Contingente | Dramione

Capítulo 9: Indiferença

Capítulo novo para vocês!

Não esqueçam de comentar e de votar.

•
-o0o-
•

Slughorn era realmente um ótimo professor e ela amava a maneira como ele ensinava, mas Hermione estava com medo dessa aula.

Fazia quase duas semanas desde o dia em que Harry e Draco duelaram, e ela ainda não falava com ele. Por mais que doesse, ela evitou sentar-se ao lado de Harry nas aulas, saltando entre diferentes parceiros. Mas ele precisava perceber que ela estava falando sério sobre o que disse no corredor naquele dia.

Hoje foi diferente. Hoje, Malfoy estava de volta à aula, finalmente havia recuperado o suficiente. Hermione parou na porta da sala de aula de poções, os olhos pousando em uma cabeça loira pálida que estava inclinada sobre um pedaço de pergaminho na fileira de trás. Sem parar para reconsiderar, ela voltou para se sentar ao lado dele.

Malfoy olhou para ela, primeiro registrando surpresa, então fugindo rapidamente para o aborrecimento.

— O que você está fazendo Granger?

Hermione, por outro lado, nem se incomodou em olhar para ele enquanto organizava suas coisas em seu lado da mesa. Ela decidiu agir como se não houvesse nada fora do comum sobre o fato de que ela estava de boa vontade sentada ao lado de seu inimigo de longa data e uma vez amigo de foda.

— Com o que se parece? Sentando ao seu lado, obviamente. — ela disse.

Honestamente, uma parte dela tolamente pensou que algo teria mudado entre eles desde aquele dia na ala hospitalar.

-o0o-

Hermione girou nos calcanhares e invadiu a ala hospitalar para verificar Malfoy. Ela ainda estava furiosa com a briga com Harry, mas fez o possível para clarear a cabeça, planejando dar a Malfoy toda a atenção. Afinal, ela ainda tinha que gritar com ele pelo pequeno golpe que ele deu nela em Defesa.

Caminhando em silêncio em direção à cama, ela o observou. Ele parecia pálido, mais do que o normal. Ele estava quieto em sua inconsciência — era de se esperar, mas por alguma razão ainda a surpreendeu ao vê-lo assim. Vê-lo incapacitado, vazio e com frio, a deixou nervosa.

Por enquanto, a gritaria poderia esperar. Não seria certo gritar com ninguém quando parecia assim.

Ela nunca tinha visto Draco Malfoy com a guarda tão baixa. Ele nunca tinha estado tão relaxado na presença dela, e embora ela soubesse que não era intencional da parte dele, era revigorante vê-lo em tal paz.

Hermione sabia que era algo que provavelmente não veria novamente. Ele estava tão calmo — seus olhos estavam fechados, seus cílios grossos lançando uma sombra clara sobre os círculos escuros sob seus olhos. Perguntou-se qual era a razão de suas noites sem dormir. Sua respiração estava regular, e o vinco em suas sobrancelhas que constantemente atormentava suas feições havia desaparecido. Ele parecia tão jovem e à vontade. Foi uma boa mudança em relação ao áspero, raivoso e agressivo Draco Malfoy com o qual ela descobriu-se familiarizada.

Ela se sentou e observou seu peito gaguejar para cima e para baixo, contando sua respiração enquanto ela pensava.

Hermione tentou não pensar em nada muito sério, mas falhou miseravelmente ao atingir a respiração número trinta e oito. Ela lembrou-se de seu comportamento durante o duelo de defesa. As coisas que ele disse sobre ela e sua lista — Hermione não pôde deixar de se perguntar se ele quis dizer alguma coisa. Por outro lado, algumas das coisas que ele disse a fizeram pensar que ele sabia algo que ela não sabia, ou que tinha a vantagem de alguma forma. Ela não gostava da ideia de que ele tinha informações sobre ela, e isso a deixava inquieta. Seus dentes se cravaram em seu lábio, arrancando um pedaço da pele delicada sem querer. Doeu.