A divida

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"200 mil está bom?"

"eu te dou uma semana, uma semana pra você arranjar a porra do meu dinheiro"

"eu quero ela"

"fala sério Sarah, acha que ela vale tudo isso?"

"seja bem- vinda a sua nova casa senhorita"

"Você está me dizendo que eu vivo com uma traficante?"

"Ela gemeu o meu nome feito uma vadia a noite inteira"

"Eu te amo"

(...)

Olá, meu nome é Juliette. Juliette Freire, tenho 30 anos e moro em Chicago com minha tia.

Eu nunca tive uma vida perfeita. Brigas diárias e choros constantes faziam parte do meu cotidiano.

Minha mãe morreu quando eu era pequena, e meu pai? Ele está em algum lugar do mundo, que eu  não sei, e nem faço questão de saber.

Eu estava jogada no sofá como qualquer outra quarta-feira quando alguém tocou a campainha.

- JÁ VAI. - gritei passando o pé perto do sofá tentando achar o chinelo. - Pois não? - falei para alguém que estava de costas para a porta.

Ela se virou lentamente e seus olhos já foram pro meu corpo no mesmo segundo, o que me deixou muito corada.

Ela não disse nada, mas seus olhos fitavam meu corpo sem disfarçar.

Acho que era o dia errado para atender a porta de pijama.

- Quem é você? - me fitou dos pés a cabeça abaixando o óculos escuros, deixando a amostra seus olhos verdes.

                        


POV'S SARA ANDRADE.

- Atende porra. - sussurrei apertando a campainha desesperadamente. - aquela vadia vai pagar meu dinheiro hoje, ah se vai. - mas que caralho. - continuei apertando, percebendo a total ignorada.

- JÁ VAI. - alguém grita lá de dentro.

Revirei os olhos, eu estava me posicionando para ir pro meu carro quanto ouço um:

- Pois não?! - uma voz sedutora falou de trás de mim.

Me virei lentamente me deparando com uma morena gostosa para caralho. Meus olhos passeavam aquele corpo sem disfarçar. Eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser em como seria ouvir essa vadia gemer meu nome enquanto a fodo de todas as posições possíveis! E porra, eu já estava louca.

Gemi passando a língua na boca.

Ela me olhou de sobrancelha frisada com cara de "o que você quer? ".

Sorri após ver que ela ficou corada, e logo em seguida perguntei:

- Quem é você? - a olhei percebendo as possibilidades de estar na casa errada, já que eu nunca vi essa gostosa aqui, e acredite, ela não é fácil de se esquecer.

- Juliette Freire. - estendeu a mão - Prazer... - abriu um sorriso inocente.

- Prazer é só na cama. - falei sem disfarçar, torcendo para ela sorrir como uma vadia qualquer e me convidar para entrar, mas pelo contrário, seu rosto ficou em uma semblante sério.

- Desculpa, o que? - ela me olha séria.

Sorri percebendo que essa daí era só mais uma vagabunda que se faz de santa, mas no fundo é uma vadia de mais baixo nível.

Obsessed with meOnde as histórias ganham vida. Descobre agora