Chapter 7

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Chapter 7

Algum tempo depois Harry acorda, a chuva já havia cessado e a noite começara a cair. As palavras de sua mãe ainda tem um peso enorme em seu coração e ele só não queria ter que encarar a mulher agora. Ele queria, por um momento, ter o poder de se teletransportar para outro lugar, de preferência para os braços de Draco Malfoy.

Com o corpo um pouco dolorido por ter ficado na mesma posição por um bom tempo, o de olhos verdes se levanta e arruma com delicadeza as roupas amassadas, sente que seus olhinhos estão inchados por culpa do choro e do sono, mas não é como se pudesse dar um jeito nisso agora, não iria conseguir fugir dos questionamentos dos pais, de qualquer forma.

Harry sai do quarto em passos lentos, agradecendo mentalmente pelos enjoos terem passado, pois está morrendo de fome, sua mão descansa na pequena barriga sem ele ao menos perceber, se tornou um gesto automático, e isso o deixa extremamente adorável aos olhos dos seus melhores amigos, esses que tem mimado o máximo possível o menor. Quando Harry está entrando na sala a porta da frente se abre, revelando Ron e Dean, ambos com o costumeiro sorriso no rosto e alguma coisa embrulhada em um pano de prato nas mãos de cada um.

— Hazz, viemos trazer isso pra você. — Ron é o primeiro a falar andando até o amigo e o abraçando com delicadeza, eles tem medo de acabar machucando o bebê se apertarem demais o Potter em um desses abraços, o que Harry acha uma bobagem. — Eu e minha mãe fizemos bolo de cenoura com cobertura de chocolate.

— Sério? — Seus olhos verdes brilham e Harry passa a língua nos lábios quando seu estômago ronca. — É o meu favorito, obrigado, Rony.

— Já que você gostou tanto assim do presente do Weasley, eu nem vou te dar essa torta de frango. — Dean se finge de ofendido e se vira para a porta fazendo menção de ir embora.

Harry arregala os olhos e corre até o outro moreno, abraçando seus ombros e deixando um beijo molhado na bochecha do amigo, que apenas sorri em adoração para o menor. O fato é que não existe a menor chance de fingir ficar bravo com uma criatura tão doce quanto Harry, ele tem a capacidade de amolecer qualquer coração de pedra, quem dirá das pessoas que o amam. Dean retribui o abraço, tomando cuidado para não derrubar a forma com a torta.

— Você sabe que eu te amo também e que aceitaria seu presente mesmo que fosse um pedaço de pão seco e ainda diria que era o melhor presente do mundo apenas pelo fato de você ter me dado ele, porque eu saberia que seria de coração. — O menor sussurra contra o ombro de Dean fazendo o peito do amigo se encher ainda mais de adoração. Ron e Dean seriam capazes de tudo para proteger seu amigo.

— Eu sei que sim, Potty. — Responde deixando um beijo nos cabelos morenos. — Agora me diz, como está meu sobrinho?

Os dois passaram a se referir apenas assim quando falam do bebê que Harry está esperando, porque segundo Ron eles eram irmãos de alma e de coração, e no dia que o ruivo disse isso resultou em um Harry chorando e dizendo o quanto amava seus melhores amigos, depois o menor culpou os hormônios pelo choro, mesmo sabendo que no fundo não era apenas aquilo.

— Está ótimo, ele adora me deixar enjoado sempre que eu como alguma coisa. — Resmunga tentando parecer bravo, mas acaba deixando um sorrisinho escapar.

— Eu ainda acho que será uma menina, vocês ficam chamando apenas de ele, que quando ela nascer vai achar que é um garoto. — Ron fala contrariado, os outros dois soltam uma gargalhada alta com as palavras sem sentido do ruivo, que apenas os encara confuso com a reação dos amigos. — O que foi?

— Rony, isso que você falou foi a coisa mais absurda que eu já ouvi na minha vida, quando o bebê nascer vamos tratá-lo conforme o seu sexo, não vai haver confusão alguma, sem falar que um bebê não sabe a diferença entre ele ou ela.

Behind Royalty | DrarryWhere stories live. Discover now