Capítulo 57

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Inspiro fundo, contando até três mentalmente para não socar a cara desse italiano esquisito.
Quem ele pensa que é ?
- bom, por mais que você esteja adorando olhar para a minha namorada nós já estamos de saída.
Puxo Mia comigo, a levando para longe dos olhares e das mãos atrevidas desse tal de Matteo e para fora da casa. Os dedos da ruiva fazem uma leve carícia nas costas da minha mão esquerda, ela claramente notou meu desconforto nada discreto em ver aquele desconhecido tocar sua pele.
Coisa que só eu posso fazer com toda a intimidade.
- sabe que ele só estava sendo gentil, não sabe ? Não o coloque na listra negra por isso amor.
Os olhos cinza azulados me encaram de forma carinhosa enquanto ela deixa os braços cruzados em cima do peito, alguns fios de seu cabelo balançando por causa do vento fraco. Abro a porta do carro para ela, que ainda insiste em me olhar da maneira mais tranquila possível. Acho que sou o único aqui com uma vontade imensa de estourar a cara daquele metido só por simplesmente ter a olhado daquela forma.
Tê-la olhado com desejo.
- agora eu tenho uma lista negra ? Não sabia que tinha tantos para me preocupar.
- e não tem, é só você parar de ficar querendo socar todo mundo que olha pra mim. - ela se coloca um pouco mais para frente, aproximando as mãos do meu rosto e segurando meu maxilar com delicadeza. - Andrew, entenda uma coisa : não importa quem está olhando pra mim, eu só tenho olhos para você. Sempre foi você.
Me deixar sem palavras deve ser um dos passatempos prediletos da ruiva, ainda mais quando ela vem com toda a essa chuva de confiança e me mostra o quanto ela é madura em relação a alguns assuntos nos quais eu só conseguiria resolver de uma forma : socando o meu saco de pancadas até os dedos sangrarem.
- me sinto tão primitivo quando você fala assim. - Mia sorri, a língua coçando para comentar algo a respeito. - espero um dia conseguir retribuir cada uma das palavras mais bonitas e inteligentes que você me diz.
Me aproximo devagar, dando um beijo em seus lábios e sentindo o gosto de melancia vindo de seu batom.
- agora vamos, Sam e Brandon estão nos esperando.
Apenas aceno positivamente com a cabeça, pesando no quanto Mia consegue ser inocente quando se trata de notar a má intenção de algumas pessoas. Abro a porta do carro para ela, que me olha de relance antes de colocar o celular sobre as coxas desnudas.
Esse festa pode me render uma boa briga, com certeza alguns olhares mortais, mas nada que não valha a pena.
até porque, tudo por ela vale a pena.

" "

A música alta entorpece meus sentidos, o álcool correndo em minhas veias deixa as coisas mais quentes e provocantes. Mia esta em outro mundo, o corpo balançando de forma surreal e entorpecente, tocando o meu como uma verdadeira filha de Afrodite. Sensual, divina e fodidamente perfeita. Alguns fios de seu cabelo ruivo e majestoso se encontram caídos sobre a testa. Os olhos fechados, aproveitando cada segundo da pequena parcela de perdição que a noite nos está proporcionando. Os lábios entreabertos, destacando a boca rosada e aumentando cada célula de testosterona em meu corpo.
- tequila !!!!
Sam grita em nossos ouvidos, em um situação normal eu o xingaria de todos os nomes possíveis que me viessem a cabeça, mas agora estou pouco me fodendo para isso. Estou excitado demais para ligar para qualquer coisa que não seja a garota a minha frente.
- meu amor, você vai virar esse shot de uma só vez como se a sua vida dependesse disso. - Mia observa tudo atentamente, me surpreendendo por a essa altura do campeonato ela ainda estar tão lucida. - e você, - o loiro se vira para mim com uma banda de limão na mão esquerda coberta por um pouco de sal.- vai espremer o limão e beijá-la em seguida. Acreditem eu teste isso com Brandon e ... ok, descubram por si só.
Apanho a banda de limão curioso, mordendo o lábio inferior rapidamente antes de que Mia virasse o shot em sua boca e me assustasse com sua coragem. Sem fazer cara feia abro a boca, apertando o limão e logo sentindo o mix da acidez do sal entrando em contato com a minha língua. Me apresso para pegar a ruiva pela cintura, a beijando de forma feroz e ... Caralho !! A mistura em nossas bocas seria capaz de nos levar ao céu e nos puxar para o inferno em questão de segundos, e com certeza, aumentou mais ainda a minha vontade de arrancar essa porra de vestido do corpo dela. Meu cérebro esta zonzo, o beijo dela inundando mais e mais a minha mente de coisas surreais.
Desejos surreais.
Sinto o tecido de seu vestido quase ceder com a força com que meus dedos o apertam na medida em que a ruiva arranha minha nuca com suas unhas, que a momento atrás, não aparentavam ser tão afiadas assim. Ela continua a me beijar de uma forma na qual eu até então desconhecia, o jeito agressivo e cheio de luxúria deve ser consequência da tequila em seu sangue.
Ou então, Mia está se deixando fazer aquilo que sempre quis mas nunca teve coragem : deixando seu lado meigo e inocente de por pelo menos uma noite.
Ao nosso redor tudo me lembra uma cena de filme proibida para menores de dezoito anos, as garotas com roupas tão pequenas quanto as meias em seus pés, copos vermelhos espalhados por todos os lugares da grande casa. Tantas pessoas esbarrando em nós, loucas de tanto beber e dançar e algumas delas, drogadas ao ponto de verem muitos mais do que as luzes coloridas. Mia cessa o beijo, pegando em uma das minhas mãos e me puxando em meio aos corpos dançantes.
- aonde vamos ? - pergunto na beira do seu ouvido.
- subir amor, vamos achar um quarto.
Trinco o maxilar, contendo o sorriso mais safado que eu poderia dar em uma situação dessas. Mia me puxa pelas escadas de vidro, os degraus me deixando um pouco tonto conforme nós sumimos para o andar de cima. Em um corredor cheio de portas decidir qual delas pode estar vazia é um desafio, quase um problema. Tomo a frente da ruiva, a puxando para abrir a segunda porta a esquerda e entrando de um vez. Suspiro aliviado quando o encontro vazio, o quarto neutro em tons claros é bem luxuoso. Fecho a porta, apertando o corpo da ruiva contra a madeira.
Como na primeira vez em que nos beijamos.
Os olhos dela estão fixos nos meus, boca convidativa.
Porra ruiva ! Não me olha assim !
Sem poder me segurar mais ataco seus lábios, como ela fez comigo a minutos atrás, só que dessa vez, com mais vontade e excitação por estarmos longe de olhos curiosos. Agarro suas coxas, a pegando no colo e sorrindo entre o beijo por ela ter soltando um pequeno gritinho de surpresa. O vestido dela pode ser arrancado facilmente, se não fosse pela porta sem trancas com toda a certeza do planeta ela já estaria nua em cima de mim.
Seria uma ótima visão.
Me sento na beirada da cama king size ainda agarrado em suas belas pernas, a trazendo para mais perto e a fazendo sentir minha excitação e deixar claro que eu a quero, e como eu a quero. Mia abre um pequeno espaço entre nós, levando suas mãos até o zíper do meu jeans e o puxando para baixo, me deixando exposto e brevemente orgulhoso. Ela se ajeita, puxando a calcinha para o lado e vindo novamente para cima de mim.
- não vamos usar camisinha ? - pergunto contra seu pescoço, aspirando o perfume maravilhoso de sua pele.
- espera um pouco. - ela enfia uma das mãos dentro do decote do vestido e retira uma embalagem dourada.
- nossa, tem mais alguma coisa ai dentro ? - pergunto, malicioso.
- não meu amor, agora coloque isso.
Pego a embalagem e a rasgo com a ponta dos dedos, me vestindo rápido e a puxando para cima de mim. Mia se encaixa, me deixando agoniado por ela descer tão devagar.
Ela tinha que me torturar assim ?
Imaginar Mia no controle sempre me pareceu excitante, mas vê-la com as bochechas coradas por estar sentando em mim é algo surreal. As unhas dela fincadas em meus ombros só aumenta o meu tesão, mover o quadril fica bem difícil quando ela fica animada - ou mais excitada - e começa a ir com mais força e rapidez. Fechos os olhos por um momento, a dificuldade de respirar aumentando a cada vez que ela sobe e desce em cima de mim, provando novamente que sim, Mia Parker Collins consegue ser fodidamente safada quando quer.

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