corte de luzes e guerra

16

Os penetrantes de mahiana prendiam az em um transe seduzente, os olhos marcantes profundos cheios de terror medo, esperança e paixão. O sentimento de carinho entre os dois era mútuo, mas assim como ambos sabiam que o sentiam era recíproco, também sabiam dos perigos. E dado a toda situação em que estavam, amor e paixão não tinham espaços no meio de todo o caos e destruição que se aproximavam.

Az encarou os lábios carnudos e rosados de mahiana com um desejo predador, sorriu de lado quando viu a pequena corar, mas seus olhos vibraram com um desejo ardente se espalhando como fogo.

Ela sorriu quando percebeu que ele sentiu e viu o mesmo que ela, ele estava em sua mente, em seu corpo e em cada batida de seu coração.

Azriel afastou o cabelo dela de seu rosto, um toque leve e delicado, apenas para observar cada detalhe de seu, desde dos lábios até as pequenas pintinhas que tinha na clavícula.

- não me olhe assim. Az sussurro com desejo ardendo e queimando sobre sua pele.

Ana afastou o rosto apenas para olhar para az, ela entendeu o que ele quiz dizer.

- você tem que dormir, irei para meu quarto do outro lado do corredor, se precisar me chame.

Az se levantou da cama mas foi impedido antes de se afastar, em um pedido silêncio, ele se sentou ao lado de mahiana e desenhou linhas por seus ombros descobertos até  ela adormecer.

Quando a pequena de longos cabelos adormeceu, az deixou o quarto e se juntou a rowan e aelin na sala de jantar.
Nas primeiras semanas foram quase impossível se adaptar, az se movia como um sombra pelo castelo espiando sobre todos e ouvindo tudo. Depois retornava para o quarto e ficava horas ao lado de mahiana.

Após um semana ele falou o suficiente com rowan para ele entender um pouco o que realmente aconteceu, mas az estava mais fechado e em silêncio do que o de costume

Sua cabeça estava um caos, todos suas barreiras e seu poderes fracos, ele mal sabia como acordava no outro dia. Az tinha desistido de tudo, incluindo dele mesmo. Ana estava sendo seu último motivo, por que ela era a unica que sabia como voltar para casa. Mas ela estava tão destruída quanto ele.

Depois da pequena reunião na sala de jantar que sempre terminava em briga e nada nunca resolvido. Az voou para o telhado do castelo e ficou lá grande parte da noite até o gavião pousar ao seu lado, de primeira az apenas ignorou a presença do animal, mas isso foi antes dele se transformar em humano.

- faz noites que observo você se sentar aqui. Azriel. O que faz aqui. Rowan perguntou com calma e pensando cautelosamente nas palavras que iria dizer.

- esse céu é como o de casa.

- imagino que sinta falta de casa.

- não sinto falta de casa, sinto das pessoas nela.

- devem estar preocupados, você e a mahiana estão... Desaparecidos a semanas.

- mahiana não consegue mais controlar os poderes, ela se perdeu, ou perdeu a essência dentro dela. Talvez seja medo.

- quais são os poderes dela...

- não se sabe ao certo, ela controla a luz, não como o fogo, mas tão quente quanto mil sóis, o metal correspondente ao seu controle, o portal... Tenho que voltar.

Assim az sumiu na noite, engolido pela luz da lua.

                 (.....)

Quando mahiana rompeu as runas em seu corpo também rompeu a unica coisa capaz de controlar seus poderes, dias depois de abrir um portal dimensional e levar az com ela para outro mundo, mahiana não sentia mais seu poderes, e da pouca vez que o liberava era quando estava inconsciente e destruía tudo ao seu redor transformando tudo que tocava em nada.

Após a pedra azul ser cravada entre seus seios, mahiana não sabia dizer o que era real ou quando estava sonhando, mas a constante voz em sua cabeça a fazia sempre ficar em alerta, os unicos momentos em que ela não sentia que estava em guerra era quando az estava ao seu lado. Quando se afastava o sentimento de vazio e escuridão a consumia, entrando sobre sua pele como uma voz insistente que não se calava, que sussurrava em sua cabeça, mahiana não tinha controle de seus poderes, fala ou pensamentos. Mas o pouco que ela possuía de consciência naquela noite, ela escreveu um pequeno bilhete e entregou para uma criada, com um pedido silêncioso para levar até a rainha. Depois voltou para o quarto.

         (.....)

Naquela noite, ela estava na mesma lagoa se afogando, ninguém veio para salvar ela, mahiana sentiu sua mente desaparecer totalmente, então tudo tornou-se negro e frio, não existia mais uma vida dentro de si, tudo se apagou.

Ela acordou com um sobre-salto e Aelin estava parada a alguns passos de sua cama.

- recebi seu bilhete.