Arrepios. (30)

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Vou para o meu quarto e deito olhando para o teto. Acabo dormindo sem nem ao menos jantar.
Na manhã seguinte sigo minha rotina e vou para a comissão.
No meio do expediente decido visitar a sala trancada do outro lado do prédio. Depois de destrancar a porta e procurar por um tempo encontro um documento. Assim como no do Cinco, seu nome estava em vermelho com os dizeres de suspeita de liquidadora de agentes. Em baixo o nome do agente: "Arthur Fisher" ela matou meu pai, como eu imaginava.
Naquele momento uma grande teoria se formava em minha cabeça. Meu pai não planejava me deixar no futuro por muito tempo, e ele foi morto á muitos anos logo após minha partida... A máquina do tempo não estava lá quando fomos, e junto com ela uma máquina de mudança corporal também havia sumido. Nosso prefeito não era tão burro assim antes... Eu precisava voltar para casa.
Uso a maleta que me acompanhava sempre e volto para casa, ele precisava estar em seu quarto.
Ao correr até lá o vejo observando a vista da janela.
- S/N?! - ele se assusta. - o que está fazendo...
- O prefeito! ele corre perigo! Não era ele aquele dia! Elas mataram meu pai, pegaram a máquina do tempo e a máquina de mudança corporal!
- Calma respira. Olha para mim. - ele toca em meu braço e eu o encaro - Como descobriu isso?
- Documentos da comissão, me deparei com um. - escondo meu nervosismo. - precisamos ir para minha casa.
- O que faremos lá?
- Buscaremos armas, precisamos nos reforçar,
- Nós vamos fazer isso agora? - ele não parava de olhar em meus olhos aquilo me incomodava por algum motivo. - precisamos da ajuda dos meus irmãos.
- Não! não vamos coloca-los em risco. - eu pego em sua mão e aparecemos em minha casa.
Aquele lugar ainda me dava arrepios, os ignoro e sigo até o porão.
O porão era outro fruto de meus arrepios. Me vejo alo, uma pequena menina de cabelos bagunçados e com fome, sendo castigada por não tomar uma pílula.
- Ele já te prendeu aqui também? - ele diz quando olha o terror em minha face.
- dias tristes. - digo rispidamente.
Tiro uma estante com livros e vejo a porta do esconderijo de armas do meu pai. Ali jazia dezenas das mais diversas e letais armas, algumas pareciam pistolas outras máquinas de tortura.
- aquelas vagabundas pegaram a maioria. - eu digo colocando uma grande arma nas mãos de Cinco.
- Vamos mesmo invadir a casa do prefeito?
- Vamos.
- Vamos combinar uma palavra caso estejamos em extremo risco.
- Infinito.
- Por quê essa palavra?
- Não causará suspeitas.
- Certo. - Daquela vez ele apertou minha mão com mais força...

// o próximo capítulo... //

Garotas perigosas.Where stories live. Discover now