Confusões mentais.(29)

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Acordo com batidas em minha porta.
- Posso entrar? - era a voz de Alisson. Deixo ela entrar. - A cara de ódio do velho ontem foi impagável.
- Ele merecia ouvir aquilo.
- Normalmente ninguém diz aquilo para ele.
- Precisam começar a dizer.
- Você poderia ter sido expulsa por aquilo.
- Não ligo.
- Nós ligamos, você é forte e importante para todos nós aqui.
- Duvido muito.
- Não duvide. Até mesmo o Cinco... - eu a olho com meu pior olhar de dúvida. - não me olhe assim, ele anda bem menos rabugento com sua companhia aqui.
- Ah tá.
- Acredite. Ele não gosta de você somente como parte de sua família...
- você está apelando Alisson!
- Você não vê como ele te olha? Ele se perde em seu olhar, observe-o. - ela sai.
Ela conseguiu me deixar pensativa no café. Cinco me olhava vez ou outra e eu ignorava seus olhares. Não, ele não gosta de mim, me odiava dias atrás, isso é bobagem.
No trabalho me deparo com o assunto da manhã. Um dos documentos dizia sobre o Cinco, ele era procurado por suspeita de morte de agentes.
Tiro ele da mente e volto para a mansão no horário.
Não ligo para fome ou nada que me impedisse de treinar naquele momento.
- Achei que não viria. - ele diz quando me vê passando pela porta.
- E por que eu não viria?
- Você mal me olhou no café.
- Você estava do lado do seu pai, eu não iria olhá-lo.
- Ele ficou demasiadamente irritado ontem.
- Como se eu me importasse com seu estresse.
- E se você fosse expulsa?! Você é importante aqui. - Eu paro de olhar para a janela e o encaro. - Você é uma das mais fortes e as pessoas daqui se importam.
- E você? Se importa? - quando vi as palavras saltaram de minha boca.
- Não. - ele diz e encara o chão.
- Vamos começar o treino. - digo em um volume mais baixo.
- Você tem que tirar a energia da nossa rua. É um treino pesado e...
- Vamos logo. - ele me encara.
Começo a sugar toda a energia possível. Todas as falas de Alisson aparecem em minha cabeça, como eu era tola, tudo mentira, ele nem se importa, acabou de dizer isso. A energia subia pelo meu corpo e eu era incapaz de ouvir algo ou alguém, eu já havia perdido o controle, sinto meu corpo vacilar e tudo se transformar em preto.
- S/N! S/N! - A primeira coisa que vejo é seu rosto. - eu disse para você parar! - meu corpo estava envolto em seus braços. - Você deixou as emoções te consumirem! Não faça mais isso!
- Certo. - eu me levanto.
- você está bem?
- O suficiente para conseguir ver um doente. - Digo e subo as escadas.
Em um dos corredores encontro Alisson.
- você está bem?!
- Sim.
- Eu vi o Cinco gritando de desespero achei que você está morrendo!
- Eu acabei desmaiando no treino, só isso.
- Você está bem mesmo? Perdeu o brilho do seu olhar...
- Estou. - deixo ela ali parada e sigo para a enfermaria.
- Klaus?
- Olha aí! última pessoa que eu esperava que aparecesse.
- É eu estou aqui.
- O que aconteceu com você? - Ele diz olhando no meu olho.
- Nada. - eu finjo animação. - você está bem?
- Nada muito diferente de uma overdose.
- Não receba um tiro novamente idiota, quase morreu, não quero ver testrálios tão cedo.
- O que é isso?
- Uma referência a um livro não importa.
- Harry Potter, se você ver uma pessoa morrendo em sua frente consegue ver testrálios. - Cinco aparece na porta.
- Olha, uma explicação coerente.
- Não sabia que o Cinco conseguia ler.
- olha aqui seu...! - Eu seguro o braço dele.
- Melhor não tentar matar ele.
- Olha, ela me protegeria você viu? - eu dou uma risada nasal sobre a afirmação correta dele, meu apego por ele era grande agora, por ele e pelos outros, não conseguiria matar algum deles.
- vou deixar vocês. - Digo e saio da sala.
// isso doeu nela, dá para sentir...

obrigada por ler <3//

Garotas perigosas.Where stories live. Discover now