E lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...
Chegamos ao Chalé de Jake, é uma casa grande e toda feita de madeira, tem um grande lago a sua volta e só é possível chegar até aqui de barco, o que significa que temos vantagem para fugir se for necessário, já preparamos um kit se isso acontecer, assim estaremos preparados. Há janelas de vidro na cor preta que cercam toda a casa, nos permitindo assim ter uma bela vista em qualquer canto da casa, em cima da grande mesa central estão todas as armas que pegamos no antigo armazenamento de armas da cidade e aproveitaremos a floresta para treinar e caçar, a cozinha está abastecida com comida, Jake já tinha preparado tudo para nós, sou imensamente grata a ele.
- Não sei como posso agradece - lo. - Digo a ele.
- Se lembrar de toda a nossa história seria o maior agradecimento que poderia receber. - Diz ele perto de meu ouvido e me arrepio, há algo nele diferente de tudo, apenas sei que é intenso.
- Como me lembro que não deveria me lembrar? - Ele parece um pouco confuso no começo mais logo intende e fico aliviada de não estar mais tão próxima dele assim já que o mesmo se afasta.
- Você é um pouco mais poderosa que a barreira, por isso se lembrará aos poucos de tudo o que aconteceu lá, assim como você demorou um pouco para lembrar de tudo o que aconteceu antes de entrar na barreira.
- Mas como você...
- Magia, é um tipo de proteção que recebi, por isso sou imune a barreira, mais não conte a ninguém, isso pode trazer sérios problemas.
- Está bem. - Sussurro a ele.
- Você ficará conosco? - Pergunta Jonathan atrapalhando, reviro meus olhos, mais ninguém percebe.
- Sim, lhe incomoda? - Pergunta Jake e sinto a tensão entre os dois.
- Não, claro que não, a casa é sua e além do mais, está nos ajudando. - Diz mais falso que a própria Larissa.
- Para quem não se lembrava como era o rosto do garoto que salvou a sua vida o reconheceu muito rápido né? - Já tinha demorado para começar a me atormentar.
- Que tal irmos treinar Any? - Pergunta Jake me salvando.
- Eu acho uma ótima ideia. - Digo mordendo meus lábios.
- Como nos velhos tempos. - Diz ele entusiasmado.
- Não me lembro de nada disso, mas... Como nos velhos tempos. - Nós dois rimos e em seguida deixamos o chalé.
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- Quando começou a me chamar de Any? - Pergunto para ele enquanto andamos para um lugar mais afastado da casa, não quero colocar fogo nela afinal.
- Sempre a chamei assim, Roberto sempre mencionou seu nome assim então... - Dou um leve sorriso.
- Queria tanto que ele estivesse aqui... - Desabafo, sinto que posso confiar nele.
- Eu também, sinto muito que isso tenha acontecido. - Ando de cabeça baixa tendo apenas o chão como ponto de visão.
- Ei, olha para mim. - Diz ele parando, eu paro também, ele levanta levemente o meu rosto e diz:
- Não precisa tentar disfarçar sua tristeza na minha frente, você nunca precisou. - Então como um impulso impensado o abraço, ele parece surpreso mas me abraça também.
- Queria tanto me lembrar de como era com você... - Apenas sinto as coisas mais não lembro, é tão estranho estar perto de uma pessoa que aparentemente amo e quero estar ao seu lado e não lembrar de nada, de nenhum momento...
- Você irá. - Diz ele passando sua mão pela minha cabeça.
- Vamos treinar? - Diz ele desfazendo nosso abraço.
- Vamos.
- Pensa em uma chama pequena, a imagine em sua mão, limpe sua mente e...
- AAA. - Ele ri com o susto que levei, acabo incendiando minha mão, mas ele apaga com a água, ele tem esse poder.
- Não ria da desgraça dos outros.
- Está bem Baby. - Diz ele lambendo o lábio inferior, abaixo meu rosto para ele não ver que estou corada, mais sei que ele sabe.
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Vejo Lorayne e Jake pela janela, eles estão distantes mas nem tanto, ela parece feliz e talvez eu deva deixa-la ser, nunca poderei ajuda-la como Jake está ajudando e sei que eles tem uma história juntos, mesmo que ela não se lembre ainda uma hora irá se lembrar e tudo o que poderia existir entre nós se desfará.
- Gosta dela não é? - Pergunta Phelipe ao meu lado, meu coração acelera e por um momento não sei o que dizer.
- Não precisa dizer nada, seus olhos já respondem. - Então ele se vira para sair.
- Espera! Nunca tentaria nada com ela sem a sua aprovação.
- Não sou mais namorado dela, sou apenas o seu ex, não precisa da minha aprovação.
- Preciso se isso significa ficar de bem com você. - Ele para e se vira para mim:
- Se é isso o que você quer, tem a minha benção, mais sugiro ir rápido por que já tem gente na fila. - Diz apontando com a cabeça para os dois, preciso conquista-la e isso tem que ser o mais rápido possível.
