Coraline effect

1.1K 223 43
                                    

É impossível não perder a linha em algum momento. Até o mais sensato dos seres humanos às vezes enlouquece. E que bom que isso acontece! Imagine o quão monótono seria se nunca pudéssemos sair de nós mesmos.

Jimin se levantou disposto a ir para o outro lado, com o objetivo de sair de seu tédio monótono se arrumou com mais ousadia, querendo passar uma uma intenção ao moreno que por ali morava.

Sua calça mais colada deslizou pelo seu corpo, assim como sua camisa preta básica porém de um bom estilo, seu melhor perfume foi espirrado em seu pescoço em braços, o tênis surrados já fazia sua segunda chamada de pele de tão usado, saiu na ponta de seus pés não querendo fazer barulho algum, sendo seguido por Pingo.

Desceu as escadas xingando os pequenos rangidos dos degraus, passou a ir para a sala olhando tudo apagado, seu caminho era iluminado pela lanterna do celular, continuou até parar em frente ou sofá, encarou pingo que já o olhava atentamente, Jimin suspirou e afastou o móvel com dificuldade pelo pelo, e observou a porta lacrada, deu um suspiro inaudível e se ajoelhou ficando na altura da fechadura a admirando.

— tudo bem— respirou fundo, tirando de seu bolso a chave, usaria a entrada em vez da saída, não queria ter que passar pela floresta assustadora para chegar ao outro lado, ali era mais prático e eficaz.

Porém, antes de enfiar a chave na fechadura, observou que a porta estava se unindo com a parede por causa do tempo que se passou, a deixando dura e incapaz de ser aberta tão facilmente. Foi para a cozinha pegando uma pequena faca de comida, se aproximando novamente da porta e a passando onde estava a  marcação da sua abertura, a deixando   livre de alguns cimentos e até o papel de parede que ficava por cima.

Já solta por completo Jimin pensou mais algumas vezes antes de adentrar a fechadura com a pequena chave medonha a girando, teve algumas complicações até abrir a porta, usando sua força, mas quando a abriu tudo valeu a pena.

— Nossa— Sua boca estava aberta, era lindo e radiante, enfeitiçado pela beleza encantadora do lugar Jimin passou pela porta, o corredor se expandiu ficando maior, suas cores eram baseadas em roxo a lilás, misturado com algumas partes rosas, brilhava como mil satélites, os olhos de Jimin se transformaram em puro azul estelar, contaminado pela assunção de neturno e Saturno juntos, a porta se fechou sozinha atrás de si, mas Jimin não ligava, estaca em paralisia pelo corredor.

— Enfim você conheceu o que mais queria.— Jimin piscou até seus olhos voltarem ao normal, ouvindo a voz aveludada de Pingo ao seu lado, andavam pelo extenso corredor que no final havia uma porta de tamanho normal.

— O que?— O azulado perguntou.

— O efeito Coraline é claro

— Pensei que fosse "Sentido Coraline"— fez aspas com as mãos, intercalando suas orbes do bichano ao teto interestelar.

— Duas coisas diferentes meu dono— Pingo balançava o rabo com simetria— Sentido Coraline lhe deixa assim, como está, preso em absoluto, assustado com tamanha beleza que foi trazido do espaço, já o Efeito  Coraline dá o poder da fala para os mudos.

— Como assim?

— Eu sou o exemplo, no seu mundo gatos não falam, mas neste, cachorros não latem, pássaros não assoviam e assim sucessivamente.

— Entendo— confirmou— Estou fascinado Pingo.

— Então o plano dele está dando certo afinal— Jimin o perguntaria sobre, se a porta não fosse aberta ligeiramente, cortando sua fala

Jimin andou voltando a sala agora bem iluminada e arrumada, com móveis caros e decorações lindas.  Pingo seguiu seu caminho não interferindo no do azulado, o deixando só pela casa em admiração.

Um cheiro agradável e delicioso saia em vapor fraco pela cozinha a sua frente, capturou um cantarolar baixo de alguém, se aproximou olhando o moreno de costas largas e compridas enquanto cortava algo semelhante a legumes, o som da lâmina em contato com a bancada era familiar.

— Jungkook? — Jimin chamou sua atenção já dentro da cozinha, o mesmo se virou dando seu sorriso infernal

— Jimin, que prazer vê-lo novamente— O menor retribuiu seu gesto, vendo o maior se aproximar— Estava morrendo de saudades— segurou sua mão emitindo um selar na palma morna— Está divino.

— Obrigado— suas maçãs de seu rosto ficaram vermelhas em abstinência ao elogio, Jungkook deslizou suas mão a soltando— Desculpe por não ter vindo antes, ainda estava digerindo tudo isso

— Ora não se desculpe— negou, voltando a bancada pegando as partes cortadas a colocando na panela, onde a água era fervente— Você voltou é isso que importa.

Jimin confirmou em êxtase, observou as grandes e fortes mãos do moreno em trabalho com a comida, engoliu o acumulo de saliva pois estava prestes a babar com a magnitude e gostosura que aquele homem era.

— O cheiro está bom— Confessou, inebriado.

— Espero que esteja com fome, fiz algo especial pera você— Jimin sorriu, encantado por alguém tão dócil e incomum, certamente estava com fome, pois não comeu enquanto estava em casa, em sua outra casa sem graça e recaída. Acenou positivamente

— Estou sim.— Jungkook deu seu sorriso sem mostrar seu dentes brancos contante pela resposta do mais novo, enquanto mexia a panela— Você sabia que eu vinha hoje?

— Eu supôs que sim, por isso dei o recado a senhora Kim.

— Então é verdade— confirmou que a vó de Taehyung havia uma ligação com Jungkook— Então vocês se conhecem.

— De fato, ela é uma senhora doce e protetora.— limpou sua mão no pano, se virando para Jimin— Mas não vamos falar disto agora meu bem, venha comigo.

Largou a toalha pequena na mesa caminhando para fora da cozinha sendo acompanhado por Jimin que se cobria pelo seu corpo por está atrás de si, Jungkook subiu as escadas com delicadeza, até os sons irritantes da madeira não era presente ali, e Jimin adorou.

— Tenho um presente para dar a você Jimin— Estendeu a mão para o menor, que a pegou sem receio, andaram de mãos dadas pelo corredor, e ao contrário da outra casa onde dó havia três portas no andar de cima sendo duas os quartos e uma o banheiro, nesta havia quatro no final do corredor onde deixou Jimin curioso.

— E o que seria?— Inconformado da espera, seu coração já se acelerava ao ritmo dos passos se aproximando já última porta.

— Você verá.

Pompeii Onde histórias criam vida. Descubra agora