Capítulo XXIV

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Hey, queridas!! Não me matem, por favor.

Eu não posso falar muito aqui, somente que amo todos vocês!! Agradeço por todos que estão aqui e peço, encarecidamente, que vocês votem, comentem e salvem na lista de leitura essa bela ficzinha! Isso ajude demais o engajamento da história. 

Além disso, fiz uma playlist para o capítulo, que postei no meu mural também. Eeeee, agora nós temos o grupo das mamaciters no whats, o link tá no meu perfil, só entrar! Ou então me mandar o número na dm.

Enfim, sem mais enrolações. Boa leitura, povo!

Summit — Washington, 22 de setembro de 2020

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Summit — Washington, 22 de setembro de 2020

Não é culpa dele, não é culpa dele, não é culpa dele.

Mesmo pensando nisso, sua alma ainda era um cinturão de escombros e pântanos. 

Nestha desceu aquelas escadas, sozinha e angustiada, agradecendo pelos murmúrios e vozes estarem exclusivamente na cozinha, sem nenhuma viva alma a vista. Deveria ser algum presente do destino em recompensa pelo baque que havia acabado de sentir.

Ela seguia seu caminho, cegamente, até fora da casa. Sua mente estava atordoada, os olhos inchados e uma mão se esfregava na outra em um claro sinal de nervosismo. Os pés dela somente descansaram quando tocaram a calçada do lado de fora dos portões da casa de Feyre. Seu corpo, automaticamente, escorregou até o chão.

Não é culpa dele, não é culpa dele, não é culpa dele.

Os dois tinham errado, ela achava que mil vez mais do que Cassian. Havia garantido que não tinha problemas, os remédios estavam em dia. Mas é claro, ela deveria ter pensado; que, com tamanho azar, era óbvio que o resultado seria esse. Como fora tão burra ao subestimar a capacidade do destino de arrebentar, peça por peça, o castelo de segurança que ela vinha construindo? Nestha não chorava mais, mas o rosto era a pura expressão de alguém que conhecia o desalento com a própria alma.

Naquele chão frio, ela somente conseguiu olhar para cima, para o céu, ainda sem estrelas, mas com uma lua majestosa. Ela ainda se lembrava, e sempre se lembraria, de um dos poucos momentos que havia tido com seu pai. Nestha era uma criança com trancinhas e sardinhas, essas que o pai contava as vezes. Ele a colocou em seu colo, na varanda de casa, para mostrar as estrelas. Era uma noite diferente, parecia mais estrelada do que o comum, o ar fresco balançava os cabelos e ela ria das cosquinhas que o pai fazer. E então ele apontou para o céu, aquele tão parecido com o quadro de Van Gogh, e disse que quando olhamos uma estela vemos o passado nela.

Nestha achou aquilo magnífico e, nunca mais, durante toda sua existência, esqueceu do passado das estrelas. Mais tarda, ela descobriu que, ao olharmos para elas, vemos uma luz que foi emitida milhares de anos atrás, pois a estela que se olha já morreu há muito tempo. E a Nestha juvenil nunca deixou de ser perguntar para qual passado, qual história, ela olhava. Em seus momentos de dor, ela fingia estar vendo uma garota parecida com ela, mas, ao contrário de si mesma, feliz.

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