Capítulo 28

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- O que faremos então? - Pergunta Phelipe preocupado, Nando está conosco, ele não deveria estar metido nisso.

- Teremos que ir pela passagem secreta. - Diz Jake e nos viramos rapidamente para ele.

- Que passagem? - Pergunto confusa, ele não mencionou em nenhum momento sobre ela.

- Essa. - Diz ele abrindo uma parte do chão.

- Por que não nos falou? As coisas teriam sido bem mais fácies. - Pergunta Phelipe intrigado.

- Por que... Como eu posso dizer? Melhor verem com seus próprios olhos. - Então entramos.

- Que merda é essa? - Pergunta Larissa com nojo.

- Não é bem uma passagem secreta, é a área de esgoto. - Dessa vez não julgo Larissa, esse cheiro é insuportável.

- Melhor do que morrer não é? - Pergunto tentando não vomitar.

- Você nos meteu nisso Lorayne, se você não tivesse aparecido nada disso estaria acontecendo.

- Falou a que dormiu na hora que deveria estar acordada vigiando! - Retruco já estressada. - Juro que se eu fosse uma assassina te matava.

- Ou, ou, ou, ou, que tal pararem com isso? - Fala Phelipe sensato como sempre. - Estamos no meio de uma fuga e as duas estão discutindo? Fala sério! - Diz com total ironia.

- Você tem razão. - Digo e então calados prosseguimos.

- AAA. - Ou quase calados, Larissa grita a cada rato que vê.

- Para onde isso leva? - Pergunto sem fazer a mínima ideia, não pode ser igual a dos filmes né?

- Eu não sei, nunca me submeti a passar de um passo nesse negócio.

- Que ótimo. - Reviro meus olhos. - Podemos estar indo para a morte e não sabemos. - Então chegamos em uma parte que se divide em 3 túneis, até agora a passagem nos permitia ficar em pé, mais nesses exige se abaixamos, tudo aqui é de terra e não me parece ser seguro, mais não temos outra opção a não ser essa.

- Qual nós vamos? - Pergunto indecisa, não estamos escolhendo um túnel aleatório, estamos escolhendo o que nos leva a vida ou a morte, um deles certamente é fechado, o outro deve levar para a central de tratamento de esgoto e o outro... Bom, não sei.

- Ilumina mais Any. - Diz Jake, temos as duas lanternas que estão na mão de Phelipe e Jonathan, a outra fonte de luz sou eu que ilumino com as chamas de minha mão. Eu vou em cada um, mais todos parecem iguais. Então ouvimos um som e eu sei que são eles, não demoraram muito para achar a passagem, foram mais rápidos do que eu esperava.

- Não temos tempo para escolher. - Diz minha mãe aflita e desesperada, todos estamos assim, com medo, mais eu, Phelipe e Jake não demonstramos ele.

- Mamãe, tá fedendo. - Ouço a fina voz de Nando reclamar.

- Você é forte, consegue passar por isso Nando, pensa que assim você se tornará um super herói, você quer não é? - Pergunto torcendo para que dê certo.

- Quero. - Ele me responde.

- Mais para isso você precisa suportar esse cheiro horrível. - Digo tampando meu nariz. - Pensa que é a sua mamãe peidando na cama. - Ele ri e vejo Larissa dar um tapa nele que se cala.

- Lorayneeee, onde está você? Não tenha medo, não iremos te machucar.

- Apenas te matar. - Ouço outro dizer e em seguidas muitas e muitas gargalhadas, me arrepio inteira e com um olhar que diz mais que as palavras, Phelipe entende o que sugiro.

- Precisamos nos separar.

- O quê? - Pergunta Mariana.

- Mariana, Rogério e Jonathan vão para um lado, Larissa, Phelipe e Nando para o do meio, e eu, minha mãe e Jake para o outro. - Ninguém contesta, apenas entramos nos túneis indicados, aqueles que podem ou não significar a nossa morte, mais principalmente a minha e isso me aterroriza, não quero morrer e muito menos levar as pessoas que eu amo para um túmulo junto comigo, eu não escolhi ser assim, mais tenho que pagar o preço por uma escolha que não foi minha e nem da minha mãe, foi do Marley e se tudo ocorrer bem, vou atrás dele para faze-lo pagar por tudo o que fez a mim e a minha família.

- Morte onde estais?

- Ele está falando comigo? - Pergunto confusa, Jake assina-la que sim com a cabeça.

- O que você não me contou? - Pergunto esquecendo que estamos no meio de uma fuga e que não temos tempo para isso.

- Quando sairmos daqui eu te conto, mais agora precisamos ir. - Me contenho por que sei que ele tem razão e em passos cautelosos para não fazer barulhos continuarmos a andar, mais a água que encharca nossos pés não ajuda e o fato de estarmos agachados pelo estreito túnel de terra também não, a cada minuto que se passa sinto eles cada vez mais perto, por isso apago o único foco de luz que temos e seguimos no escuro, sinto ratos passarem por minha mão mas me seguro para não gritar, estar em um túnel no escuro, fugindo de pessoas que querem te matar e nem saber o por que disso tudo é extremamente apavorante, me sentirei culpada para sempre se algo acontecer com qualquer um aqui (exceto pela Larissa, paro totalmente com meus pensamentos quando avisto minha sombra no chão, pelo qual não foi iluminado por nós e sim por eles.

- Finalmente te achamos Lorayne.

A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)Where stories live. Discover now