E lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...
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- Quem é você? – Pergunta meu marido para o estranho a nossa frente, ele é ruivo de olhos azuis, muito bonito na minha percepção, mas sou casada e isso não importa para mim.
- Lorayne me enviou, trouxe o antídoto. – Diz mostrando um pequeno tubo azul, reviro meus olhos, novamente Lorayne salvará a Pátria, sempre é tudo ela, a heroína, a mais corajosa, a mais linda, mais inteligente... Não importa o tanto que me esforce para ser igual a ela, Any sempre será a melhor, a que todos olham e reparam, enquanto eu, sou jogada de lado, esquecida por todos.
- Como saberemos que está falando a verdade? Pode ser veneno. – Digo, não quero que Jake passe dor, mas... E se esse cara realmente não for aliado dela? E se for, se não aplicado, nunca saberemos e os esforços de Lorayne serão em vão.
- Larissa tem razão. – Mordo meus lábios evitando escapar um sorriso, Phelipe acha que tenho razão, ele disse isso poucas vezes na vida e hoje, disse novamente.
- Por isso peguei o meu, Lorayne me atingiu com uma para provar a vocês que é seguro. – Diz e custo bufar, sempre tão esperta.
- Só para ter certeza... – Pego a minha arma e atiro em sua perna.
- Aí. – Diz caindo no chão. Me sinto maravilhosamente bem por ter feito isso, imaginar ser a Any torna qualquer tiro certeiro, mesmo sem nunca ter atirado.
- O que fez? – Pergunta meu esposo espantado com minha tão inusitada atitude.
- Agora sabemos que é realmente uma bala dessas. – Digo mostrando a arma.
- Não isso, ele derrubou o antídoto. – Olho para o chão e vejo os dois frascos quebrados. Tento não demonstrar o desespero que toma conta do meu ser.
Phelipe vai até o pouco do que sobrou em certa parte de um dos frascos e da ao homem desconhecido. Ele rapidamente se cura, então pega o outro e da a Jake. Reviro meus olhos e bufo discretamente, piorei as coisas tentando ser como a Lorayne.
- Agora podemos ir para esse lugar onde estão se escondendo, não aguento mais ficar aqui. – Esses insetos estão me matando.
- Tudo bem. – Diz Jake levantando com um pulo.
- Qual é o seu poder? – Pergunta minha sogra para o homem, eu lhe perguntaria primeiro o seu nome.
- Sou um magnético, controlo o magnésio, ou seja, metais. – Isso pode ser bem interessante.
- Aliás, sou Anthony. – Diz estendendo a mão para a senhora em sua frente, mas ela fecha o bico igual uma criança mimada.
- Amigos e alisados de Lorayne são meus inimigos. – Diz de cabeça erguida.
- Inimigos da Any são meus Inimigos. – Diz Jake olhando para ela com um olhar ameaçador, como se uma velha fosse uma ameaça, rio por dentro. – Não a levarei até onde nos escondemos se dizer isso novamente, não dou abrigo a inimigos. – Não me seguro e começo a rir. Todos me olham.
- Qual é a graça? Não vi nem uma. – Diz o garoto para mim, meus pelos de arrepiam e não consigo esconder meu medo quando ele está a sentimentos de mim. Não consigo falar, mal consigo respirar, aperto a mão de Nando o mais firme que consigo e então é Jake que começa a rir, ele se afasta e solto um suspiro de alívio por não tê-lo tão perto de mim .
- Precisam parar de serem tão medrosos, sou perigoso, mas jamais machucaria vocês, ela me mataria ou me odiaria para sempre, o que é bem pior do que a morte.
- Me assustou cara. – Diz Anthony. – Pensei que ia mata-las.
- Como eu já disse, jamais faria isso. – Fala dando tapinhas em seu ombro.
- Minha visão... – Diz Anthony colocando as mãos em frente a seus olhos. – Está escurecendo, não estou enxergando.
- Sinto muito, mas é a única maneira de ir conosco. – Diz Jake e em seguida o homem cai no chão.
- Era mesmo necessário? – Pergunto, tomando coragem para me dirigir a ele.
- Queria que ele soubesse o caminho para o esconderijo?
- Ele não decoraria. – Ouso dizer.
- Ele iria sim, Anthony não é humano, não é frágil ou tem suas habilidades incapacitadas, sua mente é muito maior, mais desenvolvida e inteligente do que a sua, do que a de todos vocês. – Diz apontando para cada um de nós, até para Nando que se esconde atrás de mim. Engulo seco e pergunto:
- Vamos? – Sinto que Jake não quer ir, não quer deixar sua amada para trás, mas é necessário isso, não colocaremos nossas vidas em risco por causa de uma garota que apenas nos colocou em perigo.
- Vamos. – Diz sem olhar para nenhum de nós, apenas seguindo em frente.
Andamos durante intermináveis minutos, não aguento mais e carregar Nando no colo é um saco, ele é pesado, Phelipe carrega Jonathan, e Jake carrega Anthony, Mariana não consegue ficar nem 5 minutos com o neto em seu colo, Nando não colabora e quer ficar no colo, não aguenta andar por muito tempo e reclama de sono toda hora, quase o derrubei umas 5 vezes nesse período, além do mais, esses insetos não param de me picar e como estou com as mãos ocupadas, não posso espanta – Los.
- Já estamos chegando? Não aguento mais. – Digo manhosa.
- Falta pouco. – Diz Jake e noto o cansaço em sua voz.
- Espero mesmo, por que não aguento mais. – Digo.
- Para de reclamar, eles estão carregando muito mais peso que você. – Diz Mariana.
- Pelo menos eu estou fazendo alguma coisa, você só falta pedir para ser carregada. – Digo, ela não está fazendo nada e implica comigo? Quem ela pensa que é? Era só o que me faltava.
- Chegamos. – Diz Jake colocando Anthony no chão, eles estavam intercalando entre empurrar e carregar, Phelipe estava puxando, então só deixa Jon no chão.
Jake vai até o chão e ao tirar várias folhas revela uma escotilha, pensei que estavam escondidos em uma casa, mas não, estão em um lugar que nem janela tem, que ótimo.
- Bonny, sou eu, Jake. – Ele se afasta e alguns segundos intermináveis se passam.
- Tem certeza que tem alguém aí? – Phelipe pergunta.
- Tenho. – Diz rapidamente. Então a escotilha se abre.
- Vamos. – Diz entrando, ele grita para Phelipe passar Jonathan e Anthony, fico impaciente com a demora, mas logo chega a minha vez de entrar com Nando, a última foi Mariana, logo após ela colocar os pés no chão, uma menina negra puxa uma alavanca e a escotilha se fecha.
