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Maria Clara acabou de ter um filho com Henry Cavill, o homem que foi responsável pelo seu primeiro beijo e por muitas dores de cabeça. Agora estão planejando um futuro juntos, Henry a pediu em casamento e após muita in...
Meu coração estava quebrado em dois, quando discuti com a Clara ela nem ao menos negou o ocorrido, ver a expressão surpresa em seu rosto me dizia que ela não tinha nem planos de me contar sobre. Não imaginei que ela seria capaz de algo tão vil. Não comigo. Por isso achei que era bom me afastar dela, indo dormir no quarto de hóspedes naquela noite e na manhã seguinte indo pegar o avião. Poderia ser corvadia aquela altura do campeonato, mas eu tinha que ver meu pai e precisava esfriar a cabeça antes de voltar a conversar com ela.
Só me doeu ter que me despedir de Victor, ele não entendia as coisas direito mas o mesmo começou a chorar depois que o coloquei de volta no berço, eu queria ficar em seu quarto para sempre mas precisava ir, seu choro me doía e era a única coisa me prendendo naquela casa. Eu voltaria por ele.
- Turista?
Ouvia alguém falar comigo, parando de encarar a janela do avião para olhar a mulher sentada ao meu lado, eu tinha pego passagem na primeira classe mas começava a cogitar mudar para a classe executiva e ficar isolado de pessoas. Erguia a sobrancelha a mulher loira que repetia a pergunta e eu sorria forçado.
- Não, indo para casa. - Era estranho dizer isso, voltar para casa.
Ela tentou puxar conversa novamente mas logo eu comecei a lhe ignorar, não estava no clima e toda vez ela abria a boca me deixava nervoso e ansioso. Seriam longas horas.
*** "Zona de Desembarque no portão Sul"
Era gratificante estar de volta em um aeroporto, pensar que tinha enfim saído daquele apertado avião, levo minha mão automaticamente a pulseira em meu pulso esquerdo, juntamente com meu relógio da parada havia uma pulseira colorida ganhada em uma festa de São Jão, a primeira que eu fui com a Clara. Naquela época ela já estava grávida e tínhamos retomado o nosso namoro, deslizo meus dedos pelas pedrinhas de plástico e deixo o ar sair dos meus pulmões. Eu estava tão longe agora.
- HENRY! - Escuto um grito que eu não ouvia a muitos anos, me viro encarando meu irmão caçula, Harry.
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Um pouco mais baixo que eu, mas os mesmos olhos e o cabelo, apesar que o dele estava longo e ele usava óculos.
- Hello, Brother.
- Você veio me buscar? - Pergunto quando enfim nos soltamos de um abraço caloroso. Nossa, fazia tanto tempo que não os via. Uns dois anos?
- Sim, o Anthony tá em casa com as crianças e o William teve que ir no quartel resolver alguns assuntos. - Harry começa a me atualizar enquanto saímos do aeroporto em direção ao seu carro, quando entro no banco do carona ele me encara. - Cadê a sua noiva e o pequeno Victor?
- Tiveram que ficar. - Rápido e direto, era melhor não contar meus problemas a eles. - Casa?
- Vamos.
Ficamos em silêncio por um momento, eu olhava pela janela do carro, era tão estranho estar de volta a Inglaterra, checo meu celular e havia um longo e-mail da Clara ao qual ela não dizia nada sobre o ocorrido, apenas falava como o Victor estava e que desejava que meu pai ficasse bem. Ela não vai nem tentar implorar? Não, Clara não quer me incomodar com essas coisas, ela provavelmente estar mais preocupada com minha situação com meu pai e está tentando deixar nosso relacionamento em último plano.
Droga! Porque ela é tão compreensível? Tão meiga? Tão....
Encosto a cabeça no encosto da poltrona. Não posso pensar nisso agora. Não mesmo.
