Fraturas por fadiga (baby, estou um caco) ♦ TodoDeku

Capítulo 10

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Mais tarde, uma vez que terminou e o treinamento acabou e todos os outros saíram rindo e gemendo e felizes com apenas alguns arranhões e hematomas para mostrar durante o dia, Shouto se senta com Izuku dentro do agora silencioso vestiário.

O corpo de Izuku dói e a exaustão atinge os limites de seus sentidos, mas ele está presente .

De alguma forma, ele ainda está ciente .

Mas, dado o fato de que Shouto não saiu do seu lado a menos que seja absolutamente necessário, talvez não seja uma grande surpresa.

"Você deveria ver a Garota da Recuperação," Shouto murmura ao lado dele, a voz um tipo deliberado de suave e uniforme.

Izuku não precisa olhar para cima para saber que os olhos de Shouto estão fixos nas feridas ferozes que já estão surgindo nas costelas de Izuku.

Ele pode sentir o peso de seu olhar, pode sentir os olhos de Shouto como um toque físico quando eles olham sobre seus ombros assustados, para os pedaços de pele deformados em seus braços, para a pequena queimadura passando pelo arco de sua bochecha esquerda.

Treinando ou não, supervisionado pelos professores ou não, Kacchan não tinha puxado nada.

E por que ele faria isso quando a contenção, especialmente contra Izuku, nunca foi algo no topo de sua lista de prioridades?

Desnecessário dizer que a temperatura no vestiário caiu um pouco assim que Izuku tirou seu macacão chamuscado e esfarrapado e o jogou no banco.

"Eu não posso," Izuku diz a ele tão baixinho, porque mesmo que Shouto não saiba, Izuku ainda se lembra dos avisos da Garota em Recuperação.

Costelas machucadas e algumas queimaduras não são suficientes para arriscar irritá-la.

Melhor guardar isso para algo maior, para algo com que Izuku não lidou durante toda a sua vida.

"OK." Shouto concorda. Ele não faz perguntas, não pressiona Izuku por porquês ou tenta convencê-lo, então Izuku não diz mais nada sobre o assunto, não sente aquela necessidade urgente de se explicar.

Em vez disso, Shouto apenas se estica e coloca a mão fria contra as costelas machucadas de Izuku, geada delicada espiralando em sua pele quente e febril.

O alívio é instantâneo, mas é a aceitação sem palavras que Shouto dá a ele que significa mais.

Então Izuku se deixou inclinar um pouco para o lado, se deixou balançar um pouco mais para dentro do espaço de Shouto até que sua têmpora estivesse apoiada no ombro do garoto mais alto.

E Shouto, quieto e sólido e ali , o deixa.

Eles ficam sentados juntos em silêncio por um longo tempo.

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"Você sempre se machuca," Shouto diz suavemente antes de eles seguirem seus caminhos separados durante a noite. "Pior do que qualquer um de nós."

Izuku não sabe o que dizer sobre isso então ele apenas fica lá, suas costas pressionadas contra a porta do seu quarto enquanto Shouto se aglomera perto de sua frente.

"Não é tão ruim," Izuku sabe que não, ele já teve piores no passado. O exame final, por exemplo, foi bem pior. Pelo menos desta vez Izuku sabe que nada está realmente quebrado ou deslocado.

"É", pressiona Shouto. "Você simplesmente não consegue ver como deveria."

Há um momento de silêncio.