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Mahiana.


Abri os olhos lentamente, fiquei surpresa por sentir o calor do sol, a última lembraça que eu tinha era de ainda estar nevando. Por quantos dias eu havia dormido.


Me permitir observar todo o ambiente antes de sair cama, atirei os lençóis sobre a cama e sai.


Pude distinguir as conversas no andar de baixo, parei de frente ao espelho e notei como eu estava horrível, meu cabelo estava bagunçado e desalinhado, meu corpo mais pálido que o comum, as maças do rosto fundas.

Por quantos malditos dias eu dormi.


- por uma semana e 3 dias.


Foi nestha quem disse entrando no quarto.


- e vocês simplesmente deixaram. Perguntei incrédula


- acredite, tentamos de todas as formas acordar você. Ela respondeu enquanto caminhava em minha direção - venha, você precisa de um banho. Ela falou enquanto me guiava para o banheiro.


Entrei na banheira sentindo meu corpo arquear na água quente, nestha sentou em um pequeno banquinho atrás de mim e começou a esfregar cuidadosamente meu cabelo, fechei meus olhos permitindo sentir a fragrância de flores silvestre, ela esfregou minhas costas e depois saiu.


- estarei no quarto, avise quando terminar.


Ouvi a porta do banheiro fechando, afundei completamente na banheira.


Em um segundo eu estava lá, em outro estava em uma sala escura, senti o cheiro de mofo e enxofre, empurrei a porta da cela e segui  pelo corredor iluminado apenas por velas, parei perto de uma escada, todos os sentidos e instintos do meu corpo me dizia para voltar, para acordar e fugir dali, e eu tentei muito voltar, mas outra parte minha dizia que eu tinha que ver o que me aguardava no alto daquelas escadas. Subi os degraus calmamente, tentei buscar por algum barulho alguma voz ou qualquer coisa que indicasse a presença de alguém, continuei subindo até ver a luz do sol iluminar o final daquela escadaria assustadora, colei meu corpo a parede e observei. Não havia nenhuma presença ali. Quando estava subindo ouvi uma porta se abrir, vozes invadiram o lugar, que até então, era um silêncio pavoroso.


Duas sombras entravam arrastando um corpo, e um homem mais alto, eu sabia quem era, senti o medo invadir meu corpo, meu coração bater mais rápido e minha respiração cortar.


O corpo foi atirado no meio do grande salão, o homem arqueo e depois gritou. Houve outro minuto de silêncio, então o homem alto começou a mutilar o corpo do homem caido no chão, ele cortou seu dedo, depois abriu seu pulso e foi esquartejando seu corpo, o sangue manchou o mármore braco, o homem parou sobre o sangue, dizia palavras inaudíveis, o sangue se moveu, e então outro sangue-vivo estava parado sobre o lugar onde antes estava um corpo, estava uma viva. Senti meu corpo travar e meu coração bater tão rápido que poderia sair pela boca, a criatura virou o corpo lentamente em minha direção.

corte de luzes e guerraDove le storie prendono vita. Scoprilo ora