Capítulo 29

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James Miller narrando

  Eu estava olhando atentamente, como todos que estavam lá, a noiva valsar com o primeiro entre os rapazes escolhidos. Observei que eles mantinham um sorriso singelo e trocavam algumas palavras que depois resultavam em risinhos amigáveis, ela parece descontraída, mas com certeza está avaliando cada detalhe. Ele permaneceu com o broche.

O segundo deu um passo à frente e beijou a mão de Laura, eles começaram outra valsa, mas pela cara da noiva, ela não estava muito alegre e teve raros momento de conversa com o rapaz. No final, ela tirou o broche e ele voltou desolado para o canto.

O mesmo aconteceu com o terceiro e quarto, voltaram cabisbaixo e sem o broche para o lado de suas namoradas.

E então, chegou a minha vez. Eu deveria estar nervoso, afinal, isso é muito importante para Katy e se eu voltar sem o broche significa que eu não sou bom o bastante para ela. Mas eu estava confiante, ciente do que deveria fazer e que faria de tudo para merecer o broche que está no meu terno.

Segurei a mão da noiva e a beijei, ela sorriu e percebi que isso contaria como um ponto. A música ecoou pelo local e guiei a noiva pelo salão em uma valsa leve e no ritmo certo.

- James, a quanto tempo você conhece a nossa querida Katy?

- Há 8 meses.

- Você a ama?

Sua atitude direta me impressionou, mas não hesitei em minha resposta.

- Sim, eu a amo, só deixarei de amá-la quando der meu último suspiro.

Girei-a duas vezes e voltamos aos passos leves e tranquilos da valsa, Laura está com um sorriso satisfeito e faz mais um pergunta.

- Você deixaria o que mais ama por ela?

- Não.

- Não? — ele pergunta confusa.

- Eu não seria capaz de deixá-la.

Ela assentiu e sorriu mais uma vez. A música parou Laura agradeceu pela dança e se foi, me deixando com o broche. Voltei para o lado de Katy e ela estava com um sorriso radiante, envolvi o meu braço na sua cintura e sussurrei em seu ouvido:

- Viu? Fui aprovado, sou bom o bastante para você.

- Você é a melhor coisa que já me aconteceu.

Katherine Lazar narrando

Estamos no carro voltando para casa. Estou feliz por James ter permanecido com o broche, foi importante para mim, mas eu não me importaria se Laura o tivesse tirado.

- Você estava magnífico hoje.

- É porque você estava ao meu lado.

Acariciei o seu rosto e James posicionou sua mão em minha coxa.

Quando chegamos em casa, guardamos o carro na garagem e encontramos Mary tirando o pó de um jarro.

- Olá Mary! — falei.

- Olá Srta. Katherine.

- Mary, sem o Srta. lembra? Esse é James.

- Prazer em conhecê-lo, senhor.

James sorriu e acenou com a cabeça, vi o brilho no olhar de Mary aumentar e suas bochechas ficarem vermelhas. Porque ele tem que ser maravilhosamente lindo? Não que eu ache ruim, mas às vezes as outras mulheres reagem de uma maneira que me deixa louca. Puxei-o escada à cima e entramos no quarto aos beijos.

- Vamos continuar o que começamos de manhã. — James disse e dei uma risadinha.

Comecei tirando seu terno e sua blusa social; coloquei em cima da poltrona, tirei meus sapatos e me coloquei na frente dele de novo. As mãos de James exploraram o meu corpo por cima do tecido até ele deslizar o vestido para cima e tirá-lo do meu corpo, ele fez o mesmo que eu e também deixou os sapatos ao lado dos meus. James afastou o meu cabelo que estava sobre o ombro e plantou um beijo ali, tocou e beijou o meu pescoço e meu outro ombro.

- Você é a única coisa que eu preciso nesta vida. — James fala.

Eu o beijo intensamente e passo minha mão por todo o seu corpo, estudando e revisando cada músculo, cada cicatriz e sua pele macia. Eu poderia passar a noite olhando e tocando cada centímetro dele sem me cansar, do mesmo modo que poderia beijá-lo até o dia clarear, mas acho que o meu desejo de me sentir preenchida por James é maior neste momento. Ajudei-o a tirar a calça e deitamos na calma sem presa, sentindo o gosto do nosso beijo e o contato físico.

- Eu quero fazer amor com você a noite inteira.

  Abri os olhos e me surpreendi ao ver que ainda está de noite, olhei para cima e vi James dormindo tranquilamente. Levantei devagar para não acordá-lo e vesti a blusa dele, abri a porta do quarto e desci as escadas rumo à cozinha. Eu estava tomando um copo de água quando me assustei com o barulho de alguma coisa sendo estilhaçado, fui até a sala de estar e vi os cacos de vidro de um vaso espalhados pelo chão, andei com cuidado e recolhi os cacos maiores e os coloquei em um recipiente com tampa para ninguém correr o risco de se cortar, juntei o resto e joguei no lixo com os outros. Não sei bem como esse vaso caiu, ninguém está acordado e as janelas estão todas fechadas, então, não pode ter sido uma rajada de vento, mas não importa agora, só quero voltar para a minha cama. Subi para o meu quarto e me deitei ao lado de James.

- Você está bem? — ele perguntou.

- Sim, volte a dormir querido.

James me puxou para que nós ficarmos abraçados e não demorei muito para cair no sono novamente.

Acordamos bem cedo no outro dia, nos arrumamos e pedi para que Mary trouxesse um café da manhã bem reforçado no meu quarto, comemos e depois que me certifiquei que meus pais estavam trabalhando, desci com James até a garagem para irmos para o internato.

- Por que você acordou de madrugada?

- Estava com sede.

- E o que foi aquele barulho?

- Deu para escutar lá em cima?

- Acordei por causa do barulho.

- Um vaso caiu no chão do nada.

- Como assim "do nada"?

- Caiu de repente James, eu estava na cozinha quando ouvi o barulho do vaso caindo e fui ver, não tinha porquê ele cair.

- Hum...

- O quê? Você sabe o porquê?

- Não, só é estranho.

- Nem me fale.

E seguimos viagem para o internato conversando coisas aleatórias e escondendo essa história no fundo do baú.

Loved by an angelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora