O buraco roubado(23)

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- Abre a porta!
- Se teletransporta.
- Para de ser idiota e abre logo. - ele abre a porta e eu entro.
- Como foi seu primeiro dia de trabalho?
- Uma verdadeira merda. Aquele estúpido do Luna disse que eu não poderei investigar minhas irmãzinhas.
- Só não se mate por favor. - novamente...
- Não irei.
- Desenhei o mapa para você. - ele me entrega um grande papel.
- irei analisá-lo. - pego o mapa e olho cada detalhe.
- Começaremos a treinar hoje. Se prepare e me encontre na sala de treinos.
- Certo.
Eu saio de seu quarto e faço um lanche na cozinha. Depois vou em direção á sala de treinos. A casa estava em pleno silêncio, a porta da sala do velho estava completamente fechada e baixas vozes conversavam lá dentro, segui meu caminho sem ligar; não era a primeira vez.
- Finalmente. Hoje o treino será pesado, vamos treinar seu controle sobre minha mente. Me teletransporte para algum lugar.
- Certo. - eu seguro sua mão e dou um pequeno choque, que nos faz levar para uma escura e abandonada casa.
- Para onde me trouxe?
- Minha antiga casa...
- Por quê nos trouxe aqui?
- Subconsciente... - digo observando a grande casa.
- Não te traz boas lembranças né?
- Não.
Andamos pelo principal corredor da casa. O fim dele nos levou ao meu quarto.
- eu dormia aqui. - digo abrindo a grande porta de madeira e dando de cara com quarto escuro e sem cor. - Ainda restam alguns remédios e máquinas que eram usadas em mim por 24h.
- Isso te machucou muito.
- Eu não tinha brinquedos. Uma vez tive a oportunidade de roubar a boneca de garotinha. Guardei-a aqui. - digo e abro um buraco no chão, essa era uma das poucas coisas que me emocionava. Sinto os olhos de Cinco sobre mim.
- Se quiser podemos ir embora...
- Eu precisava vir aqui.
Saímos do quarto e na esquina do próximo corredor, vejo o objeto de meus traumas.
- Tá tudo bem? - ele diz ao ver as lágrimas deslizando pelos meus olhos.
- Eu fui presa aqui por um ano. Meu alimento eram as pílulas e minha diversão eram os choques. - Ao olhar para o grande tanque de vidro Cinco não encontrou palavras. - Esse foi o meu pior teste.
Cinco perdera completamente a fala. Seus olhos me olhavam levemente e tristemente. Durante minutos ele foi incapaz de fazer algo. Depois dos minutos ele agarra minha mão fortemente e nos leva para casa.
- Você não precisava olhar por tanto tempo para aquilo.
- Não conte a ninguém...
- Não contarei. - o deixo lá parado e vou para meu quarto. Precisava de um banho quente.
Desço e janto sobre mais olhares do Cinco. Eu notava a diferença de seu olhar, mais doce, sem julgamento, ele havia mudado muito com o passar dos dias.
Dormi com o mapa da comissão em meus braços.

// Um dos capítulos mais longos e tristes sobre o passado de nossa querida S/N Fisher. 

obrigada por lerr  :D //

Garotas perigosas.Where stories live. Discover now