava como filmes repetindo centanas de vezes.

Ele entrou na jaula onde ela estava presa em desespero, sentou de frente para ela.

Mahiana permaneceu de cabeça baixa.

- olhe para mim.

As palavras de az sairam carregadas de uma suplica silenciosa.

- olhe para mim, Ana. Não faça isso, não se prenda ao passado, você está se matando, você está destruindo tudo ao seu redor, você não está só se machucando, também estou me machucando, porque ver você se auto-destruir todos os dias está me matando as poucos. Eu sei que tudo pelo o que você passou não é nada, eu sei que você está quebrada, que está destruída, sei que está com medo, eu sei, porque também estou, eu estou destruído e partido, mas deixe eu ser aquele que vai te salvar... Eu quero salva-la.

Mahiana ergueu a cabeça, seus olhos fundos e vazios, sua pele seca a ponta de ver os ossos.

- por que quer me salvar az.

Ela questionou, abaixou a cabeça, sem fé ou esperança, ela estava morta

- porque... Porque eu... Você, eu a vi cair e levantar, vi você salvar feyre e uma cidade inteira, vi você se arriscar por pessoas que não conhece... Mas porque não salva a si mesma.

- porque não há mas esperança az, eu vou ser engolida, tudo isso está me consumindo e eu nem tenho controle sobre meus poderes, eu estou perdida, com medo e quebrada.

- eu também estou, mas eu encontrei em você um motivo. Preciso que você o encontre também. Você passou por mais que coisas que qualquer humano ou feerico, e você sobreviveu, você lutou. Você consegue, só precisa sair daqui e assumir o controle.

- eu estou a deriva....

- eu serei sua âncora.

Ele encarou os olhos dela, sem desviar daquele amarelo profundo.

Segundos se tornaram minutos, horas, dias. Aquele olhar era eterno.




Quero pedir desculpa pelo atraso do capítulo, estive ocupada cuidando da minha saúde mental e meus romances não resolvidos.

Obs: acho que encontrei minha alma gêmea ✨

corte de luzes e guerraWhere stories live. Discover now