SHADOW WAR || Jjk + Pjm

Chapter Twenty-One: Jimin

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As estrelas mergulhavam em céu azul marinho e o lago à minha frente refletia o brilho fantasmagórico da lua enquanto a água fazia um movimento tênue. Com pequenas pedras nas mãos, levanto-me do banco no qual estava sentado esperando pelo Jeongguk e comecei a jogá-las na água, observando leve ondas formarem-se e espalharem-se circundando a pedra e o som agradável que ela fazia ao tocar a superfície da água.

Splash.

Antes que eu pudesse perceber, estava fazendo uma retrospectiva da minha vida e lágrimas banhavam meu rosto Começando pelo colégio que sempre foi e continua sendo a pior era da minha vida. No entanto, o Taehyung conseguiu, se possível, tornar essa experiência do último ano um pouco menos desconfortável, embora eu ainda sinta-me como um animal no zoológico tendo cada movimento observado. Às vezes, a minha maior inimiga — minha mente — imaginava o que aquelas pessoas poderiam estar pensando de ruim a meu respeito. Eu constantemente acredito no que minha mente estabelece e tomo como verdade, porque o que eles pensam a meu respeito é, na maioria das vezes, é o que eu penso sobre mim mesmo.

Quando eu voltei, finalmente, para o colégio depois de sair do hospital, eu tive várias crises, uma pior que a outra. Chegou até mim e disse que eu era uma pessoa digna de pena, porque eu usava as desgraças que ladeavam minha vida para chamar atenção. Eu não fiz nada. Afinal, o que é mais um dia na tortura do inferno? No entanto, o Taehyung ouvira tudo e não ficou calado como eu gostaria que ficasse. Além de xingar o garoto da forma mais baixa possível, ele disse: "A única pessoa que é digna de pena aqui é você com esse seu complexo de superioridade. Você sente a necessidade de diminuir, humilhá-las as pessoas para se sentir melhor”. Depois disso, o garoto instigou o Taehyung a uma briga no momento em que desferiu um murro em sua cara. Os alunos reuniram-se em volta dos dois e o diretor só resolveu aparecer quando o nariz do Taehyung estava sangrando e o garoto com a perna quebrada. Fomos os três parar na diretoria. Os dois foram suspensos.

Quando saímos, o Taehyung empurrou meu ombro e disse:

— Pra alguém com a língua afiada você deixa muita gente te humilhar. Por que você deixa essas pessoas falarem assim com você?

— Pra evitar isso — apontei para o nariz dele e o fato de agora estar suspenso por duas semanas. — Não acredito que você quebrou a perna dele.

— Meu nariz tá bem, obrigado por perguntar. — ele removeu o pano e fitou o sangue no mesmo

— Como está o nariz?

— Bem, obrigado por perguntar.

No instante em que o Taehyung estava fitando sangue seco no pano, pude perceber nariz, que estava perfeitamente normal. Não parecia quebrado, era quase como se nada tivesse acontecido.

— Seu nariz parece ótimo — tentei tocar, mas ele deu um tapa forte em minha mão. — ai. Agressivo.

— Tira a mão daí, meu nariz tá quebrado. Não tá vendo? Tá quebrado. — ele segurou o pano novamente contra o nariz impedindo que eu olhasse mais de perto. Ele parecia agitado.

— Não parece quebrado — franzi o cenho.

— Você tá querendo saber mais do que eu? Desculpe, mas eu não lembro do murro ter sido na sua cara. E tem sangue também; é uma prova incontestável de que meu nariz está quebrado…

Splash.

De repente meus pensamentos deambulam para a típica frase elaborada que todo mundo escuta quando não está bem fisicamente ou mentalmente “vai ficar tudo bem”. Ou, se vier dos pais "Você não tem motivos para se sentir assim. Tudo o que você faz é estudar." Meu corpo transborda-se em pura aversão ao recordar das vezes em que escutei essas duas frases. Conversar com pais é a coisa mais inútil e revoltante que alguém pode fazer.