Capítulo VI

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Oi gente, tudo bem? Mais uma quarta e aqui estamos nós com capítulo novo. Eu gostei dele, pela história e final, mas não gostei porque acredito que precisava de um acabamento melhor, porém... sem tempo, irmão.

Enfim, obrigada a todos que leram até aqui e os que irão continuar lendo. Deixem um comentário sobre a história e, me diga, o que você acha que aconteceu com a Nestha? Qual sua teoria?

Até mais, pessoal.

Summit — Washington, 01 de julho de 2020

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Summit — Washington, 01 de julho de 2020.

Horas após o confronto de Nestha com seu cunhado e da conversa com o agente Varian, ela se encontrava no carro de Feyre, a caminho da nova casa de sua irmã. Imaginar voltar para aquele mundo lhe embrulhava os sentidos, mas seus pensamentos pareciam sempre escapar sorrateiramente até a conversa desconfortável, para dizer o mínimo, com Miryam. As lembranças das palavras ditas naquele consultório, a tentativa quase falha da outra mulher de manter a pose, as descobertas, tudo a atormentava. Seus devaneios só cessaram de fato quando chegou ao seu novo destino e finalmente pôde olhar o novo lar das irmãs Archeron.

Quando planejou ir embora ela já sabia que Feyre estava em ascensão, mas agora ela via concretamente o resultado de tudo aquilo. Observando aquela arquitetura moderna, ela passou os olhos pela casa de dois andares, cujas paredes eram de um branco puríssimo e os telhados, portas, e molduras de janelas do marrom mais escuro. A porta era ampla e o jardim que se abria parecia muito bem cuidado. Seus olhos cinzentos perscrutaram milimetricamente o local, mas eles pararam em uma figura na frente do alto portão, Elain.

Fresca e suave, era assim que Nestha definia a irmã do meio. Fresca e suave como um pêssego recém amadurecido e colhido em um belo dia azul. Naquele momento, um pouco do amor que sempre havia dirigido para aquela mulher tomou-lhe o coração, o tornando menos amargurado. Sua pequena garota estava ali, com aquela beleza que sempre fora considera a maior entre as irmãs, o que Nestha acreditava ser devido ao seu ar inocente. Elain não tinha sofrido com a luta que Feyre travara pela sobrevivência da família, nem havia guerreado contra as sombras do coração como Nestha, por isso ela parecia uma corça tão jovial e sem marcas.

Seu olhar se fragilizou por segundos com aquela imagem, com o retrato de um mundo mais suave para alguns. Mas ela não seria mais vulnerável. Havia prometido isso quanto foi embora e falhou, mas agora jurava novamente, pelo sol e a lua, jurava que ninguém nunca mais a amarraria, que não lhe olhariam mais com escárnio, ela já se julgava o suficiente para deixar que outros fizessem isso também. E foi esse sentimento que a fez forçar sua postura, ainda tão danificada, para que ela mostrasse pelo menos uma sombra do modo altivo que teve um dia. Seus olhos voltaram a nublar-se, tirando a doçura de sua boca com lembranças de Elain se aproximando de Feyre, de Elain se afastando ao mesmo tempo em que Feyre apresentava uma família nova.

Felizmente Rhysand não as acompanhava e tudo parecia levemente mais fácil, embora ainda se sentisse pertencente a outra realidade. Conseguiu dar um abraço morno em Elain e perceber o espanto dos olhos castanhos, tão iguais ao de seu pai, com a rigidez que Nestha construiu ao seu redor. Se antes Nestha já era inflexível, agora ela seria a rocha na qual as ondas se quebrariam.

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