Porão

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- O que? – sussurrei desesperada – Não – falei indo em sua direção.

- Esta aqui.. – Márcia  balança a chave.

- Márcia, por favor. – segurei o braço chorando desesperada.

- Me da essa merda, Márcia – Sarah estendeu a mão após ver a cara que a Márcia me olhava.

- Eu vou te ensinar que o melhor pra você sou e.u – aquilo soava doentio.

- Sarah, por favor – eu implorava assim que ela pegou meu cabelo me levando até a porta da sala. – Eu juro que eu não vou fazer mais nada que você não queira, eu nunca mais vou falar com o Bil, Sarah eu juro - eu tentava fazê-la desistir dessa ideia estupida.

- PARA DE PROMETER UMA COISA QUE VOCÊ NÃO VAI COMPRIR, PORRA. – me empurrou na parede. – Mas dessa vez eu juro que eu vou fazer se arrepender.. – sussurrou se aproximando de mim – você... – apontou o dedo pra mim – e o filho da puta do seu amiguinho. – me fitou.

- O BIL... O BIL NÃO TEM NADA A VER COM ISSO – gritei desesperada, aliás, eu não me perdoaria se algo de ruim acontecesse ao Bil.

- FALA BAIXO COMIGO- apertou meu braço.- senti outra lagrima cair, essa tinha mais raiva do que dor. – Como não tem nada a ver Juliette? - revirou os olhos - Eu mandei ele ficar longe de você. - Falou, não percebendo o quanto soava ridículo aquilo.

- Para de falar como se mandasse em mim – soltei com ódio.

- Se eu não mandasse você não estaria aqui – abriu os braços, com um sorriso irônico – Agora vem! – pegou meu braço e saiu me arrastando ate uma escada.

- Sarah, por favor – sussurrei tentando tirar a mão dela de mim - Por favor...

- Eu mandei você calar a boca – abriu uma porta de madeira dando acesso a um cômodo minúsculo, escuro e muito frio.

Eu olhei aquele cômodo abraçando os braços.

- Você vai ficar aqui até você enfiar nessa sua cabeça que você é minha, e mulher minha não fica abrindo as pernas feito uma vadia pra qualquer um. – bateu a porta e saiu, me deixando ali... sozinha.



POV’S SARAH ANDRADE.


- TOMAS PREPARE O CARRO E CHAMA OS MEUS "MENINOS"! – gritei seca  pegando uma jaqueta de cima do sofá. – Hoje eu vou ensinar aquele desgraçado a ficar longe do que é meu. – sussurrei pra mim mesmo e sai batendo a porta acompanhando Tomas ate o carro.


POV’S BIL.


Eu estava em casa sem fazer nada como qualquer outra quinta- feira. Arthur estava no banho e eu estava jogado no sofá da sala assistindo um seriado sem graça.

"DIM DOM”

Me assustei com o barulho perturbador da campainha.

- Calma – falei assim que eu vi que a pessoa tocava a mesma desesperadamente.

Corri em direção a porta.

- Pois n... – fui interrompido por algo que chocou fortemente contra o meu nariz. Eu já sentia o centro do rosto arder enquanto sentia um líquido escorrer.

Fitei a pessoa que estava na porta e vi a Sarah, com um olhar de fúria, e aquilo me deixou com medo.

E junto a ela, dois caras grandes e musculosos, com arma na cintura e bem vestidos. Pareciam seguranças.

Antes que eu reclamasse do murro que um deles acabou de me dar no nariz, já me acertou outro na minha boca.

Sua mão foi no meu pescoço me arrastando para dentro da casa.

Obsessed with meOnde as histórias ganham vida. Descobre agora