Chapter Eleven: Jimin

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Dou um suspiro frustrado imaginando aonde ele iria, e o porquê não falou nada. Simplesmente desapareceu. Se ele queria ir embora, era só ter dito. Não precisava ter me deixado com cara de palhaço falando sozinho.

Começo a andar lentamente pela rua, a cabeça abaixada, fitando o chão. Devia chamar um táxi, mas não o fiz. Ainda estava cedo para voltar para casa — não estava cedo, porém eu não tinha nada para fazer, além de ficar trancado no quarto — e eu precisava de um pouco de ar puro. Então caminhei. Completamente sem rumo, fui aonde meus pés me levavam; onde o vento soprava.

O ar gélido tocou minha pele, causando fortes arrepios que percorriam todo o meu corpo. O tempo está frio, e, por mais que eu esteja usando roupas apropriadas para o inverno, estou congelando e ainda por cima, estou usando coturnos com salto, ou seja, vai ser um caminho dolorido.

Respiro fundo, visualizando mentalmente o Jeongguk, o jeito dele, o sorriso, o nariz enrugado quando dá risada, a forma que suas feições transformam-se com seus sorrisos, as suas palavras… a maneira como desapareceu... Eu sabia que uma amizade comigo não duraria muito. Jeongguk deve ter me achado patético ou demasiadamente depressivo para querer fazer amizade… eu entendo o lado dele. Também não iria querer fazer amizade com uma pessoa como eu.

Pensar que não sou bom o suficiente para ninguém é estritamente doloroso. Como as pessoas costumam dizer: "a verdade sempre dói".

Boto as mãos dentro do bolso do casaco que o mesmo pôs em meus ombros, chutei uma pedrinha que estava solitário no chão; sucedi em meu percurso.

Por que ele deixaria o casaco comigo?

Não tive tempo para elaborar uma resposta convincente para tal pergunta, pois entrevi um homem, com feições familiares. Ele estava agitado e perigosamente transtornado, fervilhando em puro ódio. Sem perceber aproximo-me dele, reparando, então, que era Yoongi — o homem que, juntamente com Jeongguk, sequestrou-me —. Ele estava coberto de sangue e empunhando uma faca brilhosa, cheia de detalhes, curvas, em cada uma das mãos.

— Yoongi! — chamei-o. Ele voltou sua atenção para mim como se eu fosse uma espécie de doença contagiosa. — Você está sangrando...

— O sangue não é meu. — proferiu com rispidez. — E, a menos que você queira morrer, eu sugiro que vá embora.

Como assim? O que estava acontecendo? Será que Yoongi matou alguém? É claro que matou. Ele estava com facas e coberto por sangue que não é dele. De repente meu coração dispara. Tudo o que eu consigo pensar é em Jeongguk. Se ele está envolvido nisso, se está ferido.

— Cadê Jeongguk? —  Ele, já sem paciência, mirou-me de cima a baixo e respirou fundo. Provavelmente tentando controlar seus impulsos nervosos.

— Vai embora. — Yoongi pronuncia as palavras com uma calma assustadora.

— Não vou a lugar nenhum até saber se ele está bem. — altero meu tom de voz.

Nesse momento, uma mão agarra meu braço, tentando puxar-me para longe daquele lugar; mas eu resisto e  continuo plantado à frente do Yoongi esperando por uma resposta. Quero saber de Jeongguk.

— Jimin, vamos. — a voz era familiar; grossa, estava em um tom bastante alarmado, contudo, fazia-se presente um toque doce, suave. Taehyung. — vamos, Jimin. — puxou-me mais. Ele não parecia assustado com a cena de chacina a sua frente, mas estava assustado com o que aquele homem, com facas na mão, poderia fazer comigo.

SHADOW WAR || Jjk + PjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora